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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Lucas da Feira não vai ser lembrado nem por admiradores

"Adeus Saco do Limão".
Feira de Santana vai continuar sem lembrar deste 25 de setembro. É a data dos 168 anos do enforcamento de Lucas da Feira. Nem os que defendem o bandido fazem lobby para tal finalidade.
Em 1849 ele foi enforcado no Campo do Gado (hoje, praça D. Pedro II, a do Nordestino), aos 45 anos.
A maioria de Feira de Santana sempre considera Lucas da Feira como um temível chefe de um bando, terror da cidade e região durante 20 anos, um cangaceiro, um bandido cruel, que não merece nem ser lembrado e sim ser esquecido para sempre. Como conta a história, ele acabou condenado à forca.
Pelos seus feitos criminosos, Lucas tornou-se personagem da literatura, até mitificado, como se fosse um Robin Hood sertanejo, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Por ser negro, também virou símbolo de luta contra a escravidão.
Ele foi retratado em "Lucas, O Demônio Negro", romance folclórico de Sabino de Campos, em 1957, no "ACB de Lucas da Feira", cordel de Souza Velho, e em "Lucas, O Salteador", de Virgílio Martins Reis e Artur Cerqueira Lima. 
A maior obra - inclusive em tamanho - das artes plásticas feirenses é "O Flagelo de Lucas" tela pintada por Carlo Barbosa, que pertence ao Município e está emprestado ao Museu Regional de Arte, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). 
O bandido Lucas da Feira nunca foi retratado no cinema brasileiro, que é tão afeito a personagens do cangaço e bem voltado para personagens marginais e bandidos. O cineasta feirense Olney São Paulo até que tinha projeto de fazer um filme sobre Lucas, mas morreu antes de concretizar o intento.
"Para findar o meu destino". 

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