Por
Cristóvam Aguiar
Esta semana, apesar das mazelas diárias
que já se tornaram banais, como a violência e o morticínio, recebemos algumas
poucas, mas alvissareiras informações. A aprovação do orçamento municipal para
o próximo ano, embora pequena para o porte da cidade, trouxe no seu bojo duas
alterações certeiras. A primeira foi o corte de R$ 2,5 milhões da Secretaria de
Comunicação Social, que foram destinados para à Secretaria de Agricultura. Isso
se chama avaliação correta de prioridades.
A outra emenda, também
corretíssima, transfere os recursos vinculados ao custeio da limpeza pública de
Feira de Santana, previstos para a Agência Reguladora de Serviços Públicos,
para a Secretaria de Serviços Públicos, sob o argumento de que Agência, como
órgão fiscalizador, não deve administrar a verba remuneratória da empresa
responsável pelo serviço.
Outra notícia boa é que,
depois de seis anos de governo Wagner, a obra da avenida Nóide Cerqueira finalmente
teve início e está em andamento. Segundo observadores técnicos, inclusive, a
obra é de boa qualidade. Por sua vez, o porta voz do governo, deputado Zé Neto,
afirma que as obras de recuperação e urbanização da Lagoa Grande não estão
paradas, e "apenas diminuíram o ritmo, por questões momentâneas" (Ele só não
disse que será feito para proteger os jacarés, que estão ficando expostos à
mira dos caçadores).
São boas notícias, sem
dúvida. Mas a cidade precisa e cobra mais ação do governo estadual. O deputado
Zé Neto convocou uma Audiência Pública para discutir as questões do Aeroporto
de Feira de Santana. Discutir o que? O que a cidade espera é o início da obra e
sua conclusão o mais rápido possível. Já se disse e discutiu tudo o que era
necessário, em intermináveis e enfadonhas reuniões.
O mesmo se pode dizer da
estiagem que assola não só Feira de Santana, mas todo o Nordeste. Há mais de 60
anos que se debate o assunto e a situação não muda. Mas a Uefs realizará a 8ª
Feira do Semiárido, com palestra proferida pelo secretário de Planejamento,
Sérgio Gabrielli, candidato à sucessão de Jaques Wagner, sobre o tema
"Semiárido e a Seca no Nordeste: Planejamento e Políticas Públicas nos
Territórios de Identidade".
Aí a gente entende a revolta do presidente
do Sindicato Rural de Feira de Santana, que convidado para uma destas
Audiências Públicas convocadas por Zé Neto para discutir a Seca, não
compareceu, e justificou sua ausência dizendo que todo mundo já sabe o que
precisa ser feito. Falta fazer.
Eu já havia dito aqui que este governador
não fez nada por Feira de Santana em quatro anos, foi reeleito com mentiras e
falsas promessas, e lá se vão seis anos e nada. Agora vai tentar convencer os
eleitores que fará em dois anos o que não fez em seis, com sua conversa mole para
boi dormir. Quem não te conhece que te compre.
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