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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

"Teoria dos escândalos nos governos"

Trechos da coluna ("Novo Príncipe") de Cesar Maia na "Folha de S. Paulo", de sábado, 5:
1. "El Nuevo Príncipe" (Editora El Ateneo), de Dick Morris (coordenador de Clinton em 2006), é leitura básica para entender a complexidade da comunicação política dos governos, muito maior que a do marketing eleitoral, pois ocorre dia a dia. E se insere num universo diversificado, de imprensa, comunicação direta, boatos, opinião pública segmentada, contracomunicação da oposição e dos insatisfeitos e da Internet.
2. Morris fala disso em "Governar", na parte 2 de seu livro. Nele, trata de temas como popularidade cotidiana, exercício da liderança, agressividade ou conciliação, inércia burocrática, cuidar das costas (controlar seu partido), buscar recursos e continuar sendo virtuoso, o mito da manipulação da mídia e como sobreviver a um escândalo. A este último ponto Morris dedica atenção.
3. "Não há como ganhar na cobertura de um escândalo. A única maneira de sair vivo é falar a verdade, aguentar o tranco e avançar". Com vasta experiência junto à imprensa dos EUA, lembra que, quando ela abre um escândalo, tem munição guardada para os próximos dias. Os editores fatiam a matéria, pedaço a pedaço, para a cada dia ter uma nova revelação. De nada adianta querer suturar o escândalo com uma negação reativa, pois virão outras logo depois, desmoralizando a defesa. Para Morris, a chave é não mentir. O dano de mentir é mortal. "Uma mentira leva a outra, e o que era uma incomodidade passa a ser obstrução criminal à Justiça". 4. A força de um escândalo é a sua importância política. As pessoas perdoam muito mais aqueles fatos sem relação com o ato de governar. "Se os eleitores se mostram escandalizados com o que se diz que ele fez, é melhor que não tenha feito. Roubar dinheiro não se perdoa". Em outros tipos de escândalo, como os de comportamento, os eleitores se mostram mais suaves e compreensíveis. Os mais velhos são sempre menos tolerantes. Os de idade intermediária tendem a ser mais flexíveis, especialmente com escândalos de comportamento. Os eleitores jovens se fixam mais no caráter do governante.
5. Assim, além da complexidade de enfrentar um escândalo, a comunicação de governo deve ser, pelo menos, etariamente segmentada. Na medida em que o governante nada tenha a ver diretamente com o fato, que os responsáveis sejam de fato afastados por traição de confiança. Caso contrário, o próprio governo será contaminado e terá perdido precocemente a batalha de opinião pública e, assim, a batalha política.

Um comentário:

Unknown disse...

Independente de faixa etária, acho que o povo que pensa mìnimamente, só não perdoa dois ítens básicos, os mais importantes, eu acho, que são "não roubar" e " não mentir". Quanto ao governante inocente que deveria afastar os que traíram a confiança do govêrno, é mesmo a melhor maneira de se dizer inocente no assunto...por isso, desde 2003, aloprados governistas ganham ainda mais força, são reeleitos e continuam frequentando inclusive o Planalto. Que não se esqueçam disso, todos aqueles vermelhinhos que radicalizam na câmara legislativa,no Distrito Federal. Prá mim, panetones, dólares na cueca, em garrafas de wísque, em ambulâncias, etc, é tudo igual. A diferença é que este atual escândalo é uma fração apenas de tudo o que já vimos e vemos com os governistas do gov federal.