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15 - 18 - 21 (Dublado)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Resultado roubado

O resultado do jogo de estréia do Brasil contra a Colômbia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2010, no domingo, 14, foi 2 a 1 para a seleção brasileira, com gols de Kaká e Ronaldinho. Está na página oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

2 comentários:

Anônimo disse...

Seleção de Dunga com Wagner Love e outros pernas de pau só pode ganhar se for ajudada por juiz ou de forma roubada, como a própria CBF sugere e quer.

Anônimo disse...

Hoje, 15/10/2007, comemora-se o DIA DO PROFESSOR! Mas observem irmãos e condiscípulos feirenses, nenhuma nota, nenhuma homenagem é feita ao EDUCADOR BRASILEIRO. A inversão de valores é dantesca e repugnável.

Ainda que acreditemos no fruto doce não há mais árvores boas que de fato dêem bons frutos. Oe mestres da atual Bahia/Brasil são comandandos, manipulados por políticas sujas, corrupções de toda ordem e jaez e por um "bando" de políticos da pior escória, sem preparo, sem visão de futuro, enfim... uma tristeza total.

Não, não o que se comemorar no dia 15/10... há muito não se tem efetivamente o que se comemorar... mas este ano, o sabor amargo da desvalorização, o peso ignóbil de uma má administração, a decepção de termos um secretário de educação ineficiente pesa sobre os ombros dos "sofredores".

Já se foi, no tempo, uma linda e significativa data o dia do Professor. A poeira dos anos, a chuva dos interesses levou tudo de roldão para um fétido ralo, chamado politicalha brasileira.

É sofrível a atual situação dos educadores e dos educandos. Vamos permitir toda essa achincalhação com a classe que deveria ser a mais bem paga e reconhecida do mundo?

Para se refletir.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=796821

14/10/2007 (19:46) Professores têm pouco a comemorar

Lúcio Távora / Agência A Tarde

Maria Clara Lima, do A TARDE On Line

O fim de semana que começou mais cedo, com o feriado de Nossa Senhora Aparecida, nesta sexta-feira, ganha um prolongamento nesta segunda-feira, 15, Dia dos Professores. Em homenagem aos mestres, as escolas públicas e privadas de todo o Estado estão em recesso, mas a julgar pela situação da categoria, a data não inspira comemorações.

“O professor é submetido a péssimas condições de trabalho – jornada tripla, superlotação nas salas de aula, ambiente estressante, não tem assistência médica adequada e os salários são baixos. Das profissões de nível superior, essa é a pior em remuneração”, dispara o coordenador geral da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Rui Oliveira.
Professor há 25 anos, ele mostra em números, o tamanho do desprestígio que atinge a profissão. Segundo dados da APLB-Sindicato, mais de 16 mil dos 45.170 professores da rede estadual, ganham entre R$ 350 e R$ 600 reais. A jornada tripla, explica Oliveira, se deve aos três turnos assumidos pelo professor para completar uma renda mensal satisfatória devido, justamente, à questão salarial. Entre as conseqüências da árdua profissão, estão o estresse, calos nas cordas vocais e problemas na coluna.

Desvalorização

Foram essas as razões que levaram Josimeire Pitangueira, 35, a abandonar a profissão. Quando concluiu o magistério, ingressou e se formou em técnica em química pela Escola Técnica. A opção custou-lhe uma doença ocupacional que a afastou do trabalho há 13 anos. “Não me arrependo. Ensinar é uma profissão de muita dedicação, mas no nosso país o professor não é valorizado”, argumenta. Josimeire disse que se visse uma perspectiva de futuro, teria continuado como professora, em paralelo com a outra profissão escolhida.

Melhoria da qualidade de vida, para o professor, significa abdicar de uma boa condição financeira. Assim fez a professora Rita Lobo, 40. Há cinco anos, ela deixou de trabalhar nas escolas municipais e particulares para se dedicar somente ao ensino de biologia no Instituto Central de Educação Isaias Alves (Iceia).

Rita confessa que, apesar de gostar de sua profissão, se sente desestimulada por conta dos baixos salários. “Eu amo o que faço, o problema é a falta de incentivo e qualificação. Quando pego contra-cheque no final do mês me sinto desestimulada”. Professora de nível três, com especialização em biologia, Rita ganha pouco mais de mil reais por mês.

Déficit

Mesmo sem formação específica, Rita chegou a dar aula de química para cobrir o déficit de professores na disciplina. Segundo dados da Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), dos 19.958 professores da rede estadual de ensino médio do estado, 1.908 ensinam física e 1.902, química. Já história, disciplina de carga horária semelhante, tem 2.996 professores.

O superintendente de Recursos Humanos da SEC, José Carlos Sodré, admite a falta de professores nestas áreas, mas ressalta que ações estão sendo tomadas para resolver este problema. Segundo ele, sobre este assunto, salas superlotadas e outras esvaziadas são comuns.

“A rede estadual de ensino está passando por um processo de reestruturação. Primeiro, a Ação de Pesquisa Educacional que faz uma radiografia das necessidades do Estado e uma outra ação para envolver o município”.

Ele garante que até o final de novembro deste ano, estas duas ações, pré-requisitos para a reestruturação da rede, serão concluídas.

No seu entender, a falta de professores, assim como o desestímulo destes profissionais e as carências de estrutura e material das escolas, interferem na qualidade de ensino e, naturalmente, no aprendizado do aluno. O que falta? “Uma política pública voltada para isso no Estado”, diz.

Na opinião do coordenador da APLB, o que falta é vontade política. “O governo senta, discute muito, mais não age”.

Elo fraco

Segundo o professor de história do Brasil e diretor de organização e administração da Associação de Docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), Carlos Zacarias, o investimento em educação é pequeno.

Em 2006, o governo federal pagou R$ 276 bilhões em juros e amortização da dívida pública, mas investiu somente R$ 36 bilhões na saúde e R$ 17 bilhões na educação.

Para Zacarias, o professor é o elo mais frágil dessa cadeia. “Muito dificilmente você encontra um adolescente que quer ser professor. Somos estigmatizados como sofredores”.

Gillene dos Santos Silva, 18, é uma das exceções. Dos três mil alunos do Instituto Central de Educação Isaias Alves (Iceia) - único colégio da rede estadual em Salvador com habilitação para formar professores - ela é uma entre os 452 estudantes que pretende seguir o magistério.

Ela confessa que, no início, não se sentia estimulada a seguir a profissão, mas a influência da família – ligada à educação – pesou na sua escolha. "As crianças acabam estimulando a gente. São elas que me impedem de jogar tudo para o alto".