Por Luiz Felipe
É sempre bom termos amigos, ainda mais se esse próximo é amigo em comum, o paulistano Edu, a quem agradeço por ter nos conectado. Foi mesmo uma pena quando Zé Umberto passou por Sampa, nossos horários não terem possibilitado encontro. Há algumas décadas ele vem batalhando e trabalhando pelo cinema.
Em 1967, aos 18 anos, Zé iniciou no cinema, ou melhor, seria dizer na cultura. Praticamente, vivendo todos os dias dessa cachaça. Viajou pelas bitolas Super-8, 16 e 35mm., vídeo e digital. Iniciou no preto & branco e experimentou a cor. Se tivesse de escolher e não pudesse optar para ver todos os seus filmes, cujos títulos são cativantes, apostaria na conta dos mais provocativos, Ser Tão; Cantos Flutuantes; A Musa do Cangaço e Monte Santo - O Caminho da Santa Cruz.
Desde 1978 até 2022, colaborou em vários livros, iniciando com a organização de A História do Cinema Visto da Província, experimentou outros gêneros no romaFilho - Pioneiro do Cinema Baiano, pesquisado e escrito em parceria de André Setaro. Colaborou nas obras 30 Anos da Fundação Cultural da Bahia; Cangaço, o Nordestern no Cinema Brasileiro e Flor em Rochedo Rubro: O Poeta Enoch Santiago Filho. Em seguida, organizou belíssima coletânea em quatro volumes, de Walter da Silveira - O Eterno e Efêmero e Mário Gusmão - Um Príncipe Negro na Terra dos Dragões da Maldade. Uma palavra define bem o crítico Walter da Silveira: Mestre. Novas colaborações recentes apareceram em Cangaço e Outros Temas e A Voz Do Outro, a Outra Voz: Entrevistas, "José Umberto: Cineasta Sergipano".
Algumas questões se colocam. Como apareceu a assinatura ou nome de José Umberto sem H? Por que ficou pouco tempo na crítica de cinema? A resposta para essa última é mais fácil, outros projetos.
Não esquecer que se envolveu com teatro, seja como dramaturgo e encenador.
José Umberto Dias - Desde o ano de 1967 até 2009, realizou filmes como diretor, transitando entre as bitolas Super-8, 16 e 35mm., vídeo e digital. Filmou em Super-8, O Forte (1967); em 16mm., Preâmbulo e Doce Amargo (1968), neste último foi parceiro de direção de André Luiz Oliveira, mais novos curtas, Voo Interrompido (1972) e Salv a dor (1974), experimentou a fita colorida ao se transferir pro 35mm, com Ser Tão (1979); Cantos Flutuantes (1980); A Musa do Cangaço (1981) e Lua Violada (2002). Fez também alguns trabalhos em vídeo, como Boquim - Terra da Laranja (1990); Milton Gaúcho - Ator Baiano (1992) e Rex Schindler (1994). Para TV-E da Bahia, filmou Monte Santo - O Caminho da Santa Cruz (1997); A Capoeiragem na Bahia (2000) e O Povo no Carnaval (2001). Além de colaborar em diferentes funções com diversos colegas cineastas baianos. Em 1978, estreou como escritor, organizou A História do Cinema Visto da Província, experimentou outros gêneros no romance Dadá (1988). Em 1989, publicou um livro de crônicas, Ultraleve. Data de 1993, Alexandre Robatto Filho - Pioneiro do Cinema Baiano, pesquisado e escrito em parceria de André Setaro. Colaborou nas obras 30 Anos da Fundação Cultura da Bahia (2004); Cangaço, o Nordestern no Cinema Brasileiro e Flor em Rochedo Rubro: O Poeta Enoch Santiago Filho (2005). Em 2006, organizou belíssima coletânea em 4 volumes, Walter da Silveira – O Eterno e Efêmero e Mário Gusmão – Um Príncipe Negro na Terra dos Dragões da Maldade. Novas colaborações recentes apareceram em Cangaço e Outros Temas (2017) e A Voz Do Outro, a Outra Voz: Entrevistas, “José Umberto: Cineasta Sergipano”(2022).
Luiz Felipe Alves Miranda é um pesquisador de São Paulo que tem um Dicionário do Cinema Brasileiro, publicado e que está preparando uma nova edição do livro
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