Por Rocha Martinez
A apuração das eleições para a Prefeitura de Feira de Santana se encerrou sem surpresa. O resultado acompanhou o que o Ibope, respeitável – diferente da infâmia dita por Sérgio Carneiro -, instituto de pesquisa anunciou, assim como as demais pesquisas divulgadas, prevendo a folgada vantagem de Tarcízio Pimenta em relação aos outros dois adversários, respectivamente, Colbert Martins Filho e o próprio Sérgio Carneiro.
Colbert ainda recuperou o terreno perdido para Sérgio, no curso da campanha, quando por este tinha sido ultrapassado. Entretanto, graças à exposição do presidente Lula dizendo que era um bom candidato, voltou a ocupar o segundo lugar, nele permanecendo até o final, sem incomodar o patamar em que estava comodamente plantado.
Tarcízio Pimenta venceu graças ao seu desempenho como médico e político ligado às massas populares e à benção do grande padrinho que é o prefeito José Ronaldo de Carvalho.
Sabe-se, sem nenhuma contestação plausível, que a candidatura de Sérgio foi um grande blefe. Caracterizou-se como oportunista, porque longe do dia-a-dia de Feira de Santana, diante da perspectiva de ter um irmão ocupando a Prefeitura de Salvador, uma das maiores cidades do país, o pai senador, o governador do Estado do PT e o presidente também, pensou que o povo iria pensar em ganhar os benefícios que esta sinergia poderia proporcionar.
Mas, no rescaldo das eleições ficou um resíduo a intrigar a comunidade política de Feira de Santana. Acabada como está a aventura destas eleições, o que fará Sérgio Carneiro? Se sair do município, abruptamente, como saiu da última vez, permanecendo alhures, por um longo tempo, como fez anteriormente, decerto que não poderá almejar nada de promissor em eleições por estas plagas, já que o tempo é implacável, e, não poderá voltar daqui a 20 anos, a iniciar uma nova tentativa de triunfo, com a idade em que muitos já entendem que completaram o seu ciclo. Uma ausência nos próximos dois anos será considerada como um abandono, ou seja, descarta Feira de Santana como prioridade para qualquer projeto político. Tal expectativa não está fora de cogitação, pois, poderá tentar a reeleição de deputado federal nas próximas eleições, com uma perspectiva estadualizada, com o município sendo apenas mais um peão no tabuleiro do xadrez. O candidato fragorosamente derrotado persistirá? Esta é outra pergunta que não cala, entre os mais politizados. Será que Sérgio Carneiro, com o amor próprio duplamente ferido, se conscientizará dos erros cometidos, construirá uma estrutura, não um acampamento como fez nestas eleições, e voltará às origens, para não deixar o clã dos Carneiro, sem representatividade na Princesa do Sertão? Será?
* Advogado e escritor, Rocha Martinez é colaborador do Blog Demais
* Advogado e escritor, Rocha Martinez é colaborador do Blog Demais
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