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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

"The Fabelmans": Uma bela homenagem ao cinema









1. Paul Dano, Mateo Zoryan e Michelle Williams
2, 3 e 4. Gabriel LaBelle
5. Gabriel LaBelle e Chloe East
6. Mateo Zoryan
Fotos: Divulgação

"Filmes são sonhos que você nunca esquece", diz Mitzi Fabelman (Michelle Williams) em uma cena de "Os Fabelmans", de Steven Spielberg, em cartaz no Orient CinePlace Boulevard e visto na segunda-feira, 23. Como na cena todo o filme é como se fosse um sonho. Intimista, o drama é uma bela homenagem ao cinema. Uma declaração de amor à sétima arte. Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme e de Melhor Diretor. Ainda na premiação, foi indicado a Melhor Atriz (Michelle Williams), Melhor Roteiro (Tony Kushner e Steven Spielberg) e Melhor Trilha Sonora Original (John Williams). 

"Os Fabelmans" é baseado na vida - infância e juventude - de Steven Spielberg. Tudo, ou quase tudo que acontece na tela, é algo que realmente aconteceu com ele.

Em "Os Fabelmans", o jovem Sammy Fabelman (Gabriel LaBelle) cresce no Arizona pós-Segunda Guerra Mundial. Ele se apaixona por filmes depois que seus pais o levam para ver "O Maior Espetáculo da Terra", de Cecil B. DeMille, 1952, o primeiro filme que viu quando criança, ficando deslumbrado e marcado com a sequência do desastre do trem. Com uma câmera de 8mm, Sammy começa a fazer seus próprios filmes em casa - ele fez muitos -, para o deleite de sua mãe solidária. Ele mesmo montava os filmes emendando as partes usando as máquinas de edição dos anos 50.

Mas, quando o jovem descobre um segredo devastador de família, ele decide explorar como o poder dos filmes nos ajuda a ver a verdade uns sobre os outros - e sobre si mesmo. Um retrato de uma família judia do pós-guerra, quando as coisas deveriam ser muito insípidas, mas, na verdade, as pessoas estavam vivendo suas vidas comuns.

A maioria dos personagens são versões fictícias de pessoas reais na vida de Spielberg, que receberam novos nomes. O filme trata de relacionamentos familiares, de amizade, bullying, anti-semitismo e perdão.

A sequência da cena do acidente de trem do filme de Cecil B. DeMille é recriada e dramatizada neste filme.

Spielberg disse que esse filme é "a primeira história de amadurecimento que já contei. Minha vida com minha mãe e meu pai me ensinou uma lição, que espero que este filme transmita de alguma forma". Ou seja, quando um jovem em uma família começa a ver seus pais como seres humanos? No seu caso, por causa do que aconteceu entre os sete e os 18 anos, passou a valorizar a mãe e o pai não como pais, mas como pessoas reais.

O diretor de fotografia Janusz Kaminski revelou que o filme narra sobre como Steven Spielberg lida com "sua família, com seus pais, enigmas com suas irmãs, mas principalmente lida com sua paixão por fazer filmes", acrescentando que aborda temas de "amor jovem, divórcio dos pais e relacionamentos formativos iniciais”. Para ele, "um filme pessoal muito bonito e muito revelador sobre a vida de Steven e quem ele é como cineasta".

Além da referência direta a "O Maior Espetáculo da Terra", citação de "Costela de Adão" (1949), com Spencer Tracy.

Mais referência cinematográfica: no filme, o lendário diretor John Ford (1894-1973) é personagem, interpretado pelo diretor Davis Lynch e dá um conselho a Sammy em rápido encontro. Sua sala é decorada com pôsteres de filmes de sua autoria: "O Delator" (1935), "As Vinhas da Ira" (1940), "Como Era Verde o Meu Vale" (1941), "Depois do Vendaval" (1952), "Rastros de Ódio" (1956) e "O Homem Que Matou o Facínora" (1962).

É icônica a cena de Sammy apontando o projetor para as palmas das mãos abertas, usadas como uma tela improvisada.

A cena final começa com o horizonte no meio do quadro, então a câmara se move para um ângulo baixo com o horizonte na parte inferior do quadro para torná-lo mais interessante, conforme o conselho dado por John Ford.

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