Ao pedir nesta terça-feira a renúncia do senador José Sarney (PMDB-AP) do cargo de presidente do Senado, o senador petista Eduardo Suplicy (Foto: Reprodução), para simbolizar sua atitude, mostrou, em plenário, um cartão vermelho, numa referência ao procedimento utilizado por juízes de futebol para expulsar um jogador de campo.
"No meu entender, o arquivamento das ações no Conselho de Ética não resolveu a crise. Para voltarmos à normalidade no Senado, o melhor caminho é que José Sarney renuncie ao cargo (de presidente)", disse.
Ele explicou que o cartão vermelho a Sarney foi dado por ele para que a população entendesse o simbolismo de seu pedido.
Suplicy foi o primeiro senador petista a pedir a renúncia de José Sarney do comando do Senado. Até hoje, o líder do partido, Aloizio Mercadante (SP), havia pedido, em nome da bancada, o afastamento temporário de Sarney da presidência do Senado. José Sarney não estava presente no momento do discurso de Suplicy. Ele foi avisado do discurso pelo próprio Suplicy, mas deixou a sessão sob a justificativa de que tinha um compromisso inadiável em seu gabinete.
Suplicy disse que vinha sendo cobrado por várias pessoas sobre seu posicionamento em relação às denúncias contra Sarney. "O Senado sofreu um desgaste imensurável com o arrastar desta situação. Estamos em 25 de agosto e, apesar de terem sido aprovados alguns requerimentos, nenhum requereu a atenção de nós como o Brasil precisa.
"Parlamentares e partidos políticos estão respondendo a uma enxurrada de críticas severas. Aonde nós andamos, seja em São Paulo ou em qualquer lugar, as pessoas nos cobram", disse ele. Bate-bocaSuplicy ainda fez uma intervenção, extremamente irritado, na tribuna do Senado, batendo boca com o senador Heráclito Fortes (DEM-GO), em resposta à acusação de que não teria sido sincero ao pedir a renúncia de José Sarney. Suplicy apresentou o mesmo cartão a Heráclito e, respondendo a um desafio do adversário, disse que tem coragem de fazer o mesmo em relação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Heráclito, também extremamente alterado, afirmou que Suplicy não é sincero ao falar contra Sarney e diz que o senador do PT deveria denunciar também irregularidades no governo do presidente Lula.
3 comentários:
O Povo brasileiro já deu cartão vermelho à essa política\tráfico de influências perniciosas há muito tempo... vem aí as urnas...eleições...
Acho que o senador Suplicy estava se sentindo muito reprimido em seu próprio partido,sem oportunidade de mostrar sua indignação.A gente sabe que ele é super passional e não seria de outra forma.Ele e as senadoras Marina e Heloísa Helena,deveriam ser de um mesmo partido e assim(não do PT)a fiscalização do governo federal,seria sim,imparcial,aposto.Eu ouvi na Globonews,hoje,que ele esticou o braço prá cumprimentar Berzoíni e ficou com o braço no ar,sem ser cumprimentado por ele.É este o PT, digno de um ditador como Chaves.E Suplicy que se cuide! Mariana
Grande joguinho de cena do Suplicy. Só agora ele se indignou? Por último? Depois de todo mundo? É um falso, querendo se desvincular do papelão que o PT tem feito, de olho nas eleições. Mas não engana ninguém.
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