Por José Cruz
Vou para um tema que ainda é recente e continua atual no contexto do nosso esporte olímpico.
No domingo, o Brasil conquistou os 5º Jogos Mundiais Militares, no Rio.
Saltou do 31º lugar nos Jogos de 2007, na Índia, com apenas três medalhas - nenhuma de ouro - para a liderança mundial, com 114 conquistas. Superamos potências como China, Alemanha, Itália e Ucrânia.
Belo feito, mas qual o motivo dessa evolução?
Investimento das forças armadas na preparação de nossos militares atletas?
Melhores condições de treinamentos para a identificação de talentos e o encaminhamento ao alto rendimento?
Uma nova política de esportes que contempla o potencial humano do Exército, Marinha e Aeronáutica?
Nada disso! O Brasil está na liderança dos Jogos Mundiais Militares graças ao contrato emergencial de atletas olímpicos do nível de Ketleyn Quadros, Jadel Gregório, Poliana Okymoto, Carla Moreno, Leandro Guilheiro, Flávio Canto, etc. Foram 200 os contratados.
Atrativo
Um comunicado das Forças Armadas informou que "esses atletas foram atraídos, principalmente, por condições favoráveis para treinamento e viagens, por boa infraestrutura".
Quer dizer que atletas desse nível estão sem "condições favoráveis" para cumprir seus treinamentos, a um ano dos Jogos Olímpicos de Londres?
Mas o que fazem, Comitê Olímpico e Confederações, com os milhões que recebem dos órgãos públicos, dinheiro que passa os R$ 200 milhões/ano?
Voltemos à potência esportiva militar que, de repente, nos tornamos e é o que interessa, agora.
Por conta de uma estratégia ilusória, para não passarmos o vexame de perder em casa o Mundial Militar, apelamos para quem tem potencial na competição. Resultado: uma delegação turbinada por profissionais.
E como estão os atletas efetivamente militares, que se prepararam para disputar em seu país e acabaram substituídos pelos emergenciais?
Que ambiente vivem esses militares ignorados, ao lado atletas contemplados com soldos, sem passar pela dureza da vida de caserna?
Pois é neste ambiente de "jeitinhos", agora em nível militar, que nos preparamos para as Olimpíadas de 2016. Quem sabe, os Jogos da ilusão.
Fonte: http://blogdocruz.blog.uol.com.br/
Vou para um tema que ainda é recente e continua atual no contexto do nosso esporte olímpico.
No domingo, o Brasil conquistou os 5º Jogos Mundiais Militares, no Rio.
Saltou do 31º lugar nos Jogos de 2007, na Índia, com apenas três medalhas - nenhuma de ouro - para a liderança mundial, com 114 conquistas. Superamos potências como China, Alemanha, Itália e Ucrânia.
Belo feito, mas qual o motivo dessa evolução?
Investimento das forças armadas na preparação de nossos militares atletas?
Melhores condições de treinamentos para a identificação de talentos e o encaminhamento ao alto rendimento?
Uma nova política de esportes que contempla o potencial humano do Exército, Marinha e Aeronáutica?
Nada disso! O Brasil está na liderança dos Jogos Mundiais Militares graças ao contrato emergencial de atletas olímpicos do nível de Ketleyn Quadros, Jadel Gregório, Poliana Okymoto, Carla Moreno, Leandro Guilheiro, Flávio Canto, etc. Foram 200 os contratados.
Atrativo
Um comunicado das Forças Armadas informou que "esses atletas foram atraídos, principalmente, por condições favoráveis para treinamento e viagens, por boa infraestrutura".
Quer dizer que atletas desse nível estão sem "condições favoráveis" para cumprir seus treinamentos, a um ano dos Jogos Olímpicos de Londres?
Mas o que fazem, Comitê Olímpico e Confederações, com os milhões que recebem dos órgãos públicos, dinheiro que passa os R$ 200 milhões/ano?
Voltemos à potência esportiva militar que, de repente, nos tornamos e é o que interessa, agora.
Por conta de uma estratégia ilusória, para não passarmos o vexame de perder em casa o Mundial Militar, apelamos para quem tem potencial na competição. Resultado: uma delegação turbinada por profissionais.
E como estão os atletas efetivamente militares, que se prepararam para disputar em seu país e acabaram substituídos pelos emergenciais?
Que ambiente vivem esses militares ignorados, ao lado atletas contemplados com soldos, sem passar pela dureza da vida de caserna?
Pois é neste ambiente de "jeitinhos", agora em nível militar, que nos preparamos para as Olimpíadas de 2016. Quem sabe, os Jogos da ilusão.
Fonte: http://blogdocruz.blog.uol.com.br/
Um comentário:
Muito bom; isto não poderia ser considerado fraude? Também notei que, de uma hora para outra, os atletas de ponta, alguns, pelo menos, passaram a ser militares.
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