Deu no "Blog Reinaldo Azevedo":
A escola do filho pediu, e uma amiga foi comprar O Caso dos Dez Negrinhos, o clássico de Agatha Christie. Mas quê... Restam um ou outro de edições antigas. Nas livrarias, agora, o que se vende é E não Sobrou Nenhum, que foi o título que o livro ganhou nos EUA - And then there were none - para evitar as acusações de racismo. E olhem que a palavra “negrinhos” nem se refere a pessoas, mas a... estátuas! A assessoria da editora Globo diz que a mudança foi uma exigência contratual. Se for assim, o politicamente correto está virando uma “legislação” - sem legisladores - de alcance supranacional. “Negro”, no Brasil, não tem, obviamente, o significado ofensivo que “nigger” tem nos EUA. Se a mudança, lá, faz algum sentido (e olhem lá...), aqui não faz nenhum. Ademais, os livros, ainda que sejam atemporais, têm a sua época. Não cumpre corrigir o passado com os olhos do presente.
Daqui a pouco, vai haver gente querendo reescrever Monteiro Lobato. A boneca Emília ou vai presa sob a acusação de racismo ou termina num campo de reeducação racial para aprender a respeitar Tia Anastácia.
Um comentário:
É, a coisa tá ficando preta.Epa,deixe eu refazer minha frase: a coisa tá ficando escura.Os exageros nessa obsessão pelo politicamente correto é coisa de gente idiota.Desculpe! o termo idiota também não deve ser usado ,então onde está escrito IDIOTA, leia-se Q.I.= ZERO.
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