1. Planta da cidade feita em 1878 pelo engenheiro francês Frederico Merei
2. Praça da Matriz e início da rua Direita em 1978
3. Aquarela "Mercado de cavalos" feita por Julius Naeher em Feira de Santana
Fonte: Livro "Uma Viagem à Bahia da Segunda Metade do Século XIX"
Em 1878,
Julius Naeher (1824-1911), engenheiro alemão, passou quatro meses na
Bahia, visitando Salvador, Santo Amaro, cidades do Recôncavo e fez "Uma
Viagem a Cavalo a Feira de Santana", que é um dos capítulos do livro "Uma
Viagem à Bahia da Segunda Metade do Século XIX", texto, pesquisa e
seleção de imagens de Osvaldo Augusto Teixeira, da série "Viagem de
Naeher", publicado em 2011 pela Fundação Pedro Calmon.
Pois é, há 139 anos, vindo de Hamburgo, Alemanha, o
engenheiro de água e estradas Julius Neher e sua mulher Eugenie chegaram a
cavalo em Feira de Santana na noite do dia 8 de setembro de 1878 e partiu na manhã
do dia 10.
A cidade tinha na época, 1.116 edificações no seu
perímetro urbano. Abrigava muitos armazéns e locais de beneficiamento de fumo,
além de pequenas indústrias de farinha de mandioca, de artefatos de couro, uma
torrefação de café e uma fábrica de sabão. A cidade já era razoavelmente urbanizada:
algumas de suas ruas e praças eram pavimentadas e sombreadas por árvores. No
ano seguinte, em 1879, ganharia iluminação pública a gás. A cidade tinha,
ainda, escolas, vários jornais, duas filarmônicas, um hospital (a Santa Casa de
Misericórdia, criada durante a visita do imperador e cujas obras foram
solenemente iniciadas em dezembro de 1876), uma cadeia e um cemitério, além de
dezenas de casas comerciais.
Além da igreja Matriz, existiam as
igrejas de Nossa Senhora dos Remédios e de Nosso Senhor dos Passos. O então
pároco de Santana da Feira era, desde 1865, o padre Ovídio de São Boaventura.
Naeher e sua mulher se hospedaram no
Hotel do Globo, que ficava na rua Visconde de São Lourenço, que antes se
chamava rua General Câmera, depois rua Manoel Vitorino e atualmente rua
Marechal Deodoro.
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