Por Reinaldo Azevedo
Aconteceu
tudo conforme o esperado e conforme VEJA, na prática, antecipou que iria
acontecer. Os bate-paus do PC do B, da CUT e do PT, obedecendo às ordens
transmitidas pela embaixada de Cuba, com a conivência da Secretaria-Geral da
Presidência da República, impediram, na segunda-feira, 18, a realização de um evento
de que ela participaria, em Feira de Santana, na Bahia. A secretaria, diga-se, emitiu uma nota a respeito que é um primor da picaretagem
política. Os fascistas, fantasiados de esquerdistas (não há diferença
essencial entre as duas coisas), xingaram a blogueira cubana e berraram à
vontade. Abaixo, há trechos do relato de Flávia Marreiro na Folha Online. Mais tarde, voltarei a
este tema e direi por que setores importantes do que já foi chamado "grande
imprensa brasileira" (cada vez mais amesquinhada nas suas ambições
democráticas), são cúmplices dessa selvageria e desse ato de censura. Leiam.
Grupos
de manifestantes ligados a movimentos estudantis e sociais, ao PC do B e ao PT
impediram nesta segunda-feira (18) a exibição de um filme em Feira de Santana,
na Bahia, com a presença a blogueira cubana Yoani Sánchez. Aos gritos de "traidora", "Cuba sim, ianques não", os militantes tomaram o salão da Casa do
Saber (na verdade Parque do Saber), um planetário cedido pela Prefeitura para a exibição de "Conexão Cuba
Honduras", do cineasta baiano Dado Galvão, que tem como uma das protagonistas a
ativista cubana, que chegou ontem ao Brasil.
Quando
Sánchez chegou ao local, os ânimos se exaltaram e a blogueira chegou a ser
recolhida na sala de diretoria, enquanto o senador Eduardo Suplicy (PT) tentava
uma negociação com os manifestantes. Com chapéu com estrela do Che Guevara, o
ex-vereador do PT Angel Almeida negociou a mudança do evento: de exibição de
documentário a debate, com participação dos militantes.
Quase
uma hora depois, a blogueira que pode sair de Cuba após 20 tentativas
frustradas, finalmente começou a falar, de pé, por 15 minutos: "Vivo numa
sociedade onde opinião é traição", começou. As vaias tomaram mais uma vez o
ambiente - o vereador paramentado de Che mais uma vez conteve os ânimos. E foi assim
em vários momentos.
A
exibição frustrada foi o auge de uma jornada já tumultuada por protestos, que
começaram na primeira escala de Sánchez, em Recife - ela teve até o cabelo
puxado -, e seguiram em seu desembarque em Salvador. "Protesto faz parte da democracia,
agressividade não", disse Dado Galvão. "É uma cidade pacata", queixou-se. "É o
que a 'Veja' disse que ia acontecer".
"Acabou
tensionando tudo", admite Jader Dourado, do movimento de bairros de Feira de
Santana e que foi candidato a vereador pelo PT na cidade.
(…)
"Todo mundo está se organizando em todo o território", diz Dourado.
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"Todo mundo está se organizando em todo o território", diz Dourado.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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