Por Julio Severo
Hugo Chávez morreu (provavelmente meses atrás), mas a
oficialização recente de sua morte trouxe lamentos de notórios ditadores e
terroristas do mundo inteiro, inclusive de Cuba e do Irã.
O povo venezuelano, em parte, também foi induzido aos
lamentos. Mas tal conduta é explicável pela total manipulação social do regime
comunista estabelecido como um câncer na Venezuela.
O lamento mais patético veio de um líder evangélico
brasileiro, que disse
que
"Todos os que, em todo lugar, lutam pela erradicação da pobreza, pela emancipação do ser humano, e por justiça e acesso ao direito para todos, tiveram, em Hugo Chávez, uma referência de compromisso para com o pobre, para com o despossuído, para com o injustiçado."
"Todos os que, em todo lugar, lutam pela erradicação da pobreza, pela emancipação do ser humano, e por justiça e acesso ao direito para todos, tiveram, em Hugo Chávez, uma referência de compromisso para com o pobre, para com o despossuído, para com o injustiçado."
A declaração foi feita por Ariovaldo Ramos, considerado um dos
"profetas" da Teologia da Missão Integral - que, de acordo com ele mesmo, é a
vertente protestante da marxista Teologia da Libertação.
Se um homem que estabeleceu um governo populista merece ser
referência, por que então não colocar nesse mesmo pedestal Adolf Hitler, cujo
governo era voltado para as classes trabalhadoras?
De forma semelhante, Hitler nutria pelos judeus os mesmos
sentimentos manifestos em Chávez, que publicamente amaldiçoou Israel, conforme
registrado neste vídeo em espanhol: http://youtu.be/Mgp5oReu8Go
Hoje, ficamos chocados quando lemos sobre pastores luteranos
que apoiavam o governo populista de Hitler, que foi eleito democraticamente.
Ficaríamos muito mais chocados se aparecesse algum pastor
dizendo que conviveu com Hitler.
Por que então não ficamos indignados quando Ariovaldo Ramos,
que é um dos líderes da Aliança Evangélica, diz que agradece
a Deus "pelo privilégio de ter convivido com essa personalidade de minha
geração, com quem tive o privilégio de estar por duas vezes"?
Ariovaldo, que é filho espiritual de Caio Fábio, não louvou a Deus por pregar o
Evangelho ao ditador venezuelano que detestava Israel e amava os ditadores de
Cuba, Irã e outros países marcados pela sanguinária perseguição aos cristãos.
Ele louvou a Deus como se Chávez tivesse sido um grande exemplo de
espiritualidade, integridade e amor.
A única referência importante de Chávez era como ditador
marxista.
Sei que pastores protestantes podem ser enganados. Isso
aconteceu na Alemanha nazista, com a cegueira dos pastores que apoiaram o
populista Hitler. Está acontecendo nos Estados Unidos, com pastores apoiando o populista
Obama. E está acontecendo no Brasil, com pastores que apoiaram o populista Lula
e hoje apoiam a populista Dilma Rousseff.
Um pastor amigo meu visitou a Venezuela e se encontrou com
pastores, que desabafaram que sua nação, tão oprimida pelo governo marxista
mentiroso de Chávez, precisava de ajuda para sair desta prisão, e tudo o que
conseguiu foi uma comitiva do Brasil de anos atrás para trazer a solidariedade
pró-Chávez do governo Lula.
Na comitiva, veio Ariovaldo Ramos, que se encontrou com o
ditador venezuelano representando os evangélicos.
Para os desanimados pastores venezuelanos, ficou a impressão
trágica de que Ariovaldo, em seu entusiasmo pelo marxismo reinante na
Venezuela, representou os sentimentos da população evangélica do Brasil.
Não lamento a ida de Hugo Chávez às profundezas do inferno.
Mas lamento que um líder que se diz evangélico deturpe o caráter de Deus, que
quando encarnado em Jesus Cristo, não quis continuar fazendo multiplicação de
pães a fim de evitar ser populista.
A missão dEle era se apresentar como Pão da Vida, Pão
espiritual, conforme João 6.
Lamento profundamente que Ariovaldo tenha confundido o Pão da
Vida com as migalhas de Chávez e sua religião marxista.
Em seu lamento de puxa-saco, Ariovaldo disse:
"o melhor que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o
mundo ficou melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!"
Eu posso dizer isso dos profetas da Bíblia e principalmente
de Jesus. Mas dá para se dizer isso de Hitler, Stálin, Fidel Castro e Hugo
Chávez, ainda que todos eles tivessem sido populistas?
Ao Chávez de sua época, Jesus disse: "Meu Reino não é
deste mundo." (João 18: 36)
Lamento lhe dizer, Ari, mas o seu reino é totalmente deste
mundo.
Fonte: "Mídia Sem Máscara"
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