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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Com os dias contados

O barulho dos vizinhos pode estar próximo do fim. A norma de desempenho para edificações de até cinco pavimentos, que estabelece regras quanto ao conforto térmico e acústico, deve valer a partir de 2013. Por enquanto, a norma passa por revisão devido a falhas, o que faz com que construtoras e sindicato se unam para encontrar soluções
Acordar cedo ou durante a noite por causa do barulho do vizinho é algo que irrita qualquer um. Imagine, então, nem conseguir dormir porque o vizinho está com o som ligado e com visitas que parecem não ir embora tão cedo? Para os que sofrem com esse incômodo recorrente, a notícia é animadora: a previsão é de que a norma de desempenho para edifícios de até cinco pavimentos entre em vigor em 12 de março de 2013. Essa norma técnica estabelece regras quanto ao nível do conforto acústico e térmico das edificações.
Segundo o engenheiro e consultor técnico do Sinduscon-MG, Roberto Matozinhos, a avaliação dos sistemas e edificações é um avanço representativo na construção civil. "A norma cria um parâmetro mínimo de exigência para que uma edificação possa ser considerada em conformidade com as normas técnicas. Assim, institui patamar mínimo de isonomia competitiva entre construtoras. Logo, quem sai ganhando é o comprador e usuário dos imóveis", explica.
A expectativa do Sinduscon-MG é que a norma aumente a qualidade e durabilidade das construções, além de redução com custos de manutenção. "Sem dúvida, a norma de desempenho é mais um instrumento normativo, claro e objetivo, para que o consumidor exija seu direito de que a edificação atenda aos níveis mínimos de conforto estabelecidos pela ABNT", enfatiza o consultor.
Todavia, existem falhas nessa norma que se restringiriam a redação e posicionamento de tabelas, diz o órgão responsável pela revisão da mesma. Vários testes estão sendo realizados. Mas o diretor de engenharia e produção da ConstrutoraCarrara, Rodrigo Castro, aponta um problema maior. "A norma está genérica. Há a necessidade de especificidades de acordo com a região. Além disso, os critérios não estão claros. Por exemplo, se a construtora preparar a alvenaria de acordo com as regras de conforto acústico, que estão sendo revisadas, mas os materiais como portas e janelas não estiverem englobados teremos o mesmo problema. O barulho virá de outro lugar", destaca.
Rodrigo reconhece a importância da norma, uma vez que evita o desconforto dos moradores e torna a moradia mais agradável. No entanto, ela reforça que a padronização seja um complicador, já que as obras não são iguais, assim como o barulho do entorno em que se encontram, topografia, temperatura, entre outros fatores. "É viável desde que se defina como serão as medições por região, considerando suas particularidades e o aumento que isso irá acarretar à obra. Um empreendimento localizado em um bairro longe da área central da cidade é atingido de forma bem menor pela poluição sonora do que um edifício que se encontra na área central, onde há maior circulação de carros, pessoas e comércio, além de bares que funcionam durante a noite", conta,
O diretor ainda aponta alguns caminhos viáveis. "É importante colocar a lei em prática a título de teste para que se entendam as características de cada medição. O Sinduscon poderia fazer um acompanhamento para realização destas medições e, assim, encontrar a melhor forma de aplicação da lei", recomenda.
Vale lembrar que a norma não se aplica a obras em andamento, edificações concluídas até o prazo em que a emenda entrará em vigor, nem a projetos protocolados até 15 meses após essa data. As obras de reformas também ficam de fora.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)

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