Boa noite,
Venho por meio desta carta, tornar pública a real situação dos estagiários do ensino público estadual, contratados pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia enquanto concedente, com o auxílio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) enquanto agente de integração.
Desde o início das atividades letivas, em 7 de fevereiro de 2011, os estagiários que tiveram assinados seus contratos ou termos aditivos vêm sofrendo com o descaso por parte do Governo do Estado, especificamente no que se refere ao pagamento da bolsa auxílio no valor de R$ 460,00, mais auxílio transporte R$ 60,00 mensais, como está posta no contrato firmado entre a concedente, a instituição de ensino - na maioria dos casos em questão a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) -, a agente de integração e o estagiário: "CLÁUSULA QUARTA - A CONCEDENTE fornecerá ao ESTAGIÁRIO, mensalmente, bolsa auxílio no valor de R$ 460,00 mais AUXÍLIO TRANSPORTE R$ 60,00".
Observem que o contrato afirma que a bolsa auxílio deve ser concedida mensalmente e não é o que acontece. Até o mês de abril não recebemos sequer uma bolsa e entrando em contato com o IEL, nos foi passado que "todos os estagiários da Direc-02" iriam receber as bolsas dos meses de janeiro, fevereiro e março no dia 20 de abril - de acordo com a data do contrato de cada estagiário. Pois bem, na data indicada alguns estagiários receberam, porém ao invés de terem recebido todos os meses em atraso - como informado - foi feito o pagamento de parte das bolsas e o que é pior, alguns estagiários apesar de estarem em dias com a documentação no IEL e com o estágio em sua respectiva escola, não receberam.
Passado esse prazo entramos em contato mais uma vez com o IEL e foi ai que começou o jogo de empurra-empurra. Sim, por que o IEL nos afirmou que o motivo pelo qual não recebemos foi devido ao fato da freqüência não ter sido encaminhada a Direc-02 pela escola. Só a título de esclarecimento, a freqüência é enviada pela escola onde o estagiário trabalha à Direc-02, esta encaminha a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que por sua vez manda para o IEL e cabe a este fazer o pagamento dos estagiários que estão com suas freqüências em dia. Bem, quando nos foi informado que a freqüência não havia sido encaminhada, recorremos às direções das respectivas escolas que afirmaram ter encaminhado essas freqüências no dia 16 de abril à Direc-02. Esta por sua vez se limitou a dizer que se havia sido entregue que eles com certeza encaminharam a Secretaria de Educação. Mas vejam bem, se estava tudo em ordem por que não recebemos e por que nenhuma das partes nos dá uma justificativa plausível para o não recebimento das bolsas?
Novamente em maio fomos informados de uma nova data para pagamentos, desta vez no dia 20 de maio. E antes de sair a bolsa, fomos a Direc-02 confirmar se nossos nomes estavam na lista de freqüência que iria ser encaminhada para a Secretaria para garantir que dessa vez iríamos receber. A Direc-02, através do responsável por receber das mãos dos diretores das escolas as freqüência e encaminhá-las a Secretaria, nos disse que ele só tinha em mãos as freqüências do mês de maio que ainda seriam encaminhadas no dia 23 de maio e que as freqüências dos meses anteriores já haviam sido entregues a Secretaria. Chegado o dia 23 nova frustração, uma vez que alguns estagiários receberem parte da bolsa em atraso e outros como eu, mais uma vez não recebemos nada. Em mais uma tentativa de receber um explicação, as justificativas giravam em torno das freqüências – por parte do IEL, de que elas não foram encaminhadas - e de que a Secretaria "não estaria fazendo o pagamento de todos os estagiários por que não teria dinheiro suficiente". Tal informação nos foi dada pelo representante da Direc-02 - talvez até de modo informal, ou a boca miúda, como dizem.
Enfim, o fato é que já estamos chegando ao meio do ano e ainda existe estagiários que não receberam uma bolsa sequer, isso por que ela se autodenomina "bolsa auxílio". Auxílio este não se sabe a quem, por que nós estagiários não estamos recebendo por nossos serviços prestados. Ao que parece, nós não somos gente, gente que come, se veste, que tem contas para pagar ao fim do mês, gente que se locomove garantia dada pelo próprio contrato que afirma que parte da bolsa é destinada ao transporte. Como uma Nação, um Estado pode exigir ter professores de qualidade, se eles próprios nos usurpam as condições para nos manter na universidade e assim nos formarmos com excelência? Como pode um trabalhador não receber o que é seu de direito ao fim do seu mês de trabalho? Sim, por que nós somos trabalhadores, cumprimos nossos deverem em sala de aula, com a escola e com a comunidade e ainda assim sofremos com o descaso do Governo do Estado. As escolas estaduais de Feira de Santana estão repletas de estagiários, claro, mão-de-obra mais barata e ainda assim não recebemos.
Essa é a situação na qual nós estagiários nos encontramos.
Enviado por Lisia Lira, graduanda em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e estagiária na Escola Estadual de Feira de Santana.
Venho por meio desta carta, tornar pública a real situação dos estagiários do ensino público estadual, contratados pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia enquanto concedente, com o auxílio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) enquanto agente de integração.
Desde o início das atividades letivas, em 7 de fevereiro de 2011, os estagiários que tiveram assinados seus contratos ou termos aditivos vêm sofrendo com o descaso por parte do Governo do Estado, especificamente no que se refere ao pagamento da bolsa auxílio no valor de R$ 460,00, mais auxílio transporte R$ 60,00 mensais, como está posta no contrato firmado entre a concedente, a instituição de ensino - na maioria dos casos em questão a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) -, a agente de integração e o estagiário: "CLÁUSULA QUARTA - A CONCEDENTE fornecerá ao ESTAGIÁRIO, mensalmente, bolsa auxílio no valor de R$ 460,00 mais AUXÍLIO TRANSPORTE R$ 60,00".
Observem que o contrato afirma que a bolsa auxílio deve ser concedida mensalmente e não é o que acontece. Até o mês de abril não recebemos sequer uma bolsa e entrando em contato com o IEL, nos foi passado que "todos os estagiários da Direc-02" iriam receber as bolsas dos meses de janeiro, fevereiro e março no dia 20 de abril - de acordo com a data do contrato de cada estagiário. Pois bem, na data indicada alguns estagiários receberam, porém ao invés de terem recebido todos os meses em atraso - como informado - foi feito o pagamento de parte das bolsas e o que é pior, alguns estagiários apesar de estarem em dias com a documentação no IEL e com o estágio em sua respectiva escola, não receberam.
Passado esse prazo entramos em contato mais uma vez com o IEL e foi ai que começou o jogo de empurra-empurra. Sim, por que o IEL nos afirmou que o motivo pelo qual não recebemos foi devido ao fato da freqüência não ter sido encaminhada a Direc-02 pela escola. Só a título de esclarecimento, a freqüência é enviada pela escola onde o estagiário trabalha à Direc-02, esta encaminha a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que por sua vez manda para o IEL e cabe a este fazer o pagamento dos estagiários que estão com suas freqüências em dia. Bem, quando nos foi informado que a freqüência não havia sido encaminhada, recorremos às direções das respectivas escolas que afirmaram ter encaminhado essas freqüências no dia 16 de abril à Direc-02. Esta por sua vez se limitou a dizer que se havia sido entregue que eles com certeza encaminharam a Secretaria de Educação. Mas vejam bem, se estava tudo em ordem por que não recebemos e por que nenhuma das partes nos dá uma justificativa plausível para o não recebimento das bolsas?
Novamente em maio fomos informados de uma nova data para pagamentos, desta vez no dia 20 de maio. E antes de sair a bolsa, fomos a Direc-02 confirmar se nossos nomes estavam na lista de freqüência que iria ser encaminhada para a Secretaria para garantir que dessa vez iríamos receber. A Direc-02, através do responsável por receber das mãos dos diretores das escolas as freqüência e encaminhá-las a Secretaria, nos disse que ele só tinha em mãos as freqüências do mês de maio que ainda seriam encaminhadas no dia 23 de maio e que as freqüências dos meses anteriores já haviam sido entregues a Secretaria. Chegado o dia 23 nova frustração, uma vez que alguns estagiários receberem parte da bolsa em atraso e outros como eu, mais uma vez não recebemos nada. Em mais uma tentativa de receber um explicação, as justificativas giravam em torno das freqüências – por parte do IEL, de que elas não foram encaminhadas - e de que a Secretaria "não estaria fazendo o pagamento de todos os estagiários por que não teria dinheiro suficiente". Tal informação nos foi dada pelo representante da Direc-02 - talvez até de modo informal, ou a boca miúda, como dizem.
Enfim, o fato é que já estamos chegando ao meio do ano e ainda existe estagiários que não receberam uma bolsa sequer, isso por que ela se autodenomina "bolsa auxílio". Auxílio este não se sabe a quem, por que nós estagiários não estamos recebendo por nossos serviços prestados. Ao que parece, nós não somos gente, gente que come, se veste, que tem contas para pagar ao fim do mês, gente que se locomove garantia dada pelo próprio contrato que afirma que parte da bolsa é destinada ao transporte. Como uma Nação, um Estado pode exigir ter professores de qualidade, se eles próprios nos usurpam as condições para nos manter na universidade e assim nos formarmos com excelência? Como pode um trabalhador não receber o que é seu de direito ao fim do seu mês de trabalho? Sim, por que nós somos trabalhadores, cumprimos nossos deverem em sala de aula, com a escola e com a comunidade e ainda assim sofremos com o descaso do Governo do Estado. As escolas estaduais de Feira de Santana estão repletas de estagiários, claro, mão-de-obra mais barata e ainda assim não recebemos.
Essa é a situação na qual nós estagiários nos encontramos.
Enviado por Lisia Lira, graduanda em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e estagiária na Escola Estadual de Feira de Santana.
7 comentários:
Prabéns pela carta Lisia, hoje 24 dias depois do seu desabafo, ainda não recebi absolutamente nada. É realmente humilhante nossa situação, infelizmente para o governo é mais vantajoso investir em propagandas e músicas exaltando as farsas da educação de qualidade e preocupação com o papel do professor, do que realmente investir na educação. É impossivel ter educação de qualidade quando os proficionais não são valorizados. """Recebemos""" menos de um salário pra fazer o msm que um efetivo, na escola em que ensino existem mais 5 estagiários, uma grande vantagem para o governo que nos trata como "tapa-buracos" do quadro de funcionários públicos.
Olá pessoal!
Triste saber dessa realidade - é uma falta de respeito com os estudantes e também um descaso com a educação. A minha dúvida é em relação à legalidade desse convênio - os estagiários, ao que parece, estão assumindo a função de professores e recebendo bem menos por isso. Alguém já pensou em acionar o Ministério Público? Pelo que soube, as vagas anunciadas no último concurso (cujo resultado final foi publicado essa semana), em algumas regiões não cobre a demanda de professores, que continuará a ser preenchida ilegalmente por estudantes e não professores.
É um descaso, sem dúvidas estamos aqui tratados como bobos, será que todos eles não sabem que temos nossas contas para pagar? que trabalhar ser receber é desumano? portanto ta aqui minha indignação, sou de Senhor do Bonfim DIREC 28, e ainda não recebi nada esse ano e hoje já são 30/06/11, e continua o jogo de empurra mesmo, evio e-mai para o IEL e continuam a dizer que a frequência não foi enviada pela DIREC, pergunto na DIREC enformam que o governo não liberou o dinheiro... e sempre continua assim. Deveríamos nos unir e fazer uma greve, parece que só assim o governador ouve!
Abraço! espero que tenha contribuído.
Muito bem ate que enfim alguém teve coragem de pelo mesmos denunciar esse descaso.Sou da cidade de Campo Formoso e estou na mesma situação
e olha que eu cobro quase todos os dias pelo e-mail
bom dia.Estou também nesta situação,cobro a seis meses e nada a receber, so com esse jogo de empurra empurra, responsabiliza um e outro,e tem algumas colegas que estão na mesma situação.
Até a presente data eu também não recebi nada desse tal instituto, isso desde o mês de março de 2011.
Assim, desisti e estou trabalhando para mim mesmo. Uma tremenda vergonha para com os estagiários e para a educação.
Aqui em Jequié é a mesma situação no inicio do ano ficamos sem receber até julho, e até no ano passado com o fim do contrato a masma coisa estamos até janeiro de 2012 sem receber um centavo, isso desde outubro de 2011, e ainda está saindo uma conversa de que irão parcelar os nosso salários, como se não bastasse ficarmos sem receber esse tempo todo ainda temos que recebr o nosso dinheiro pela metade, que humilhação que nos fazem passar. E ainda tem propagando de qualidade na educação, como é que podemos obter qualidade com esse desrespeito com os profissionais da educação. Nós fazemos o trabalho de um professor efetivo e o que é pior sem nenhuma fiscalização se estamos dando aula direito, ou seja, estagio é para que possamos vivenciar a prática de uma sala de aula observando e auxiliando um professor, e assumimos uma sala de aula sozinho,como um professor já formado, e quem garante que são todos os estudantes que estão preparados para isso. Graças a Deus,depois de observar vários professores efetivos e antigos tenho certeza que fiz um trabalho de ótima qualidade, principalmente porque observei que os meus alunos mereciam, pois vieram de um contexto social e uma educação que pouco se importaram com o bem estar e o aprendizado deles, vários sem saber ler. Mais quem garante que isso está acontecendo com todos os estagiarios, que podem não está preparados e ainda por cima nem terem apoio de um ambiente de trabalho com qualidade, porque ainda tem isso várias escolas sem nenhuma estrutura de garantir uma educação de qualidade. Pois é, um bom começo para que possamos ir nos acostumando com a forma que esses orgão tratam os profissionais da educação. Aqui em Jequié passamos, Natal, Ano Novo sem um tustão furado, será que essas pessoas responsáveis pelo nosso pagamento também passaram?? Devemos nos unir e encontrar um modo de acabar com esse desrespeito e essa falta de compromisso com nós estagiarios que fazemos o nosso melhor, pra depois termos que nos humilhar ligando todos os dias para o IEL e a DIREC, DIREC E IEL,em busca de R$465,00 e mais ajuda transporte. Ahh! E ainda tem o fato de que quando nos formamos não encontraremos mais vagas para trabalhar, pois o Governo dá prioridade somente a estágiorios, pois recebem pouco, e os formados tem que ir mendigar um PST em alguma escola, porque concurso pra contratar não existe mais, com tanta mão de obra barata dos estudantes pra que melhor?? Economia pra os cofres públicos, mais derrepente eles apliquem essa economia em uma melhora na educação, só pra constar piada né! Porque essa economia não sei aonde vai para.
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