O rolando-lero do governo petista

Está no "Contexto", suplemento semanal editado por Glauco Wanderley, da "Tribuna Feirense", edição deste sábado, 28, o "Samba de uma nota Solla":

"Vamos construir o Hospital da Criança em Feira de Santana"

(candidato Jaques Wagner, na campanha eleitoral de 2006)

"Vamos duplicar o anel de contorno de Feira, assim como construir o Hospital da Criança do município"

(governador Jaques Wagner, recém empossado, em 09/02/2007, na inauguração da fábrica da Nestlé)

"Muito brevemente, no máximo no começo de junho, estaremos anunciando a obra do Hospital da Criança"

(Wagner, em 31/05/2007, quando veio a Feira lançar o PPA)

"Estamos nos preparando para começar o Hospital da Criança"

(Wagner, em 31/07/2007, quando veio a Feira para abertura de um curso de agentes de saúde)

"Estamos com a licitação para a obra do Hospital da Criança, praticamente pronta"

(Wagner, em 28/09/2007, quando veio a Feira para o aniversário do MOC)

"Sobre o Hospital da Criança, nós já temos o orçamento previsto. Estamos fazendo projetos"

(Wagner, em 27/10/2007, em entrevista a Valdomiro Silva, na Rádio Povo)

"Estamos preparando o Hospital da Criança"

(secretário de Saúde, Jorge Solla, em 20/12/2007, quando veio com o governador a Feira, para inaugurações no Senai e no Ceteb)

"Com certeza, vai ser um hospital com H maiúsculo"

(Solla, em 17/06/2008, quando o governador, na companhia do ministro da Saúde, José Temporão, assinou um convênio autorizando a licitação para construir, com a União, o Hospital da Criança, cujo custo é estimado em R$ 28 milhões).

Na mesma edição, na coluna "Entrelinhas", Glauco Wanderley vai direto ao ponto, na nota "Contra-propaganda":

"O excesso de barulho em torno do Hospital da Criança acaba funcionando ao contrário para o governo. Pois o argumento que está em voga pelos candidatos de oposição a Ronaldo é que o prefeito tem que ser do grupo do governador, para que venham obras. Mas no caso do Hospital da Criança, que é exclusivo do estado, o governo anunciou, anunciou, anunciou e na hora de anunciar "em definitivo" chamou o socorro da União, invocou o dinheiro da CSS que ainda nem existe e ainda disse que apenas parte do dinheiro está garantido e que o resto está sendo buscado por meio de outras parcerias. Desse jeito, não adianta se aliar com o estado. Não tem R$ 28 milhões para bancar o hospital?