POR QUE SÃO CONVOCADOS TANTOS JOGADORES PARA A SELEÇÃO BRASILEIRA ? O TEXTO ABAIXO SERÁ QUE RESPONDE?
Reunião de Neymar em Londres escancara balcão de negócios da CBF pós Copa-2010
Matéria no UOL
O clima permissivo encontrado no hotel The Dorchester, durante a passagem da seleção brasileira por Londres, na última semana, não foi uma exceção. Desde que o Brasil foi derrotado na Copa do Mundo de 2010 e, consequentemente, o comando técnico foi trocado, as portas das concentrações voltaram a ficar abertas a olheiros e empresários em geral, em postura completamente oposta à adotada por Dunga durante sua gestão.
Em Londres, antes do jogo com a Escócia, por exemplo, pelo menos oito empresários tiveram acesso livre aos jogadores brasileiros. Entre eles, estavam nomes como o de Pini Zahavi, um dos maiores agentes do futebol mundial, e Kia Joorabchian, conhecido no país por comandar o fundo de investimentos MSI, ex-parceiro do Corinthians.
Também tiveram contato com os atletas em Londres alguns agentes brasileiros, como Wagner Ribeiro (que representa Neymar e Lucas) e Carlos Leite (empresário de Mano Menezes e do meia Renato Augusto).
O encontro entre agente e atletas em Londres não só aconteceu com a permissão da CBF, mas contou também com a participação direta da entidade. Dois funcionários da seleção brasileira recepcionaram os agentes no saguão.
O esquema foi simples. Os empresários ficavam num canto do lobby do hotel The Dorchester e, após o jantar, os atletas foram encontrá-los. As conversas duravam, no máximo, 20 minutos. Até o técnico Mano Menezes conversou com alguns dos "visitantes", dando claro sinal de que aprova o trânsito dessas pessoas.
Os agentes alegam que não se fala de negócios nessas visitas. E que elas servem apenas para distrair os jogadores e para os clientes dizerem se precisam de algo. Argumentam que na Copa da África, alguns atletas não ficaram à vontade com a clausura imposta por Dunga. Luís Fabiano foi um deles.
No estádio, já sem nenhuma ligação com a CBF, os empresários estavam em ritmo de encontro de negócios. Wagner Ribeiro e Thiago Ferro, da DIS, ligada ao grupo Sonda, assistiram à partida no camarote de Zahavi. Após o jogo, eles jantaram com Neymar.
A seleção brasileira registrou posturas completamente opostas em pouco menos de quatro anos. Durante a preparação para a Copa do Mundo de 2006, o técnico Carlos Alberto Parreira atendeu aos interesses comerciais da CBF e permitiu a realização de uma "pré-temporada"em Weggis. Com os cofres cheios, a entidade transformou o período que serviria para a preparação dos atletas em um grande show.
Esse clima festivo chegou à concentração. Além da liberdade para curtirem a noite, os jogadores esbarravam diariamente na recepção do hotel com torcedores batendo bola e até atrizes pornôs. Empresários gozavam da mesma liberdade e aproveitavam para estreitar laços com os atletas.
Todo esse oba-oba foi apontado posteriormente pela CBF como o grande motivo para o fracasso no Mundial de 2006. Diante disso, Dunga foi contratado com a missão de mudar esse panorama. E, para isso, o técnico radicalizou ao blindar completamente o grupo da seleção, afastando assim os atletas dos empresários, torcida e imprensa.
O novo fracasso fez a CBF, mais uma vez, mudar de ideia. Com Mano Menezes, o presidente Ricardo Teixeira anunciou que pretendia reaproximar seleção e torcedores.
O convívio entre agentes e jogadores, no entanto, não se resume à concentração da equipe principal. Nas categorias menores, o entra e sai de empresários acontece da mesma forma, com representantes de clubes abordando diretamente alguns dos destaques do time nacional.
No Peru, durante o Sul-Americano sub-20, realizado no início deste ano, os empresários não encontraram nenhuma barreira para conversar com atletas. Logo após a conquista do título, por exemplo, enquanto acontecia um churrasco nas dependências da concentração, o olheiro Pieter de Visser, do Chelsea, abordava livremente os volantes Casemiro, do São Paulo, e Fernando, do Grêmio, a poucos metros do local em que acontecia a festa.
Grande astro do time comandado por Ney Franco, o atacante Neymar também teve pelo menos um contato com Albert Valentim, representante do Barcelona no torneio. Os dois acompanharam a vitória do Brasil sobre o Equador por 1 a 0 na tribuna de honra do estádio Monumental UNSA, em Arequipa. O dirigente já havia destacado o interesse especial pelo futebol do atacante santista.
Neymar, por sinal, esteve acompanhado durante toda a disputa do hexagonal do Sul-Americano por seu pai, que frequentemente era visto conversando com alguns dos muitos empresários hospedados no mesmo hotel em que estava a seleção sub-20. Um deles era Nick Arcuri, representante de Jucilei, ex-Corinthians, e que estava no Peru acompanhando outro cliente seu, o atacante Willian José, do São Paulo.
Esse fenômeno já atingiu até a seleção brasileira sub-17, que está no Equador disputando o Sul-Americano da categoria. Apesar de a grande maioria ainda estar longe do time profissional, empresários tentam prospectar novos clientes diretamente na fonte, como acontece com Andrigo, que já desperta o interesse de gigantes do futebol mundial. A revelação do Internacional, no entanto, conta com o suporte in loco de um representante da DIS, empresa que agência a sua carreira, para quaisquer contatos.
Enviado por Sérgio Oliveira, de Charqueadas-RS
Matéria no UOL
O clima permissivo encontrado no hotel The Dorchester, durante a passagem da seleção brasileira por Londres, na última semana, não foi uma exceção. Desde que o Brasil foi derrotado na Copa do Mundo de 2010 e, consequentemente, o comando técnico foi trocado, as portas das concentrações voltaram a ficar abertas a olheiros e empresários em geral, em postura completamente oposta à adotada por Dunga durante sua gestão.
Em Londres, antes do jogo com a Escócia, por exemplo, pelo menos oito empresários tiveram acesso livre aos jogadores brasileiros. Entre eles, estavam nomes como o de Pini Zahavi, um dos maiores agentes do futebol mundial, e Kia Joorabchian, conhecido no país por comandar o fundo de investimentos MSI, ex-parceiro do Corinthians.
Também tiveram contato com os atletas em Londres alguns agentes brasileiros, como Wagner Ribeiro (que representa Neymar e Lucas) e Carlos Leite (empresário de Mano Menezes e do meia Renato Augusto).
O encontro entre agente e atletas em Londres não só aconteceu com a permissão da CBF, mas contou também com a participação direta da entidade. Dois funcionários da seleção brasileira recepcionaram os agentes no saguão.
O esquema foi simples. Os empresários ficavam num canto do lobby do hotel The Dorchester e, após o jantar, os atletas foram encontrá-los. As conversas duravam, no máximo, 20 minutos. Até o técnico Mano Menezes conversou com alguns dos "visitantes", dando claro sinal de que aprova o trânsito dessas pessoas.
Os agentes alegam que não se fala de negócios nessas visitas. E que elas servem apenas para distrair os jogadores e para os clientes dizerem se precisam de algo. Argumentam que na Copa da África, alguns atletas não ficaram à vontade com a clausura imposta por Dunga. Luís Fabiano foi um deles.
No estádio, já sem nenhuma ligação com a CBF, os empresários estavam em ritmo de encontro de negócios. Wagner Ribeiro e Thiago Ferro, da DIS, ligada ao grupo Sonda, assistiram à partida no camarote de Zahavi. Após o jogo, eles jantaram com Neymar.
A seleção brasileira registrou posturas completamente opostas em pouco menos de quatro anos. Durante a preparação para a Copa do Mundo de 2006, o técnico Carlos Alberto Parreira atendeu aos interesses comerciais da CBF e permitiu a realização de uma "pré-temporada"em Weggis. Com os cofres cheios, a entidade transformou o período que serviria para a preparação dos atletas em um grande show.
Esse clima festivo chegou à concentração. Além da liberdade para curtirem a noite, os jogadores esbarravam diariamente na recepção do hotel com torcedores batendo bola e até atrizes pornôs. Empresários gozavam da mesma liberdade e aproveitavam para estreitar laços com os atletas.
Todo esse oba-oba foi apontado posteriormente pela CBF como o grande motivo para o fracasso no Mundial de 2006. Diante disso, Dunga foi contratado com a missão de mudar esse panorama. E, para isso, o técnico radicalizou ao blindar completamente o grupo da seleção, afastando assim os atletas dos empresários, torcida e imprensa.
O novo fracasso fez a CBF, mais uma vez, mudar de ideia. Com Mano Menezes, o presidente Ricardo Teixeira anunciou que pretendia reaproximar seleção e torcedores.
O convívio entre agentes e jogadores, no entanto, não se resume à concentração da equipe principal. Nas categorias menores, o entra e sai de empresários acontece da mesma forma, com representantes de clubes abordando diretamente alguns dos destaques do time nacional.
No Peru, durante o Sul-Americano sub-20, realizado no início deste ano, os empresários não encontraram nenhuma barreira para conversar com atletas. Logo após a conquista do título, por exemplo, enquanto acontecia um churrasco nas dependências da concentração, o olheiro Pieter de Visser, do Chelsea, abordava livremente os volantes Casemiro, do São Paulo, e Fernando, do Grêmio, a poucos metros do local em que acontecia a festa.
Grande astro do time comandado por Ney Franco, o atacante Neymar também teve pelo menos um contato com Albert Valentim, representante do Barcelona no torneio. Os dois acompanharam a vitória do Brasil sobre o Equador por 1 a 0 na tribuna de honra do estádio Monumental UNSA, em Arequipa. O dirigente já havia destacado o interesse especial pelo futebol do atacante santista.
Neymar, por sinal, esteve acompanhado durante toda a disputa do hexagonal do Sul-Americano por seu pai, que frequentemente era visto conversando com alguns dos muitos empresários hospedados no mesmo hotel em que estava a seleção sub-20. Um deles era Nick Arcuri, representante de Jucilei, ex-Corinthians, e que estava no Peru acompanhando outro cliente seu, o atacante Willian José, do São Paulo.
Esse fenômeno já atingiu até a seleção brasileira sub-17, que está no Equador disputando o Sul-Americano da categoria. Apesar de a grande maioria ainda estar longe do time profissional, empresários tentam prospectar novos clientes diretamente na fonte, como acontece com Andrigo, que já desperta o interesse de gigantes do futebol mundial. A revelação do Internacional, no entanto, conta com o suporte in loco de um representante da DIS, empresa que agência a sua carreira, para quaisquer contatos.
Enviado por Sérgio Oliveira, de Charqueadas-RS
Um comentário:
Tá explicado, o porque de alguns anos prá cá, êsses "ídolos" do futebol nem sempre terem como primeira preocupação, jogar bola MUITO bem, motivo da fortuna que recebem. Não há espaço mais prá êsse tipo de responsabilidade...só prá negócios.
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