Em editorial desta quinta-feira, 10, o jornal "Folha de S. Paulo" afirma que o comando do PT está tentando reescrever a história, para apagar o crime do mensalão petista, o esquema nacional de compra de apoio político capitaneado pela cúpula da legenda.
"Ninguém com memória e informação cairia nessa esparrela", diz o jornal, afirmando em seguida que vale recordar o que havia de "estarrecedor" no mensalão petista. A começar pelo uso indevido do dinheiro público. Exemplo: o Banco Popular. Criado, no Banco do Brasil, para emprestar a pessoas de baixa renda, durante um ano e sete meses, sob a gestão de Ivan Guimarães, conseguiu a proeza de gastar mais em publicidade (R$ 24 milhões) do que em empréstimos (R$ 20 milhões). A empresa que se beneficiou da publicidade, sem que se tenha feito nenhuma licitação, foi a DNA de Marcos Valério".
Diz ainda a Folha: "Seria o caso de recordar ainda outros exemplos "de estarrecer" envolvendo este governo: a procissão de deputados, petistas e aliados, que se formou na boca do caixa do Banco Rural para receber quantias várias de mensalão; o jipe que uma empresa beneficiada por contrato milionário da Petrobras deu de presente a Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido; o dinheiro na cueca; a violação do sigilo do caseiro que denunciou atividades envolvendo Antonio Palocci - a lista de escândalos graves é longa. Poderia ainda incluir o caso dos "aloprados", quando, na campanha de 2006, um grupo de petistas foi flagrado com malas de dinheiro sujo, numa operação para atingir a campanha tucana.
Se a vida partidária se nivelou por baixo e os costumes políticos estão degradados, o governo Lula, por ação e conivência, é um dos grandes responsáveis. É bom ter isso em mente para que não se realize a profecia de Delúbio Soares, para quem o mensalão ainda iria virar "piada de salão", conclui.

Um comentário:
E prá eles, virou piada de salão, mesmo. Arruda vai pagar por seus êrros e dos outros todos. E não se falou das propinas de Santo André que culminou na morte de Celso Daniel.
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