Por Augusto Nunes
"Somos apenas bons amigos",
diziam os astros e estrelas de Hollywood, no século passado, aos jornalistas
que lhes perguntavam se faziam os rumores sobre seu envolvimento em algum caso
amoroso. O desmentido era uma confirmação em código, sabiam declarantes,
jornalistas e leitores. Tanto era que caiu em desuso.
Artista de pornochanchada
policial, Rosemary Noronha certamente leu a frase em incontáveis reportagens de
revistas de fofocas. E nela se inspirou para produzir a versão jeca publicada
na edição de VEJA que começou a circular neste sábado.
Amparado não em
rumores, mas em certezas decorrentes de copiosas provas colhidas pela Polícia
Federal, o repórter Adriano Ceolin quis saber, durante a primeira entrevista
concedida por Rose depois do escândalo descoberto há um ano, o exato calibre da
ligação mantida com o ex-presidente Lula. "Minha relação com ele é de amizade,
fidelidade, e totalmente profissional", caprichou. "As nossas famílias se
conhecem desde que as crianças eram pequenas".
Quando e como conheceu o
ex-presidente?, foi a previsível pergunta seguinte. Em vez de recordar, com a
serenidade de quem não tem culpa no cartório, as origens de tão bonita amizade,
Rose sucumbiu ao chilique revelador.
Irritada, deu a conversa
por encerrada, pediu ao jornalista que desconsiderasse as declarações
anteriores e voltou para o esconderijo. Só faltava isso para que as dúvidas
restantes, se é que ainda existiam, fossem sumariamente revogadas.
É tudo verdade.Fonte: Blog de Augusto Nunes
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