Por Reinaldo Azevedo, a partir da revista "Veja"
Os
partidos oposicionistas PSDB e Mobilização Democrática (MD) anunciaram neste
sábado que vão exigir na próxima semana explicações formais do ministro da
Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e da Casa Civil sobre a
instauração de um processo paralelo para investigar a ex-chefe de gabinete do
escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, revelado
por "Veja" desta semana. O líder tucano na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio
(PSDB-SP), chegou a defender o afastamento do ministro após a tentativa de
blindagem da ex-servidora.
Como
mostrou a reportagem de "Veja", sob o pretexto de "acompanhar e orientar" as investigações
sobre as traficâncias de Rosemary, Carvalho articulou para inviabilizar a
apuração que estava sendo feita contra a ex-funcionária. Na verdade, a apuração
paralela coordenada pela pasta de Carvalho serviria depois como munição para
que a defesa de Rosemary Noronha questionasse a competência da Comissão de
Sindicância da Casa Civil e tentasse anular no futuro os trabalhos do
colegiado.
A
partir de segunda-feira, 6, PSDB e MD vão protocolar na Câmara dos Deputados
requerimentos de convocação do ministro Gilberto Carvalho. Os oposicionistas
pretendem também acionar o Ministério Público para que seja investigado se o
ministro Gilberto Carvalho cometeu o crime de improbidade administrativa. "É
inadmissível que a presidente Dilma mantenha em seu governo um ministro que
atua para atrapalhar a apuração em favor de uma ex-servidora denunciada pela
Polícia Federal por tráfico de influência", afirmou o tucano Carlos Sampaio
no sábado, 4.
Diante
das novas revelações de "Veja", o líder da Mobilização Democrática na Câmara,
deputado Rubens Bueno (MD-PR), se comprometeu a intensificar as articulações
para a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre as
atividades criminosas de Rosemary e dos demais integrantes do governo pegos na
operação Porto Seguro, da Polícia Federal. São necessárias 171 assinaturas para
se criar o grupo de investigação.
"Para
provar que não está protegendo uma indiciada pela operação Porto Seguro, Dilma
precisa ordenar a seus aliados que assinem a CPI", disse Bueno.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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