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Quarta-feira, 17, às 18h30 e 19 horas

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Morre artista plástico feirense Cesar Romero


O artista plástico baiano - 
natural de Feira de Santana (18.10.1950) - Cesar Romero faleceu na noite de terça-feira, 7, em Salvador, aos 74 anos.
Ele passou a infância na cidade natal. Seu pai, Hamilton de Lima Cordeiro, era pecuarista e possuia muitas fazendas. Junto com a mãs, Alaíde de Oliveira Cordeiro assistia a muitos filmes. Fez o curso Primário na Escola Maria Quitéria, presatou Admissão no Colégio Santanópolis. Ao terminar o Ginásio foi estudar em Salvador no Colégio Maristas, onde se preparou para o Vestibular de Medicina, passando em décimo primeiro lugar. Formado em Medicina em 1974, pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), optou pela Psiquiatria, especializando-se em psicoterapia individual e grupal, com intensa atividade clínica. 
A última exposição dele em sua cidade natal foi "Feira de Santana: 1999 a 2019 - 20 Anos de Crescimento e Transformação", que esteve em pauta no Boulevard Shopping, celebrando os 186 anos de Feira de Santana, em meados de setembro de 2019.
A exposição - com curadoria da galerista Ligia Motta - também celebrou o talento e a inspiração de outros sete nomes do cenário artístico e cultural que tem suas raízes na cidade: Antônio Brasileiro, Carlo Barbosa, Gil Mário, Graça Ramos, Juraci Dórea, Luiz Humberto Carvalho e Pedro Roberto.
Entre 12 e 29, a mostra fez um paralelo entre os 20 anos do Shopping - comemorados naquele ano - e o desenvolvimento de Feira de Santana nas últimas duas décadas.
Cesar Romero particiou da exposição coletiva de inauguração da Galeria de Arte Raimundo de Oliveira, em 21 de dezembro de 1986, ao lado de Antônio Brasileiro, Calazans Neto, Carlo Barbosa, Florival Oliveira, Francisco Liberato, Gil Mário, Guache Marques, Jea Voltadei, Joaquim Franco, Juarez Paraíso, Juraci Dórea, Márcia Magno, Marcus Moraes, Maso, Pedro Roberto e Sante Scaldaferri.
Há 50 anos, em 1975, no extinto Clube de Campo Cajueiro, Cesar Romero participou da Novarte Bahia 75, uma grande exposição de artes plásticas, idealizada por José Monteiro Filho, tendo o artista plástico Pedro Roberto como um dos responsáveis pela mostra. Então, foi realizada uma homenagem a Raimundo de Oliveira, com uma retrospectiva de suas obras.
Ele fez mais de 500 coletivas e 47 individuais no Brasil. No exterior 50 coletivas e 12 individuais. Ganhou vários prêmios inclusive cinco deles pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA). Tem livros escritos pelos críticos Geraldo Edson de Andrade - "César Romero - 50 Anos - Um Resumo", "A Brasilidade na Pintura de César Romero", de Miriam de Carvalho e  "A Escritura do Brasil", por Jacob Klintowitz.
Cesar Romero criou uma pintura singular que faz sucesso tanto nas galerias do Brasil e do exterior, como no show business. Basta ver como telas dele da série 'Faixas Emblemáticas' aparecem decorando ambientes das novelas da TV Globo. 
Também era médico psicoterapeuta e era considerado um dos mais importantes e respeitados críticos de arte do país -recebeu o Prêmio Gonzaga Duque (crítico associado por atuação no ano de 2010) pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) como melhor profissional desta área em 2010. 
Escrevia sobre artes plásticas para o jornal "Correio". César Romero desenvolveu um intenso trabalho ligado à divulgação da arte e de artistas brasileiros e estrangeiros, livros de arte e reflexões sobre temas de interesse da classe. Publicou na grande imprensa inúmeras matérias, escreveu também no "Jornal ABCA" e "Caderno Saber", da "Gazeta de Alagoas", entre outros. Elaborou textos para catálogos de artistas baianos, cariocas e paulistas. Participou de eventos artísticos e culturais como palestrante. Fez curadorias, comentários críticos para DVDs, entrevistas opinativas e intervenções em mídia eletrônica sobre exposições de arte.
Foi admitido, em 1980, como crítico de arte pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), com sede em São Paulo, por avaliação de trabalhos teóricos e práticos e através da indicação dos críticos e escritores Walmir Ayala e José Roberto Teixeira Leite. A partir desta data passa a ser oficialmente crítico de arte da Associação Brasileira de Críticos de Arte, da Brasilian Association of Art Critics e da Association Internationale des Critiques d'Art, ong reconhecida pela Unesco, com sede em Paris. Publicou mais de 1.000 artigos sobre este assunto. Prefaciou aproximadamente trezentos catálogos de exposições para artistas brasileiros.
Iniciou-se na grande imprensa em 1975, mantendo-se na mídia até os dias atuais. São 35 anos ininterruptos escrevendo e divulgando a arte brasileira. Ainda foi colunista de artes plásticas da revista "Slogan" e outras já extintas. É colaborador do jornal da ABCA, em São Paulo.
Foi membro de júri em vários concursos e salões oficiais de artes plásticas no Brasil. Proferiu dezenas de palestras, participou de diversos congressos e debates sobre artes plásticas e o papel da crítica de arte, ressaltando-se duas Bienais de São Paulo e o V Congresso Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores de Arte (ABPA), São Paulo. Realizou trabalhos teóricos para jornais e revistas brasileiras.
Em 2002, ganhou o Prêmio Mário Pedrosa (artista linguagem contemporânea 2001). Em 2005, foi premiado com o Gonzaga Duque (pela atuação durante o ano de 2004) e em 2008, com o Prêmio Mario Pedrosa (Artista de linguagem contemporânea 2007). Fez curadoria em vários estados brasileiros, paises lusófonos e Espanha.
O artista também publicou três livros: em 2006, o livro "Bahia: Negras Raízes", sobre quatro interpretações escultóricas dos artistas Rubem Valentim, Agnaldo dos Santos, Mestre Didi e Juarez Paraíso. Também "Carl Brusell: Um Artista da Forma e da Cor", ambos editados pela Expoart.
Colaborou em livros de arte, analisando aspectos do trabalho de artistas como "A Obra de Juarez Paraíso", 2006; "+ 100 Artistas Plásticos da Bahia", 2001; e ainda "Gordas de Eliana Kertész", 2004.
César Romero era ainda acadêmico de Mérito da Academia Portuguesa de Ex-Líbris - Lisboa , Portugal (2008), membro do Instituto Preste João - Lisboa, Portugal (2002) e acadêmico Estrangeiro da Academia de Letras e Artes de Portugal - Monte Estoril, Lisboa, Portugal.
A Fundação Carlo Barbosa lançou em 27 de novembro de 2008, um álbum sobre o artista, inserido no projeto "Memórias - Pintores de Feira de Santana". Então, juntamente com a artista feirense, Leonice Barbosa, expôs pinturas no Museu Regional de Arte do Centro Univeritário de Cultura e Arte (Cuca). O álbum tem reproduções coloridas, que funcionam como encartes, contendo depoimentos sobre a artista, currículo e fotos.
Em dezembro de 2018, ele doou a obra de arte "Paris: Um Destino" à Fundação Senhor dos Passos. Acrílica sobre tela, com dimensão de 60 x 60, a tela foi colocada em sorteio beneficente para ajudar o patrimônio cultural feirense. 
Ele recebeu a Ordem Municipal  do Mérito de Feira de Santana, como membro na classe de Oficial, recebeu a Comenda Maria Quitéria da Câmara Municipal de Feira de Santana, era membro da Academia Feirense de Letras, recebeu a Medalha de Mérito da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana (Alafs), nomina Sala César Romero no Museu de Arte Contemporânea Raimundo Oliveira.

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