Por
Elizeu Antonio Gomes
Ontem, navegava pela Internet e a
conexão caiu, ao mesmo tempo que também caíram as conexões de telefone e da
televisão, serviços oferecidos por uma mesma empresa. Sendo raro acontecer
falta tríplice, procuramos o motivo e logo constatamos que na rua de frente
haviam diversos funcionários da empresa de energia elétrica pendurados nos
postes. Pensamos: "por acidente alguém cortou o cabo de banda larga." Pouco
tempo depois, muito prestativa, a empresa que distribui a Rede Mundial de
Computadores, telefone e TV na minha casa, e de muitos outros vizinhos,
apareceu e desfez o problema.
Neste interim busquei a captação de
sinal pela velha antena UHF e sintonizei a Rede Globo em sinal digital,
justamente quando começaria o Festival Promessas, realizado no Campo de Marte,
em São Paulo, transmitido ao vivo através do moderníssimo sistema HD e som para
Home Teather com distribuição 5.1 - disponibilização de tecnologia de primeira
linha e que merece parabéns!
A vida é bem assim, mesmo: tinha uma leve curiosidade sobre o Festival Promessas, mas não sabia data e hora da transmissão, pensava que seria próximo ao Natal. E satisfiz minha curiosidade, por causa de um eletricista desatento, ao acaso fui levado a ver com meus próprios olhos o que tanta gente parece ter muito prazer de opinar, uns contra e outros favoravelmente. Adianto que ao final exporei meu parecer quanto ao lado "teológico" do evento.
A vida é bem assim, mesmo: tinha uma leve curiosidade sobre o Festival Promessas, mas não sabia data e hora da transmissão, pensava que seria próximo ao Natal. E satisfiz minha curiosidade, por causa de um eletricista desatento, ao acaso fui levado a ver com meus próprios olhos o que tanta gente parece ter muito prazer de opinar, uns contra e outros favoravelmente. Adianto que ao final exporei meu parecer quanto ao lado "teológico" do evento.
Em 1997 também estive no Campo de
Marte, também era um sábado, o evento chamava-se 2º Congresso Mundial das
Assembléias de Deus, quando estiveram reunidas cerca de 700 mil pessoas,
segundo os dados das autoridades. Sobre aquele evento a cobertura do jornalismo
da Rede Globo usou cerca de um minuto, mesmo com o então Fernando Henrique
Cardoso se fazer presente no local. Talvez, por me lembrar disso fiquei um
pouco surpreso em ver todo o aparato tecnológico que a Rede Globo investiu no
Festival Promessas, num programa de aproximadamente sessenta minutos de
duração.
Hoje eu naveguei pela Blogosfera
Evangélica, para saber qual eram os posicionamentos. Não fiquei surpreso com as
críticas de muitos blogueiros, que fique claro que respeito a todos. De alguma
forma as manifestações deles apenas reforçou o que já disseram antes.
O blog Esquiziltol - Zilton Alencar (1) usou o capítulo 15 do primeiro
livro de Samuel, trocando Amaleque por Rede Globo. E o resultado foi esquisito.
O autor do texto, que se diz cristão pentecostal, recebeu a reprodução ipisis
leteris de seu texto em outro blog, que se ocupa de zombar de toda a
cristandade pentecostal, e um vídeo (2) de um internauta que se identifica com
o codinome 40 rodes no YouTube, e este vídeo postado no blog da Rô Moreira. (3)
No Olhar Cristão, encontrei a crítica equilibrada: "No meio evangélico
mais conservador o entendimento de que "a Globo é do diabo" e vive
espalhando porcaria por meio de novelas nojentas, é uma realidade. Por outro
lado, não deixa de ser uma vitória evangélica. Não são os evangélicos que
precisam da Rede Globo. É a Rede que precisa dos crentes para garantir seu
faturamento. Os evangélicos são, hoje, 1/4 da população brasileira em 2012. Em
2020 serão 1/3, cerca de 70 milhões, crescendo naturalmente e sem pressa à
mesma taxa anual de 4,9% dos últimos 70 anos. E chegamos até aqui debaixo do
preconceito da família Marinho." João Cruzué usou o logotipo da Rede Globo
para anexar em seu centro uma moeda. E juntou ao anexo "aleluia, irmão;
tim-tim; Globo gospel" (4)
No O Blog do Ciro (5), o editor começa seu texto afirmando
não querer comentar sobre o evento em si, que classifica de "evangelho-show" e
as pessoas que se simpatizam com quem cantou naquela ocasião de "fãs de
celebridades gospel". O Pr. Zibordi voltou aos textos que eu já havia lido em
alguma ocasião passada, para esclarecer as bases bíblicas que sustentam seu
posicionamento contrário. Achei pertinente a pergunta dele sobre o troféu, com
anjos a assemelhados aos querubins da arca da aliança. Também considero de
péssimo gosto. Mas eu não vi nenhum cantor ou cantora ser premiado. Se foram,
não houve televisionamento.
Renato Vargens escreveu aos seus leitores: "O dualismo que nos cerca é absulutamente assustador. Impressiona-me a rapidez com que os evangélicos transformaram demônios em santos e santos em demônios. Ora, a Globo não pertence ao capeta e nem tampouco está preocupada em glorificar o nome do Senhor. Na verdade, a que Globo deseja é vender aos milhões de evangélicos deste tupiniquim país seus produtos globais. Por favor, não sejamos simplistas o surgimento do Festival Promessas não se deu pelo fato de que a Globo esteja se convertendo". (6) Eu não conheço ninguém que tenha mudado seu pensamento por causa do Festival Promessas, mas talvez o tal blogueiro sim...
Ruy Marinho, escrevendo um dia após Vargens, trouxe uma crítica bastante parecida: (7) "O curioso é que o mesmo "povo gospel", que há pouco tempo atrás satanizava a Rede Globo por conta de sua programação anticristã, bipolaricamente hoje se vê parceira da audiência desta emissora, vendo-a como um canal abençoador para a população. Triste massa de manobra!"
Meu parecer sobre tudo o assunto
Ao meu lado, minha esposa perguntou para mim o que eu achava daquilo. Disse-lhe que acreditava que muitas pessoas que não têm disposição de ir às igrejas e nem sintonizar programas ou canais evangélicos naquele instante estavam ouvindo música e letras que falavam em Deus e Jesus Cristo. E considera isso bom? Sim, respondi.
Não considero que o evento seja algo ruim. O fator televisão secular é algo que podemos ver como similar do mundo, ao qual Jesus Cristo ordena que o cristão vá pregar o Evangelho (Marcos 16.15-16). É uma ordem divina, e nem todos obedecem. Antes de criticar os cantores, examinemos a nós mesmos, perguntemos a nós mesmos o que fizemos neste ano de 2012 com relação às evangelizações.
Renato Vargens escreveu aos seus leitores: "O dualismo que nos cerca é absulutamente assustador. Impressiona-me a rapidez com que os evangélicos transformaram demônios em santos e santos em demônios. Ora, a Globo não pertence ao capeta e nem tampouco está preocupada em glorificar o nome do Senhor. Na verdade, a que Globo deseja é vender aos milhões de evangélicos deste tupiniquim país seus produtos globais. Por favor, não sejamos simplistas o surgimento do Festival Promessas não se deu pelo fato de que a Globo esteja se convertendo". (6) Eu não conheço ninguém que tenha mudado seu pensamento por causa do Festival Promessas, mas talvez o tal blogueiro sim...
Ruy Marinho, escrevendo um dia após Vargens, trouxe uma crítica bastante parecida: (7) "O curioso é que o mesmo "povo gospel", que há pouco tempo atrás satanizava a Rede Globo por conta de sua programação anticristã, bipolaricamente hoje se vê parceira da audiência desta emissora, vendo-a como um canal abençoador para a população. Triste massa de manobra!"
Meu parecer sobre tudo o assunto
Ao meu lado, minha esposa perguntou para mim o que eu achava daquilo. Disse-lhe que acreditava que muitas pessoas que não têm disposição de ir às igrejas e nem sintonizar programas ou canais evangélicos naquele instante estavam ouvindo música e letras que falavam em Deus e Jesus Cristo. E considera isso bom? Sim, respondi.
Não considero que o evento seja algo ruim. O fator televisão secular é algo que podemos ver como similar do mundo, ao qual Jesus Cristo ordena que o cristão vá pregar o Evangelho (Marcos 16.15-16). É uma ordem divina, e nem todos obedecem. Antes de criticar os cantores, examinemos a nós mesmos, perguntemos a nós mesmos o que fizemos neste ano de 2012 com relação às evangelizações.
Eu tinha a ideia de que o evento
Festival Promessa seria apenas uma vitrine para a Som Livre, que é o braço
musical da Rede Globo. Pensava que a intenção era fazer concorrência a Sony
Music, que está vendendo o filão gospel há mais tempo. Mas, além da Ana Paula
Valadão e Diante do Trono, se apresentaram cantores contratados de outras
gravadoras também. As cantoras Cassiane
e Aline Barros usam o selo musical Sony Music; Thales
Roberto grava pela Graça Music, e salvo equívoco, Fernandinho e André
Valadão conduzem seus trabalhos de maneira independente.
É claro que, apesar dos críticos dizerem o contrário, a maioria dos cristãos evangélicos sabe que a Rede Globo promove o Festival Promessas pensando em ganhar dinheiro através das canções cristãs. E por acaso as gravadoras evangélicas doam CDs e DVDs em nome do evangelismo? Ora, vamos ser maduros ao falar sobre isso, lembrando que o dinheiro move praticamente todas as ações no Brasil. Não é inteligente que se critique venda e compra, pois estamos em um país regido pelo sistema econômico capitalista.
Segundo alguns sites especializados na televisão brasileira, a exibição do Festival Promessas atingiu índices ótimos, marcou 10.4 pontos de Ibope. No mesmo período a Record ficou com 7.3 e o SBT com 5.3. Na semana anterior, no mesmo horário era exibido um programa da Xuxa, que pontuou números menores. A conclusão de tudo isso é que o Festival chegou para ficar, e toda a crítica negativa servirá apenas de mola propulsora à Som Livre, Globo e todos os cantores e gravadoras que fizerem parte do evento. Sim, cada postagem contrária será propaganda gratuíta para a Som Livre / Rede Globo e os demais envolvidos.
É claro que, apesar dos críticos dizerem o contrário, a maioria dos cristãos evangélicos sabe que a Rede Globo promove o Festival Promessas pensando em ganhar dinheiro através das canções cristãs. E por acaso as gravadoras evangélicas doam CDs e DVDs em nome do evangelismo? Ora, vamos ser maduros ao falar sobre isso, lembrando que o dinheiro move praticamente todas as ações no Brasil. Não é inteligente que se critique venda e compra, pois estamos em um país regido pelo sistema econômico capitalista.
Segundo alguns sites especializados na televisão brasileira, a exibição do Festival Promessas atingiu índices ótimos, marcou 10.4 pontos de Ibope. No mesmo período a Record ficou com 7.3 e o SBT com 5.3. Na semana anterior, no mesmo horário era exibido um programa da Xuxa, que pontuou números menores. A conclusão de tudo isso é que o Festival chegou para ficar, e toda a crítica negativa servirá apenas de mola propulsora à Som Livre, Globo e todos os cantores e gravadoras que fizerem parte do evento. Sim, cada postagem contrária será propaganda gratuíta para a Som Livre / Rede Globo e os demais envolvidos.
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Fonte: "Belvedere"
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