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domingo, 25 de fevereiro de 2007

Respaldo popular ou fraude eleitoral?

Por Alejandro Peña Esclusa, em 23 de fevereiro de 2007, com tradução publicada no site “Mídia Sem Máscara” (midiasemmascara.org)

Caracas - Acabo de regressar de um giro que me levou a San Salvador, Washington, Miami, Buenos Aires, São Paulo e Bogotá, cujo objetivo foi promover a criação de uma Comissão Internacional que investigue as graves violações à liberdade e aos direitos humanos na Venezuela.
Nas reuniões que mantive, detectei uma péssima opinião sobre Hugo Chávez, a quem se considera um perigoso ditador, que está expandindo seu projeto por toda a América; entretanto, - invariavelmente - todos os meus interlocutores estavam certos do massivo respaldo popular que o tenente-coronel ainda mantém.
Esta falsa percepção deve-se não somente à multimilionária campanha propagandística que o regime venezuelano realiza no mundo inteiro, mas - principalmente - ao fato de que o líder opositor não tenha protestado contra os resultados nas eleições que se realizaram, favoráveis sempre ao oficialismo.
Foi necessário explicar que na Venezuela existe um mecanismo engenhoso e perverso para cometer fraude eleitoral que consiste no seguinte:
Primeiro: promove-se a criação de uma Assembléia Constituinte.
Segundo: a este organismo se outorga - ilegalmente - uma condição “originária” e “supra-constitucional” que lhe permite dissolver os poderes públicos legitimamente constituídos.
Terceiro: nomeiam-se novos poderes, subordinados ao presidente, com interesse especial em controlar as instituições eleitorais.
Quarto: modificam-se as normas que regem as eleições, substituindo o voto manual pelo eletrônico (facilmente manipulável), eliminando o segredo do voto mediante máquinas “capta huellas” (capta digitais), proibindo a contagem manual das cédulas e estabelecendo uma auditoria “aleatória” que só revisa as cédulas em algumas caixas.
Quinto: tergiversa-se o padrão eleitoral, inflando-o exageradamente com votantes inexistentes e outorgando a nacionalidade a milhares de estrangeiros, em troca de seu voto.
Sexto: coage-se os cidadãos a votar no regime, ameaçando-os de perder seus empregos (no caso dos funcionários públicos) ou em negar-lhes subsídios, créditos ou contratos.
Sétimo: criam-se grupos paramilitares, protegidos pelo oficialismo e armados até os dentes, que ameaçam a população em agir com violência se esta se atreve a materializar uma mudança de governo.
Incrivelmente, tudo o que foi dito acima se realiza com uma aparência de legalidade, posto que as ações e normativas são ditadas pelos próprios poderes públicos. Trata-se de um mecanismo para destruir a democracia e impor uma ditadura, utilizando como plataforma as instituições democráticas.
Para que o esquema funcione à perfeição, exige-se candidatos opositores que concorram às eleições e as legitimem com sua participação, como lamentavelmente sucedeu na Venezuela.
Além de Chávez, há outros que querem utilizar o mesmo modelo para perpetuar-se no poder, entre eles, Evo Morales, Rafael Correa e Daniel Ortega.
Depois da explicação, meus interlocutores reagiram com otimismo. Se o respaldo popular que Chávez mantém é fictício, então o poder formal e o inesgotável talão de cheques petroleiro só lhe servirão para manter-se na presidência durante algum tempo; depois, lhe sobrevirá a debacle.

Publicado originalmente no “El Diario de Hoy”, de El Salvador.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem não vai gostar desta postagem é o Valter Xeu.

Anônimo disse...

Venezuela, Bolívia e o Brasil caminhando para se igualar a eles. Uma lástima.