Por Carlos
Junior
Vejam só vocês: temos um presidente da República que não tem o
mínimo apoio da classe política, da imprensa, do establishment como um todo.
Todos eles não são obrigados a apoiá-lo, afinal, vivemos em uma democracia onde
todos os poderes são independentes entre si e suas respectivas atuações
funcionam muitas vezes em contraponto aos outros.
O que não é justo é a autoridade máxima da nação não estar no
controle de suas atribuições e de suas políticas por estar sendo sabotado o
tempo inteiro pelo establishment.
Desde a sua posse, Bolsonaro angariou o ódio do estamento burocrático – que
nunca aceitou a sua vitória e jurou de morte a sua presidência com declarações
como a do deputado Paulinho da Força na época aonde se discutia a Reforma da
Previdência. Os larápios de sempre aproveitariam a primeira oportunidade para derrubá-lo.
E a pandemia da Covid-19 surgiu como a chance dourada para abortar o seu
mandato.
Algumas coisas precisam ficar claras. Em primeiro lugar, apoiar o
presidente Bolsonaro e o seu governo não é puxa-saquismo ad infinitum, tampouco burrice ou
falta de conhecimento da realidade. Não custa nada lembrar que Jair Bolsonaro
foi o primeiro político direitista a chegar à presidência na Nova República e
foi um cavaleiro solitário no meio político, enfrentando do deboche dos seus
adversários esquerdistas até uma facada de um militante do Psol. Se hoje
podemos discutir projetos de governo envolvendo conservadorismo moral e
liberalismo econômico, o presidente tem mérito no rompimento da bolha
esquerdista que vigorou – e ainda vigora em muitos setores – desde a década de
1980.
Em segundo lugar: um impeachment do
presidente Bolsonaro seria obra da classe política corrupta e a colocaria no
poder outra vez. Para os conservadores seria um desastre e para os liberais
também, já que o sonho dourado do estamento burocrático é barrar as iniciativas
econômicas do ministro Guedes. Além disso, seja lá quem entrar na base aliada
de um possível novo governo, estamos falando de políticos ligados ao
metacapitalismo globalista – grupo de poder que sonha com a destruição do livre
mercado e com a instauração de um governo mundial – e que mais recentemente
baixou as calças para a ditadura comunista chinesa. Recolocar essa gente no
Executivo não é apenas burrice no mais alto grau; é irresponsabilidade pura e
simples com o país.
A pandemia global do coronavírus é um problema sério a ser
enfrentado por todos nós e também pelas autoridades. O presidente Bolsonaro
pode ter errado na forma e em parte do conteúdo no seu pronunciamento, mas
dizer que ele é incompetente e não está fazendo nada para superar o problema é
uma mentira deslavada.
Bolsonaro zerou a tarifa de importação de medicamentos utilizados
no tratamento do coronavírus, anunciou um pacote de R$ 88 bilhões para estados
e municípios no enfrentamento da pandemia e editou uma MP para tentar diminuir
os impactos de uma recessão quase certa. Mesmo assim, as medidas foram
criticadas pelos mesmos idiotas de plantão por supostamente não serem o
suficiente.
Com todo esse cenário ruim, Bolsonaro ainda tem que enfrentar
governadores e parlamentares ávidos por poder e autopromoção. João Doria
provoca o presidente sempre que pode e esquece das suas atribuições; Ronaldo
Caiado citou até Barack Obama para achincalhá-lo nas redes sociais. Rodrigo
Maia e Davi Alcolumbre dispensam comentários. O meio político não quer
soluções; quer o estado de crise permanente para ceifá-lo do poder. Não sou eu
que estou dizendo: a todo momento os engraçadinhos engravatados pedem outra
pessoa no lugar de Bolsonaro. Fechar os olhos para a clara motivação dessa
gente é colaborar com ela pela burrice.
O pior é ver muitos liberais e conservadores serem pautados pela
grande mídia e pelo estamento burocrático para apoiar um possível impeachment do presidente
Bolsonaro. Esses não devem nada ao oportunismo e a falta de escrúpulos dos
petistas, psolistas e tutti
quanti. Bolsonaro pode ser verborrágico e cometer erros em
determinadas ocasiões, mas ainda é o líder direitista mais capacitado moralmente
para exercer a presidência da República. Se determinadas palavras suas sobre a
Covid-19 são condenáveis, suas ações no combate à pandemia são louváveis. Não
enxergar tal quadro é desprezar a realidade em nomes de caprichos
irresponsáveis. É dar corda aos canalhas desprezíveis que estão usando deste
momento para advogar seus próprios interesses.
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