Por pastor Antônio Ramos
Na época carolíngia, que compreende os séculos 9 e 10 dC, a Igreja Romana resolveu fazer um registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas, como ocorre ainda hoje em toda Igreja Católica Apostólica Romana, tomando o lugar dos antigos dípticos, tabuinhas de cera onde figuravam os nomes dos doadores de oferendas. Esses registros eram chamados libri vitae (livros da vida) e incluíam os vivos e os mortos.
Não muito tempo depois de criados esses registros, os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Já no sétimo século, na Irlanda, passou-se a escrever os nomes dos mortos em rolos que eram lidos nos monastérios e igrejas. Essa tradição deu origem às necrologias, lidas nos ofícios católicos romanos, e aos obituários que lembravam os serviços e obras dos defuntos nas datas em que completavam aniversário de falecimento, os libri memorialis (livros das memórias), como eram conhecidos.
No início, estes registros continham de 15 a 40 mil nomes a serem lembrados. As necrologias da Abadia de Cluny, na França, faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por dia. No 11º século, exatamente entre 1024 e 1033 dC, Cluny instituiu a comemoração do dia dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia com o chamado dia de todos os santos.
O dia de todos os santos foi criado pela Igreja Católica Romana em 835 dC e comemorado no dia 1º dia de novembro daquele ano, em honra aos mortos, mas foi o abade beneditino Odílio (962-1049 dC), de Cluny, que modificou e substituiu o tal dia passando a chamá-lo de dia de finados, que seria um dia reservado às orações pelas almas no purgatório. Este dia de finados começou a ser aceito por Roma em 998 dC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializado no início do século 11, sendo cristalizado já no século 20. É interessante notar que o dia de todos os santos, de onde tudo começou, foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses.
A festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro. Nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para liberar os espíritos que eram aprisionados por Samhain, o príncipe das trevas. O império romano também absorveu o dia de pomona, dos gauleses, transformando as duas festas em uma só.
Posteriormente, a Igreja Católica Romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos, até que em 1439, Roma bateu o martelo decisivamente criando a doutrina do purgatório, e o dia de finados foi fortalecido, sendo confirmado definitivamente no Concílio de Trento, no século 16.
É por isso que nós os cristãos evangélicos não celebramos esta data, pois o dia de finados é uma heresia, uma aberração à doutrina bíblica, uma vez que esta celebração tem origem pagã e diverge radicalmente do ensino da Palavra de Deus. Como vimos, a Igreja Romana deu inicio a esta celebração de forma sutil e só depois tornou-a uma data mais relevante, o que sofreu a crítica de um pequeno grupo de cristãos da época, centrados no ensino da Palavra de Deus, e que foram rechaçados pelos líderes de Roma.
Nós os cristãos reformados discordamos de tudo isso, pois não há base, em nenhum trecho das Sagradas Escrituras, para o purgatório. A Bíblia é categórica em afirmar que não se deve orar pelos mortos, pois a palavra de Deus nos diz que, depois da morte, segue-se o juízo (Hebreus 9: 27).
Enquanto isso, do outro lado está o absurdo ensinado pelos romanistas a respeito do purgatório, pois eles dizem que: "Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino a ser aberto, seja anátema" ("A Base da Doutrina Católica Contida na Profissão de Fé", Seção VI, papa Pio IV).
Nas entrelinhas, a doutrina católica coloca Deus como incoerente, quando ensina que Ele é capaz de queimar seus próprios filhos no purgatório para satisfazer novamente à sua justiça, que segundo a Bíblia já foi plenamente satisfeita pelo sacrifício de Cristo na cruz. Eles dizem ainda que o papa tem mais poderes que Jesus, já que Roma ensina que Jesus, apenas do céu intercede pelos pecadores, mas vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no purgatório, uma vez que só o papa possui a chave daquele cárcere.
Quanta heresia! Que Deus tenha misericórdia daqueles que crêem assim e lhes abra os olhos. Diante destas duas opiniões, nós preferimos ficar com a Bíblia que também diz que se alguém está em Cristo, nenhuma condenação haverá mais sobre ele (Romanos 8: 1), e que há completo livramento do juízo vindouro para os que crêem em Jesus (João 5: 24). Sendo assim, como se pode ver aqui, a doutrina católica romana do purgatório simplesmente menospreza a obra expiatória e vicária de Cristo na cruz do Calvário, contradizendo o que a Bíblia diz que o que Jesus fez é definitivo. Nós cremos que o atual estado dos salvos mortos em Cristo está claro em Lucas 23: 43 e Apocalipse 14: 13, ou seja, eles estão descansando no Paraíso.
E para os que morrem sem Jesus, seu destino também está claro nas Escrituras em Lucas 16: 19-31 e Hebreus 9: 27. Portanto, orar por quem já morreu é tolice. Não adianta nada. É antibíblico e inócuo. O dia de finados não se sustenta, porque ele é uma mera tradição religiosa, nada mais que isso. É uma invenção religiosa, bem explorada pelo comércio e pela Igreja Romana. Uma farsa, como qualquer outra. É exatamente por isso que nós, os cristãos evangélicos reformados e protestantes, não vamos aos cemitérios neste dia, nem celebramos esta data, apesar de nos lembrarmos com muito carinho daqueles que se foram, e guardá-los em nossas memórias para sempre.
Fonte: melodiaconquista.com
Na época carolíngia, que compreende os séculos 9 e 10 dC, a Igreja Romana resolveu fazer um registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas, como ocorre ainda hoje em toda Igreja Católica Apostólica Romana, tomando o lugar dos antigos dípticos, tabuinhas de cera onde figuravam os nomes dos doadores de oferendas. Esses registros eram chamados libri vitae (livros da vida) e incluíam os vivos e os mortos.
Não muito tempo depois de criados esses registros, os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Já no sétimo século, na Irlanda, passou-se a escrever os nomes dos mortos em rolos que eram lidos nos monastérios e igrejas. Essa tradição deu origem às necrologias, lidas nos ofícios católicos romanos, e aos obituários que lembravam os serviços e obras dos defuntos nas datas em que completavam aniversário de falecimento, os libri memorialis (livros das memórias), como eram conhecidos.
No início, estes registros continham de 15 a 40 mil nomes a serem lembrados. As necrologias da Abadia de Cluny, na França, faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por dia. No 11º século, exatamente entre 1024 e 1033 dC, Cluny instituiu a comemoração do dia dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia com o chamado dia de todos os santos.
O dia de todos os santos foi criado pela Igreja Católica Romana em 835 dC e comemorado no dia 1º dia de novembro daquele ano, em honra aos mortos, mas foi o abade beneditino Odílio (962-1049 dC), de Cluny, que modificou e substituiu o tal dia passando a chamá-lo de dia de finados, que seria um dia reservado às orações pelas almas no purgatório. Este dia de finados começou a ser aceito por Roma em 998 dC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializado no início do século 11, sendo cristalizado já no século 20. É interessante notar que o dia de todos os santos, de onde tudo começou, foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses.
A festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro. Nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para liberar os espíritos que eram aprisionados por Samhain, o príncipe das trevas. O império romano também absorveu o dia de pomona, dos gauleses, transformando as duas festas em uma só.
Posteriormente, a Igreja Católica Romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos, até que em 1439, Roma bateu o martelo decisivamente criando a doutrina do purgatório, e o dia de finados foi fortalecido, sendo confirmado definitivamente no Concílio de Trento, no século 16.
É por isso que nós os cristãos evangélicos não celebramos esta data, pois o dia de finados é uma heresia, uma aberração à doutrina bíblica, uma vez que esta celebração tem origem pagã e diverge radicalmente do ensino da Palavra de Deus. Como vimos, a Igreja Romana deu inicio a esta celebração de forma sutil e só depois tornou-a uma data mais relevante, o que sofreu a crítica de um pequeno grupo de cristãos da época, centrados no ensino da Palavra de Deus, e que foram rechaçados pelos líderes de Roma.
Nós os cristãos reformados discordamos de tudo isso, pois não há base, em nenhum trecho das Sagradas Escrituras, para o purgatório. A Bíblia é categórica em afirmar que não se deve orar pelos mortos, pois a palavra de Deus nos diz que, depois da morte, segue-se o juízo (Hebreus 9: 27).
Enquanto isso, do outro lado está o absurdo ensinado pelos romanistas a respeito do purgatório, pois eles dizem que: "Se alguém disser que, depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino a ser aberto, seja anátema" ("A Base da Doutrina Católica Contida na Profissão de Fé", Seção VI, papa Pio IV).
Nas entrelinhas, a doutrina católica coloca Deus como incoerente, quando ensina que Ele é capaz de queimar seus próprios filhos no purgatório para satisfazer novamente à sua justiça, que segundo a Bíblia já foi plenamente satisfeita pelo sacrifício de Cristo na cruz. Eles dizem ainda que o papa tem mais poderes que Jesus, já que Roma ensina que Jesus, apenas do céu intercede pelos pecadores, mas vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no purgatório, uma vez que só o papa possui a chave daquele cárcere.
Quanta heresia! Que Deus tenha misericórdia daqueles que crêem assim e lhes abra os olhos. Diante destas duas opiniões, nós preferimos ficar com a Bíblia que também diz que se alguém está em Cristo, nenhuma condenação haverá mais sobre ele (Romanos 8: 1), e que há completo livramento do juízo vindouro para os que crêem em Jesus (João 5: 24). Sendo assim, como se pode ver aqui, a doutrina católica romana do purgatório simplesmente menospreza a obra expiatória e vicária de Cristo na cruz do Calvário, contradizendo o que a Bíblia diz que o que Jesus fez é definitivo. Nós cremos que o atual estado dos salvos mortos em Cristo está claro em Lucas 23: 43 e Apocalipse 14: 13, ou seja, eles estão descansando no Paraíso.
E para os que morrem sem Jesus, seu destino também está claro nas Escrituras em Lucas 16: 19-31 e Hebreus 9: 27. Portanto, orar por quem já morreu é tolice. Não adianta nada. É antibíblico e inócuo. O dia de finados não se sustenta, porque ele é uma mera tradição religiosa, nada mais que isso. É uma invenção religiosa, bem explorada pelo comércio e pela Igreja Romana. Uma farsa, como qualquer outra. É exatamente por isso que nós, os cristãos evangélicos reformados e protestantes, não vamos aos cemitérios neste dia, nem celebramos esta data, apesar de nos lembrarmos com muito carinho daqueles que se foram, e guardá-los em nossas memórias para sempre.
Fonte: melodiaconquista.com
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