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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"A imparcialidade do jornalista"

Por Ricardo Noblat
Este é um dos mitos cultivados há mais de século: jornalista é imparcial. Ou tem obrigação de ser.
Ninguém é imparcial. Porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante. E ao fazer toma partido.
Quando destaco mais uma notícia do que outra faço uma escolha. Tomo partido.
Quando opino a respeito de qualquer coisa tomo partido.
Cobre-se do jornalista honestidade.
Não posso inventar nada. Não posso mentir. Não posso manipular fatos.
Mas posso errar - como qualquer um pode. E quando erro devo admitir o erro e me desculpar por ele.
Cobre-se do jornalista independência.
Não posso omitir informações ou subvertê-las para servir aos meus interesses ou a interesses alheios.
Se me limito a dar uma notícia devo ser objetivo. Cabe aos leitores tirarem suas próprias conclusões.
Se comento uma notícia ou analiso um fato, ofereço minhas próprias conclusões. Cabe aos leitores refletir a respeito, concordar, divergir ou se manter indiferente.
Jornalista é um incômodo. E é assim que deve ser. Se não for não é jornalista.

Um comentário:

Mariana disse...

É isto e nós leitores não deixamos por menos, pelo menos nós, que não pactuamos com safadeza nem somos da tchurma da boquinha, graças à Deus. Nem somos ignorantes, como os que crêem que um petista falastrão e mentiroso possa ser a solução para os problemas do Brasil(de TODOS os brasileiros).