O que seria uma simples coleta de água (Foto: Divulgação) e solo para atividade em laboratório acabou se tornando uma grande descoberta para um grupo de 19 alunos do curso de Engenharia Ambiental da FTC Feira. Durante aula prática realizada em uma manhã de sábado, eles encontraram, nas proximidades do campus da instituição, um vale que está sendo utilizado como depósito de resíduos sólidos de procedência ignorada.
Os produtos encontrados no fundo do vale incluem lixo doméstico, restos de material de construção civil, sucata de material de informática, resíduos de aviário, lâmpadas fluorescentes quebradas, pneus, resíduos de marcenaria, cocos cheios de água, resíduos de postos de combustíveis (hidrocarboneto) e de oficina mecânica, vidro, medicamentos, material de limpeza de piscina e até animais mortos.
De acordo com o professor Robinson Moresca de Andrade, titular da disciplina Biologia, a situação do vale, que fica localizado próximo a uma lagoa entre os bairros SIM e Santo Antônio dos Prazeres, será comunicada aos órgãos competentes. Para isso, os alunos fizeram registro fotográfico e as informações sobre a degradação ambiental serão reunidas em um documento.
Contaminação do solo
“Não sabemos se a propriedade é pública ou particular”, disse o professor Robinson Moresca, destacando que independentemente do caráter da propriedade, a situação requer atenção de órgãos como o Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Meio Ambiente e Ministério Público. Também deverá ser acionada a Vigilância Sanitária, por conta da incidência da dengue, já que existem no local condições propícias à proliferação do aedes aegypti, a exemplo de pneus e cocos.
Outra preocupação é a possibilidade de contaminação do solo. De maneira informal, os alunos obtiveram informações de que a água da lagoa - também existe uma nascente no local - estaria sendo utilizada para obras de pavimentação de ruas. “Ou seja, o que deveria estar concentrado está sendo espalhado, contaminando o lençol freático”, constata professor Robinson, que também viu caminhões pipa retirando água do local.
Tudo indica que a área, onde também é feita extração de areia, está sendo utilizada para depósito de resíduos há muito tempo. Prova disso é a existência de embalagens plásticas com marcas de empresas que não existem há mais de 20 anos. Os resultados já começam a aparecer. “A vegetação já está morrendo”, resume a estudante Lidiane Campos dos Reis, do quarto semestre do curso de Engenharia Ambiental.
Denúncia e alerta
O contato direto com a poluição ambiental em uma área que deveria ser preservada despertou nos alunos o compromisso de denunciar esse tipo de agressão. “O que mais assusta é a diversidade dos materiais jogados no local”, afirma Lidiane, que confessa ter medo do nível de degradação. “Na verdade nem se sabe o nível de contaminação do solo e da água”, alerta a estudante.
Os alunos, que ficaram revoltados diante da situação, constataram que a lagoa já foi aterrada. O pior é que não se pode precisar há quanto tempo está ocorrendo isso. O que eles querem é, a partir disso, é mudar a consciência da sociedade. “Vamos mostrar o que está acontecendo, trabalhar um projeto de conscientização, direcionar para os órgãos competentes”, diz Lidiane Campos.
Para Romualdo de Almeida, aluno de 5º semestre, é importante salientar que não se pretende atacar ninguém, “mas conscientizar a sociedade e alertar o mercado de trabalho de Feira de Santana que há um curso de Engenharia Ambiental atento a tudo isso e que tem o respaldo da instituição”. Confiantes de que ainda adianta fazer alguma coisa, Romualdo e Lidiane têm um pensamento em comum: além de estudantes, são cidadãos e também podem ser afetados.
(Com informações de Socorro Pitombo e Madalena de Jesus , da Assessoria de Comunicação FTC/FSA)
Os produtos encontrados no fundo do vale incluem lixo doméstico, restos de material de construção civil, sucata de material de informática, resíduos de aviário, lâmpadas fluorescentes quebradas, pneus, resíduos de marcenaria, cocos cheios de água, resíduos de postos de combustíveis (hidrocarboneto) e de oficina mecânica, vidro, medicamentos, material de limpeza de piscina e até animais mortos.
De acordo com o professor Robinson Moresca de Andrade, titular da disciplina Biologia, a situação do vale, que fica localizado próximo a uma lagoa entre os bairros SIM e Santo Antônio dos Prazeres, será comunicada aos órgãos competentes. Para isso, os alunos fizeram registro fotográfico e as informações sobre a degradação ambiental serão reunidas em um documento.
Contaminação do solo
“Não sabemos se a propriedade é pública ou particular”, disse o professor Robinson Moresca, destacando que independentemente do caráter da propriedade, a situação requer atenção de órgãos como o Instituto do Meio Ambiente (IMA), Secretaria de Meio Ambiente e Ministério Público. Também deverá ser acionada a Vigilância Sanitária, por conta da incidência da dengue, já que existem no local condições propícias à proliferação do aedes aegypti, a exemplo de pneus e cocos.
Outra preocupação é a possibilidade de contaminação do solo. De maneira informal, os alunos obtiveram informações de que a água da lagoa - também existe uma nascente no local - estaria sendo utilizada para obras de pavimentação de ruas. “Ou seja, o que deveria estar concentrado está sendo espalhado, contaminando o lençol freático”, constata professor Robinson, que também viu caminhões pipa retirando água do local.
Tudo indica que a área, onde também é feita extração de areia, está sendo utilizada para depósito de resíduos há muito tempo. Prova disso é a existência de embalagens plásticas com marcas de empresas que não existem há mais de 20 anos. Os resultados já começam a aparecer. “A vegetação já está morrendo”, resume a estudante Lidiane Campos dos Reis, do quarto semestre do curso de Engenharia Ambiental.
Denúncia e alerta
O contato direto com a poluição ambiental em uma área que deveria ser preservada despertou nos alunos o compromisso de denunciar esse tipo de agressão. “O que mais assusta é a diversidade dos materiais jogados no local”, afirma Lidiane, que confessa ter medo do nível de degradação. “Na verdade nem se sabe o nível de contaminação do solo e da água”, alerta a estudante.
Os alunos, que ficaram revoltados diante da situação, constataram que a lagoa já foi aterrada. O pior é que não se pode precisar há quanto tempo está ocorrendo isso. O que eles querem é, a partir disso, é mudar a consciência da sociedade. “Vamos mostrar o que está acontecendo, trabalhar um projeto de conscientização, direcionar para os órgãos competentes”, diz Lidiane Campos.
Para Romualdo de Almeida, aluno de 5º semestre, é importante salientar que não se pretende atacar ninguém, “mas conscientizar a sociedade e alertar o mercado de trabalho de Feira de Santana que há um curso de Engenharia Ambiental atento a tudo isso e que tem o respaldo da instituição”. Confiantes de que ainda adianta fazer alguma coisa, Romualdo e Lidiane têm um pensamento em comum: além de estudantes, são cidadãos e também podem ser afetados.
(Com informações de Socorro Pitombo e Madalena de Jesus , da Assessoria de Comunicação FTC/FSA)
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