Por Marilton Carvalho,
Ele escreveu o artigo abaixo que foi publicado na semanário "NoiteDia", no caderno "Zé Coió", onde relata a história do Cajueiro. Ele apela a todos que não deixem mais uma das referências de Feira de Santana acabar. O Blog Demais acha interessante e ajuda a tornar essa campanha uma realidade.
Hoje quando peguei o carro para fazer uma pequena viagem, ligo o rádio, estava tocando "Meu Pequeno Cachoeiro", de Roberto Carlos, me veio à saudade e as lembranças dos meus tempos de criança, adolescência e juventude, lembrei do meu querido Clube de Campo Cajueiro.
Foi ali que aprendi a nadar, jogar sinuca, jogar bola, que nunca aprendi, paquerar, namorar, dançar, beber, fumar, em fim, tudo em minha vida que tem o nome diversão aconteceu primeiro no Cajueiro. Conquistei os meus queridos amigos Washington, Lula, Paulo Renato (Paulete) Cezar Bastos, Evaldo, Julio Guarda, Sergio Carvalho, Nego Val e muitos outros que tínhamos uma convivência sadia e que até os dias de hoje dura uma amizade maior que de irmão.
Naquele clube assistimos vários shows diversos artistas de consagração nacional, até o Rei Roberto Carlos cantou no palco do Cajueiro, era um clube ousado, contratava o artista exclusivo, bancava todas as passagens aéreas, não era necessário fazer parceria com outros da capital. Vários Cajus de Ouros, a maior e melhor festa carnavalesca do interior de todo nordeste, fantasias premiadas e escolas de samba do Carnaval Carioca vinham desfilar para o associado assistir. Todas as mesas e camarotes eram vendidos antecipadamente, o clube ficava superlotado, o resultado financeiro era suficiente para bancar as despesas fixas todo o ano. Cajus Mirins para os pequenos e grandes, São João com comidas típicas comercializadas pelas instituições de caridade, outra festa bonita e animada, festas de Eme Portugal, Cid Daltro e Oydema Ferreira.
Aos sábados além da piscina que era freqüentada pela nata da juventude feirense, as tarde tinha os campeonatos de futebol, no salão de jogos as mesas de sinuca, bilhar, totó e ping-pong eram bastante concorridas, à noite todos vínhamos para a boate e no domingo logo cedo estávamos ali de novo e no final da tarde a Boate do Guaraná, crianças, jovens e adultos todos se divertiam no Cajueiro de Feira de Santana.
O restaurante que teve o projeto do arquiteto Luiz Humberto estava sempre lotado nos almoços durante a semana e as noites de sexta e sábados, era o melhor da cidade.
Réveilon era uma festa adorável. Homens de smoker e mulheres com vestidos longos, um luxo, a meia noite as confraternizações, a família feirense presente desejando uns aos outros o feliz ano novo, o último ali comemorado foi à beira da piscina, sucesso absoluto.
Daí em diante tudo foi se acabando, dos anos 90 para cá, com diretorias que só tinham interesse em aparecer socialmente ou se locupletarem, tudo de comum acordo com o conselho deliberativo, fizeram ingerências, deixaram de pagar os encargos sociais, INSS e FGTS, os gestores é que são os responsáveis, e para sanar a irresponsabilidade de poucos, muito os associados que tinham o Cajueiro como sua opção de lazer, vêem simplesmente a sua degradação, ser leiloado, primeiro o terreno da frente e agora tudo se acabando, a sede, um projeto fantástico do arquiteto Amélio Amorim, é preciso dar um basta.
Nós feirenses ou não, temos que fazermos alguma coisa, ainda há tempo, é preciso nós unirmos forças e fazer reverter tal situação, o Clube de Campo Cajueiro não pode acabar porque meia dúzia de homens que dirigiram no passado decidiram por isso, é preciso fazer alguma coisa, uma cidade com quase 600 mil habitantes não pode ficar sem uma praça privada de lazer, os residentes temporários que dirigem fábricas, supermercados, concessionárias e a população residente em Feira de Santana precisa de uma boa opção para fazer o cooper, jogar tênis, jogar futebol, tomar banho de piscina, tomar uma cerveja etc.
Nego a acreditar que muitos preferem encontrar amigos para bater papo em bares ou cafés da cidade, em enterro ou casamentos. É quase inacreditável que uma cidade do tamanho da nossa que há quarenta anos tinha dois clubes sociais que eram referência estadual e nacional e hoje simplesmente nada existe e ninguém faz nada por isto. Há cinqüenta anos atrás um grupo de empresários conseguiram arrecadar recursos para construir o Cajueiro, hoje que a cidade cresceu mais de cinco vezes, não existe um grupo para fazer funcionar o Cajueiro, os poucos sócios remidos e contribuintes que restaram, não passam de seiscentos, a grande maioria estão ansiosos que a venda total do clube se concretize para receberem a merreca de R$ 5.000,00 ou R$ 6.000,00, é inacreditável.
Apelo a todos os sócios remidos e contribuintes, mesmo aqueles que estejam em atraso com as mensalidades, radialistas Dilton Coutinho, Carlos Geilson, Dílson Barbosa, Renato Ribeiro e todos os outros que têm microfone nas mãos, jornalista e repórteres, blogeiros Jair Onofre, Dimas Oliveira, Jânio Rego, Adilson Simas, Guto Jads etc., jornais escritos "Tribuna Feirense", "Folha do Estado", "Folha do Norte" etc., todos os colunistas sociais e toda a sociedade para unidos com força a revitalizarmos o nosso Cajueiro, não podemos deixar acabar um patrimônio da nossa cidade, nem tudo esta perdido resta ainda uma esperança.
Marilton Moreira de Carvalho é administrador de empresas
marilton@galinhagorda.com.br
Hoje quando peguei o carro para fazer uma pequena viagem, ligo o rádio, estava tocando "Meu Pequeno Cachoeiro", de Roberto Carlos, me veio à saudade e as lembranças dos meus tempos de criança, adolescência e juventude, lembrei do meu querido Clube de Campo Cajueiro.
Foi ali que aprendi a nadar, jogar sinuca, jogar bola, que nunca aprendi, paquerar, namorar, dançar, beber, fumar, em fim, tudo em minha vida que tem o nome diversão aconteceu primeiro no Cajueiro. Conquistei os meus queridos amigos Washington, Lula, Paulo Renato (Paulete) Cezar Bastos, Evaldo, Julio Guarda, Sergio Carvalho, Nego Val e muitos outros que tínhamos uma convivência sadia e que até os dias de hoje dura uma amizade maior que de irmão.
Naquele clube assistimos vários shows diversos artistas de consagração nacional, até o Rei Roberto Carlos cantou no palco do Cajueiro, era um clube ousado, contratava o artista exclusivo, bancava todas as passagens aéreas, não era necessário fazer parceria com outros da capital. Vários Cajus de Ouros, a maior e melhor festa carnavalesca do interior de todo nordeste, fantasias premiadas e escolas de samba do Carnaval Carioca vinham desfilar para o associado assistir. Todas as mesas e camarotes eram vendidos antecipadamente, o clube ficava superlotado, o resultado financeiro era suficiente para bancar as despesas fixas todo o ano. Cajus Mirins para os pequenos e grandes, São João com comidas típicas comercializadas pelas instituições de caridade, outra festa bonita e animada, festas de Eme Portugal, Cid Daltro e Oydema Ferreira.
Aos sábados além da piscina que era freqüentada pela nata da juventude feirense, as tarde tinha os campeonatos de futebol, no salão de jogos as mesas de sinuca, bilhar, totó e ping-pong eram bastante concorridas, à noite todos vínhamos para a boate e no domingo logo cedo estávamos ali de novo e no final da tarde a Boate do Guaraná, crianças, jovens e adultos todos se divertiam no Cajueiro de Feira de Santana.
O restaurante que teve o projeto do arquiteto Luiz Humberto estava sempre lotado nos almoços durante a semana e as noites de sexta e sábados, era o melhor da cidade.
Réveilon era uma festa adorável. Homens de smoker e mulheres com vestidos longos, um luxo, a meia noite as confraternizações, a família feirense presente desejando uns aos outros o feliz ano novo, o último ali comemorado foi à beira da piscina, sucesso absoluto.
Daí em diante tudo foi se acabando, dos anos 90 para cá, com diretorias que só tinham interesse em aparecer socialmente ou se locupletarem, tudo de comum acordo com o conselho deliberativo, fizeram ingerências, deixaram de pagar os encargos sociais, INSS e FGTS, os gestores é que são os responsáveis, e para sanar a irresponsabilidade de poucos, muito os associados que tinham o Cajueiro como sua opção de lazer, vêem simplesmente a sua degradação, ser leiloado, primeiro o terreno da frente e agora tudo se acabando, a sede, um projeto fantástico do arquiteto Amélio Amorim, é preciso dar um basta.
Nós feirenses ou não, temos que fazermos alguma coisa, ainda há tempo, é preciso nós unirmos forças e fazer reverter tal situação, o Clube de Campo Cajueiro não pode acabar porque meia dúzia de homens que dirigiram no passado decidiram por isso, é preciso fazer alguma coisa, uma cidade com quase 600 mil habitantes não pode ficar sem uma praça privada de lazer, os residentes temporários que dirigem fábricas, supermercados, concessionárias e a população residente em Feira de Santana precisa de uma boa opção para fazer o cooper, jogar tênis, jogar futebol, tomar banho de piscina, tomar uma cerveja etc.
Nego a acreditar que muitos preferem encontrar amigos para bater papo em bares ou cafés da cidade, em enterro ou casamentos. É quase inacreditável que uma cidade do tamanho da nossa que há quarenta anos tinha dois clubes sociais que eram referência estadual e nacional e hoje simplesmente nada existe e ninguém faz nada por isto. Há cinqüenta anos atrás um grupo de empresários conseguiram arrecadar recursos para construir o Cajueiro, hoje que a cidade cresceu mais de cinco vezes, não existe um grupo para fazer funcionar o Cajueiro, os poucos sócios remidos e contribuintes que restaram, não passam de seiscentos, a grande maioria estão ansiosos que a venda total do clube se concretize para receberem a merreca de R$ 5.000,00 ou R$ 6.000,00, é inacreditável.
Apelo a todos os sócios remidos e contribuintes, mesmo aqueles que estejam em atraso com as mensalidades, radialistas Dilton Coutinho, Carlos Geilson, Dílson Barbosa, Renato Ribeiro e todos os outros que têm microfone nas mãos, jornalista e repórteres, blogeiros Jair Onofre, Dimas Oliveira, Jânio Rego, Adilson Simas, Guto Jads etc., jornais escritos "Tribuna Feirense", "Folha do Estado", "Folha do Norte" etc., todos os colunistas sociais e toda a sociedade para unidos com força a revitalizarmos o nosso Cajueiro, não podemos deixar acabar um patrimônio da nossa cidade, nem tudo esta perdido resta ainda uma esperança.
Marilton Moreira de Carvalho é administrador de empresas
marilton@galinhagorda.com.br

Um comentário:
Sr Redator
Li com os olhos lacrimejantes,o apelo comovente do Sr.Marilton Carvalho, a respeito da degradação do inesquecível Clube de Campo Cajueiro. Não vou entrar em detalhes,pois o artigo aqui transcrito,com bastante propriedade, é uma verdade cristalina! Obrigada Dimas,por publicá-la.Acompanherei mesmo de longe,receber uma notícia alvissareira,de que pessoas que militam nesta bela terra,se sensibilizem, e o façam renascer. Saudações!
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