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quarta-feira, 25 de julho de 2007

Já sai tarde

Até que enfim o presidente Lula demitiu Waldir Pires do Ministério da Defesa, o que deveria ter feito há muito tempo, pela incompetência e falta de habilidade e capacitação para ocargo. Já sai tarde

2 comentários:

Anônimo disse...

Waldir Pires é demitido; Jobim toma posse às 16h

25/07 - Laryssa Borges -
Último Segundo/
Santafé Idéias

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2007/07/25/jobim_deve_ser_anunciado_como_novo_ministro_da_defesa_938331.html



O ministro da Defesa, Waldir Pires, foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta manhã. A princípio, a assessoria de imprensa do Planalto havia informado que Pires teria entregado carta de demissão. A versão foi mudada logo depois. A posse do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, já foi marcada pelo Planalto, e será nesta quarta às 16h.


Blog dos blogs: Jobim: o primeiro com condições de comandar de fato a Defesa
Jobim aceita Ministério da Defesa como 'missão'


Durante a conversa, o presidente Lula agradeceu ao "trabalho extraordinário" desempenhado por Waldir Pires por três anos na Controladoria-Geral da União (CGU) e destacou a "altivez" do ministro ao assumir a pasta da Defesa. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, ao pedir que Pires deixasse o posto, destacou que "era necessário um novo perfil [de ministro], principalmente em virtude da crise aérea”.

Desgastado nos últimos dez meses por conta da crise aérea, Pires se viu forçado a deixar o governo. Em sua gestão, iniciada em 31 de março do ano passado, enfrentou problemas pela recuperação judicial da Varig, motins de controladores de vôo e dois acidentes aéreos que deixaram saldo de 350 mortos.


O ex-presidente do STF toma posse hoje


Convidado por três vezes para assumir o lugar de Waldir Pires, Nelson Jobim foi procurado na noite de ontem pelo ex-deputado e amigo pessoal de Lula, Sigmaringa Seixas, que o convenceu a assumir o posto no primeiro escalão. Nelson Jobim também foi ao Planalto nesta manhã e se reuniu rapidamente com o presidente Lula. Após o encontro, seguiu para reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Os ministros foram encarregados de passar todas as informações técnicas ao futuro chefe da Defesa sobre as decisões do Conselho de Aviação Civil (Conac).

Ele não deve ter influência na Anac, já que, a lei que rege as agências reguladoras não permite ingerências internas nas diretorias.

Biografia do novo ministro

Gaúcho de Santa Maria, Nelson Azevedo Jobim, de 61 anos, retorna à vida política após dez anos voltados à magistratura. Desde que deixou o cargo de ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso, em abril de 1997, dedicou-se ao Supremo Tribunal Federal, para onde foi nomeado na mesma época. Se aposentou do Supremo no ano passado para poder se dedicar à carreira política. Filiado ao PMDB, foi deputado federal por dois mandatos consecutivos, de 1987 a 1995 e candidato à presidência do partido. Líder do PMDB na Casa, participou da histórica Constituinte de 1988. Foi cogitado para compor a chapa com Lula na disputa à reeleição, mas não aceitou.

Waldir Pires

Francisco Waldir Pires de Souza assumiu o Ministério da Defesa no lugar de José Alencar, que se desincompatibilizou do cargo para disputar as eleições de outubro. Do início do governo, em janeiro de 2003, até o final de março de 2006, esteve à frente da Controladoria-Geral da União (CGU). Advogado, atua na política desde 1955, tendo sido filiado ao PTB, PSD, PMDB, PDT e PSDB. Pertence atualmente ao PT. Nascido em Acajutiba (BA), iniciou o curso de Direito na Faculdade de Direito da Bahia em 1945. Aos 24 anos, ocupou a função de secretário de Governo no estado. Aos 28 anos, elegeu-se deputado estadual na Bahia pelo PTB.

Em 1956, elegeu-se deputado federal pelo PSD. Em 1963, aos 36 anos de idade, foi nomeado consultor-geral da República no governo João Goulart. Esteve à frente da Consultoria-Geral da República até 31 de março de 1964, quando um golpe militar derrubou o governo Goulart. Pires exilou-se até 1965 no Uruguai e até 1970 na França. Com a redemocratização, em 1985, foi escolhido para assumir o Ministério da Previdência e Assistência Social durante a gestão de José Sarney. Um ano depois, ganhou as eleições para o governo da Bahia. Governou o estado até 1989, quando renunciou para ser vice de Ulysses Guimarães na disputa pela Presidência da República.

Devido às primeiras recusas de Jobim, Lula havia cogitado outros dois nomes para a Defesa, dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Celso Amorim (Relações Exteriores).

Anônimo disse...

Waldir, o duro na queda
http://blogdosblogs.blig.ig.com.br/

Demissões de ministros costumam obedecer a certos rituais. Quase sempre o sujeito sai demitido mas o presidente lhe dá a oportunidade de antes entregar o cargo, ou seja, pedir demissão, numa espécie de saída honrosa. Foi assim com Sarney, FH e outros. É assim com Lula. No caso de Waldir Pires, o ritual não funcionou. Há mais ou menos uma semana o ministro da Defesa vinha recebendo recados de emissários de Lula, que o aconselhavam a entregar o cargo, mas resistia. Hoje pela manhã, a primeira versão do anúncio oficial da substituição na Defesa teve que ser modificada, a pedido de Waldir, para que não dissesse que ele entregara o cargo, mas sim que o presidente o pedira.

Esse é o toque de mal estar na bem sucedida operação que levou Nelson Jobim para a Defesa. O sacrifício de Waldir, um político de biografia irretocável e inúmeros serviços prestados ao país e ao próprio governo Lula. Mas perdera as condições políticas de permanecer à frente da pasta depois da inoperância de dez meses de crise aérea. Apesar de todo o desgaste, Waldir resistia no cargo em nome de sua própria biografia. Lula procurava uma saída honrosa, que seria um outro cargo no governo federal ou no governo da Bahia. Não deu tempo.

No governo da Bahia, a demissão nesta manhã foi recebida até com certa surpresa. O governador Jaques Wagner ainda não tem nada engatilhado para Waldir no estado, mas acha que é fundamental que o agora já ex-ministro ganha uma função de prestígio durante a transição baiana. Que transição? O fim do carlismo e o início do....não sabemos ao certo ainda.

Se não tivesse saído de moda o hábito, graças às reclamações do Itamaraty, seria a hora de arrumar uma embaixada para Waldir...

enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 12:00



Como era gostoso o meu poder!

Lembra do Nelson Jobim irritado com o presidente Lula porque este o abandonou na disputa pela presidencia do PMDB? Esqueça. Ex-deputado pelo Rio Grande do Sul, ex-ministro da Justiça e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim será agora ministro daquele mesmo Lula que o preteriu no comando do PMDB, mas que um dia também chegou a convidá-lo para ser o seu vice na chapa das eleições presidenciais de 2002. Ali, quem não deixou foi o PMDB.

Pois é, para entender a política é sempre bom relembrar o passado. O que pode ter levado Nelson Jobim a aceitar agora o convite de Lula? Os belos olhos do presidente? O fato de Lula ter implorado três vezes? Talvez... Mas é mais provável que Jobim tenha se movido por aquilo de que sempre gostou: a política e o poder.

Ministro Plenipontenciário para Assuntos do Caos, se ele conseguir pôr um fim no Apagão Aéreo sairá como herói da crise.

Como ministro, poderá rearticular-se com o PMDB, refazer as pontes. E, tendo prestado esse favorzão ao presidente Lula, estará mais do que apto a integrar a chapa presidencial de 2010. Se não na cabeça da chapa, pelo menos como o vice.

PT, Lula, Ciro Gomes e até o arredio PMDB... Agora todos estarão de braços abertos com a volta de Jobim ao poder!

enviada por Tales Faria
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25/07/2007 10:47



Furo em entrevista coletiva

A excelente reporter Eleonora Gosman, do jornal argentino "Clarín", ouviu ontem a mesma entrevista coletiva de que participou toda imprensa brasileira, com o mesmo brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa). Ou ela errou feio, ou entendeu melhor do que todos os outros e deu um verdadeiro furo de coletiva, mostrando que a TAM é a grande culpada do acidente. Título da reportagem de Eleonora, publicada hoje pelo "Clarín", que nenhum jornal brasileiro deu:

Caixa preta: o piloto da TAM atuou bem, mas uma turbina falhou
“El Airbus 320 de TAM, que el martes (terça-feira) pasado produjo la mayor tragedia de la historia de la aviación brasileña, derrapó, pasó la avenida que separa el Aeropuerto de Congonhas del barrio Campo Belo y chocó contra un edificio de la propia compañía, a 175 kilómetros por hora. El impacto fue tan tremendo que derribó ese edificio, hizo estallar la aeronave y produjo un gigantesco incendio.

El jefe del Centro de Investigación y Prevención de Accidentes Aéreos, brigadier Jorge Kersul, admitió ayer (ontem) que el avión tocó la pista de la Terminal en el lugar correcto y que lo hizo a la velocidad normal. "Sólo que no consiguió frenar", subrayó en una conferencia de prensa para ofrecer los primeros datos que surgen de la caja negra del avión y de la pista de Congonhas. Según indicaron los especialistas, el Airbus iba con su capacidad de pasajeros colmada y una carga muy próxima al límite permitido (98%). A eso se le sumó la falla del sistema de reversión que una vez accionado contribuye sustancialmente a frenar las máquinas, ya que estaba desactivado en la turbina derecha por defectos.

Nuevos datos parecían consolidar ayer la hipótesis de un defecto en el Airbus como causa principal, al tiempo que disminuía la importancia de la lluvia y la pista. La misma máquina había aterrizado, ese mismo día en Congonhas, otras dos veces: una fue pasada las 11 del fatídico martes 17, cuando llovía fuertemente. Otra a las 14.30 con pista mojada.

En el momento de la llegada fatal, esa misma aeronave hacía su séptimo viaje, en condiciones poco adecuadas.

El brigadier Kersul reveló que las marcas dejadas en la pista mostraron que la aeronave se deslizaba hacia la izquierda. Dijo que una de las razones pudo haber sido la falla en el sistema de reversión de una de las turbinas.

Ayer, el aeropuerto internacional de Guarulhos comenzó a sufrir los problemas de falta de infraestructura para atender los vuelos que antes aterrizaban en la céntrica Terminal de Congonhas. Hubo pasajeros que después de tocar tierra debieron permanecer en las aeronaves por falta de escalerilla para descender. Otros tuvieron que aguardar largo tiempo para retirar el equipaje. Nerviosos, los viajeros emprendieron a los gritos contra el personal de a bordo y luego en el hall de desembarque.

Ayer, la Agencia Nacional de Aviación Civil prohibió a las compañías vender más boletos de vuelos con salida desde el céntrico aeropuerto paulista. El ente regulador intenta así garantizar que primero vuelen los pasajeros que cuentan con billete emitido y que quedaron varados por cancelaciones. El presidente de la empresa que maneja los aeropuertos, Brigadier José Carlos Pereira, terminó por admitir que el sistema aéreo brasileño vive "una situación caótica". Sostuvo: "Cuando hay mil pasajeros que sufren todos los días por las cancelaciones de los vuelos y que al día siguiente intentan embarcar, la empresa que tiene que dar respuesta a otros mil pasajeros no tiene cómo transportar a la totalidad". El funcionario concluyó: "La situación no puede ser peor".

En ese panorama casi desquiciado, algunas empresas comenzaron a pedir a los clientes que posterguen sus viajes por lo menos hasta el lunes. Según los directivos de Gol, dentro de una semana es posible que el tráfico aéreo retorne a su flujo normal. La compañía que "mantendrá sus servicios para atender a los clientes que precisen viajar inmediatamente y para llevar a sus destinos a aquellos que quedaron retenidos los últimos días". Y admitió en un comunicado que este momento "es uno de los más críticos de la aviación brasileña".



enviada por Tales Faria
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25/07/2007 10:47

Jobim: o primeiro com condições de comandar de fato a Defesa

Na noite desta terça para quarta-feira, dois brasileiros foram dormir como ministro da Defesa. O ex-presidente do STF, Nelson Jobim, aceitou o convite do presidente Lula para assumir a pasta ontem à noite, depois de negociar condições em que terá carta branca para fazer as mudanças que quiser no Ministério. Ao longo do processo de convencimento de Jobim - que durou quase uma semana e em que o presidente chegou a cogitar outros nomes, como Paulo Bernardo e Celso Amorim - Waldir Pires recebeu vários recados de que o presidente gostaria de sua demissão. Mas só veio a conversar diretamente com Lula sobre o assunto nesta manhã.

Com Jobim, o governo Lula ganha, sobretudo, credibilidade e passa a imagem de que irá, de fato, tomar as providências necessárias para conter o caos aéreo. Ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique, ex-presidente do STF, influente no PMDB, amigo do governador José Serra e de boa parte do tucanato, Jobim chega ao governo do PT com lastro político e com a promessa do presidente de que terá os recursos necessários para reorganizar o setor aéreo e atender às Forças Armadas.

Tem chances se ser o primeiro ministro da Defesa com condições reais de ter autoridade para comandar a pasta desde a sua criação.


enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 10:35

Tio Sam, tio Lula e Fidel

Tio Sam, tio Lula e Fidel

A diplomacia brasileira ainda não decidiu se responderá publicamente ou não, mas o fato é que o Itamaraty agitava-se ontem em torno de artigo publicado pelo líder cubano Fidel Castro questionando o papel do Brasil depois que quatro atletas cubanos abandonaram a delegação de Cuba no Pan para pedir asilo político. Fidel, que outro dia já bradou contra o investimento Brasil-EUA na produção de etanol e biocombustível, não pegou pesado, mas cutucou. Título do artigo: "Brasil substituto dos Estados Unidos?", numa referência ao fato de Tio Sam, o preferido dos dissidentes do regime, agora estar sendo trocado por tio Lula.

"Não existe nenhuma justificativa para (o atleta) solicitar asilo político. Não se importam com que o Brasil não seja seu mercado definitivo. Há países ricos do primeiro mundo que pagam ainda mais. As autoridades brasileiras declararam que os desertores deverão provar a necessidade real de asilo. É impossível demonstrar o contrário. De antemão conhece-se seu destino final como atletas mercenários numa sociedade de consumo. Acho que ofenderam o Brasil utilizando os Pan-americanos como pretexto para se autopromover. De qualquer jeito consideramos úteis as declarações das autoridades", diz o texto de Fidel Castro, depois de citar o caso de atletas de Cuba que hoje vestem a camisa de outros países e times: "A traição por dinheiro é uma das armas prediletas dos Estados Unidos para destruir a resistência de Cuba". Ao final, Fidel deseja ao Brasil a honra de ser sede de uma olimpíada.
O Brasil ainda não sabe o que fazer com os quatro dissidentes cubanos. Um deles já teria viajado para a Europa, onde provavelmente pedirá asilo. O governo brasileiro dificilmente responderá ao artigo, mas também hesita em conceder asilo formal aos atletas, pois não quer confusão com Fidel Castro. Quando concede asilo político, o país está reconhecendo implicitamente que no país de origem do asilado não há democracia e há perserguição polícia - o que, no caso de Cuba, não estaria assim tão longe da verdade.





Agenda de ex-futuro ministro

Das situações de constrangimento criadas pelo poder, a condição de "ministeriável" é uma das piores. O sujeito aparece na lista mas não é ouvido nem cheirado, quanto mais convidado. Esta semana, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, entrou na lista dos ministeriáveis da Defesa - que até ontem à noite era encabeçada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Sabe-se que teve seu nome cogitado pelo presidente Lula, mas não chegou a ser convidado porque o presidente chegou à conclusão de que seria, de fato, desvestir um santo para vestir outro. Afinal, o chanceler brasileiro é, pelo lado dos países emergentes do G-20, a alma das negociações para tentar salvar a quase fracassada Rodada Doha da OMC, que deve passar por momentos decisivos em setembro e outubro.

"Depois do problema em Potsdam, o ambiente de negociação começou de novo a se distensionar. Na área dos subsídios, o teto da faixa de redução oferecida por eles (União Européia e Estados Unidos) está chegando perto do mínimo reivindicado pelos países emergentes. Na parte de acesso aos mercados desses países, a proposta deles é um pouco mais obscura, e vamos pedir mudanças na parte relativa aos produtos industriais. Precisamos reequilibrar os parâmetros da negociação", diz Amorim, que na semana passada, em Genebra, esteve com Peter Mandelson, da União Européia, e Pascal Lamy, da OMC.

O principal objetivo da negociação é, em resumo, levar os ricos a baixarem a bola em algumas das exigências para terem acesso a nossos mercados para seus produtos industrializados e convencê-los, por sua vez, a reduzirem seus subsídios agrícolas a níveis razoáveis. Na área de acesso a serviços, as principais dificuldades já estão contornadas.

Essas são as principais razões pelas quais Lula deverá manter seu chanceler numa negociação que está acompanhando desde o início. Celso Amorim é, também, integrante do Conac e gostou das medidas anunciadas para reduzir o tráfego em Congonhas e reorganizar o setor aéreo - sobretudo as que vão facilitar os vôos entre países da América do Sul. Quando estiver no Brasil, pretende, inclusive, participar das reuniões semanais do Conselho. Mas não parece insatisfeito por passar à condição de ex-futuro ministro da Defesa.







Da coluna Descomplicando a Política, assinada pela autora do post, no "Jornal de Brasília".

www.clicabrasilia.com.br



enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 10:26

Jobim: o primeiro com condições de comandar de fato a Defesa

Na noite desta terça para quarta-feira, dois brasileiros foram dormir como ministro da Defesa. O ex-presidente do STF, Nelson Jobim, aceitou o convite do presidente Lula para assumir a pasta ontem à noite, depois de negociar condições em que terá carta branca para fazer as mudanças que quiser no Ministério. Ao longo do processo de convencimento de Jobim - que durou quase uma semana e em que o presidente chegou a cogitar outros nomes, como Paulo Bernardo e Celso Amorim - Waldir Pires recebeu vários recados de que o presidente gostaria de sua demissão. Mas só veio a conversar diretamente com Lula sobre o assunto nesta manhã.

Com Jobim, o governo Lula ganha, sobretudo, credibilidade e passa a imagem de que irá, de fato, tomar as providências necessárias para conter o caos aéreo. Ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique, ex-presidente do STF, influente no PMDB, amigo do governador José Serra e de boa parte do tucanato, Jobim chega ao governo do PT com lastro político e com a promessa do presidente de que terá os recursos necessários para reorganizar o setor aéreo e atender às Forças Armadas.

Tem chances se ser o primeiro ministro da Defesa com condições reais de ter autoridade para comandar a pasta desde a sua criação.

enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 10:00

Cabeças a prêmio

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) proporá à CPI do Apagão Aéreo - onde agora está depondo o presidente da Anac, Milton Zuanazzi - que o Ministério da Defesa abra processo disciplinar contra os diretores da Agência Nacional de Aviação Civil por causa "dos indícios de negligência na fiscalização de empresas aéreas e da infra-estrutura aeroportuária, especialmente pistas de pouso e decolagem de aeronaves". Fruet sabe que, como garantia da autonomia da agência reguladora, seus diretores não podem ser demitidos. Mas argumenta que a Lei 11.182, que criou a Anac, deixa uma saída: os diretores podem perder o mandato em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou de um processo disciplinar interno.


Informe-JB
enviada por Tales Faria
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25/07/2007 09:36

Tempo, dinheiro e muita paciência


Comentário da Helena de hoje no Jornal do SBT Edição Manhã:

Bom dia.// Vai ser preciso tempo e dinheiro para
reorganizar o setor aéreo e acabar o caos.// Pelos
cálculos do governo, as reformas nos aeroportos e a
construção do novo aeroporto de São Paulo não saem por
menos de vinte bilhões.// Dinheiro que, obviamente, o
governo não tem.// Vai precisar de investimento da
iniciativa privada.// E aí entra o fator tempo.// Para o
novo aeroporto sair do papel e começar a operar, a obra
deve levar, segundo especialistas, entre oito e dez
anos.// Basta dizer que o primeiro passo é o
licenciamento do Ibama.// Por aí, já se vê a demora,
né?// Até lá, então, o passageiro vai ter que se virar
com a recauchutagem dos atuais aeroportos, como
Guarulhos e Viracopos em São Paulo.// Ou seja:/ para
reformular a aviação civil vai ser preciso tempo,
dinheiro, e paciência.// Muita paciência.// É com vocês.
enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 09:33

Currículo do chefe da Aviação Civil


Milton Zuanazzi é o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), acusada de ser uma das principais responsáveis pelo apagão aéreo e pela literalmente desastrosa situação do setor de aviação civil no país. Eis abaixo o seu currículo, conforme consta no site da Aviation Expo, um encontro com seminários sobre o setor, ocorrido em abril no Riocentro:

"Milton Zuanazzi é engenheiro mecânico e pós-graduado em sociologia, com ênfase em análise política. O diretor presidente da Anac exerceu o cargo de secretário nacional de políticas de turismo do Ministério do Turismo. No Rio Grande do Sul, entre outras atividades, foi secretário de Estado de Turismo, Esporte e Lazer, suplente da bancada federal, vereador da capital, Porto Alegre, e presidente da Companhia Riograndense de Telecomunicações. No Ministério do Turismo, por diversas vezes, Milton Zuanazzi assumiu, interinamente, o cargo de ministro do Turismo. Coordenou a elaboração e execução do Plano Nacional de Turismo que estabeleceu a atual política de turismo para o Brasil e suas metas até o ano de 2007. Entre várias realizações destaca-se a coordenação do Programa de Regionalização do Turismo que resultou no 1º Salão do Turismo - Roteiros do Brasil. Participou, também, do Plano de Marketing Nacional com a descentralização de recursos a todos os Estados e a coordenação do Programa Cores do Brasil. Ainda no ministério, Zuanazzi atuou como secretário executivo do Conselho Nacional de Turismo, foi representante do Brasil na Reunião Especializada de Turismo do Mercosul e representante do Brasil no Comitê de Finanças da Organização Mundial do Turismo".

Ou seja: o homem até podia dar num ótimo ministro do Turismo. Mas não entende nada de aviação.



Da coluna Informe-JB, assinada pelo autor do post, no "Jornal do Brasil".
enviada por Tales Faria
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25/07/2007 09:20

COMO VEM, ELES VÃO

Do jornalista Carlos Chagas, comentarista do SBT e da Rádio Jovem Pan:



Em meio à falência da autoridade pública, alguns tolos e outro tanto de malandros festejam números virtuais, de computador. No primeiro semestre os investimentos estrangeiros somaram 20 bilhões e 800 mil dólares. Seria a contraprova de que o Brasil cresce, desenvolve-se e demonstra estar acima desses minúsculos cancelamentos de vôos que assolam a população...

Enganam-se. Primeiro porque a maior parte desses investimentos compõe aquilo um dia chamado pelo deputado Delfim Neto de capital-motel, que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhã, depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia, sem criar um emprego ou forjar um parafuso. Esses recursos desembarcam sem precisar valer-se de malotes nem de aviões. Chegam feito fantasmas, apenas atrás de lucros imediatos, favorecidos pela ausência de regras capazes de garantir os interesses e até a soberania nacional. Com vem, eles vão. Basta o digitar de teclas.



FAÇAM O QUE EU DIGO...



Mas não façam o que eu faço. As nações desenvolvidas são as que mais pressionam o resto do mundo, exigindo iniciativas destinadas a conter o aquecimento global. Claro que situam-se acima e além de suas próprias regras. Exigem dos subdesenvolvidos que interrompam projetos de desenvolvimento e preservem o meio ambiente, até transformando florestas em jardins botânicos e jardins zoológicos, para sua posterior exploração.

Ainda esta semana assistimos outra repetição dessa fábula do lobo e do cordeiro. Na Estação Espacial Internacional, lá em cima, jogaram 635 quilos de lixo no espaço. Claro que algumas décadas decorrerão até que essa sucata caia sobre algum continente ou oceano. Não é problema deles. Agora, alguém já se deu ao trabalho de contar quanto lixo astronáutico voa sobre nossas cabeças? Só de satélites inoperantes são milhares, cujo ciclo de funcionamento esgotou-se e continuam girando aí em cima. A televisão mostra que a cada foguete ou espaçonave lançados no espaço, vão junto montes de toneladas de fumaça tóxica, mil vezes maior e mais letal do que o escapamento de veículos movidos a diesel.

Fazer o que? Jamais retroceder e proibir a conquista do espaço, é lógico, mas porque não determinar que a cada poluição-monstro, dessas que se repetem o tempo todo, seus responsáveis não sejam obrigados a investir iguais bilhões de dólares em apoio à preservação do meio ambiente? Dirão os imediatistas que a Nasa iria à falência, mas qual a alternativa? Falir o planeta?




enviada por Helena Chagas
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25/07/2007 09:19


SINOPSE DA IMPRENSA


Da “Coluna do Honorato”, news letter eletrônica de Carlos Alberto Honorato da Silva – karlos.honorato@terra.com.br

POLITICAS:

- Em meio à crise, Paulo Bernardo pode assumir Defesa; (2)

- Norte e Nordeste são campeãs em irregularidades, informa CGU; (2)

- A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), decretou ponto facultativo para funcionários públicos nas sextas-feiras de julho. Segundo a assessoria da governadora, é costume o funcionalismo paraense negociar folga nas sextas-feiras de julho por ser período de férias escolares e de viagens para praias; (1)

- O presidente Lula mandou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acelerar os estudos para a abertura do capital da Infraero. Ele quer captar recursos do setor privado para investir nos aeroportos; (1)

- Numa tentativa de atrair empresas aéreas para o Rio, o governador Sérgio Cabral reduziu de 19% para 1% o ICMS na compra de aviões e peças de reposição importadas. A medida vale até 31 de agosto; (1)

- O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim (PMDB) aceitou na noite de ontem o convite para assumir o Ministério da Defesa em substituição a Waldir Pires (PT), desgastado por dez meses de crise aérea e pelo acidente com o Airbus-A320 da TAM que matou quase 200 pessoas na terça-feira da semana passada. O anúncio será feito hoje. Foi a terceira abordagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Jobim desde a tragédia em Congonhas. Nos dois primeiros convites - feitos em março e na semana passada -, ele recusara a proposta. Antes de dizer sim, Jobim ouviu de Lula que terá liberdade para fazer as mudanças que considerar necessárias na Infraero e na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil); (1)

- Governo proíbe venda de passagem. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou ontem a suspensão total da venda de passagens para vôos partindo de Congonhas, por 48 horas. A proibição poderá se estender a outros aeroportos, se houver necessidade. O objetivo é atender aos passageiros que não conseguiram viajar nos últimos dias; (1)

- Governo volta a se reunir para definir novo pacote de medidas para setor aéreo; (4)

- Lula reúne ministros para discutir orçamento para a área militar; (4)

- Senado aprova só 528 propostas em seis meses; (4)

- Gol pede que clientes adiem viagens ao menos até 30 de julho; (4)

- O Airbus-A320 da TAM tinha velocidade de 175 km/h quando se chocou com o prédio da companhia ao lado de Congonhas, no dia 17. Ao alcançar a pista, no pouso, sua velocidade estava entre 222 km/h e 240 km/h, que é o padrão para esse tipo de procedimento. Essas são as primeiras informações obtidas a partir dos dados contidos na caixa-preta do vôo e foram divulgadas pelos deputados Marco Maia (PT-RS), relator da CPI do Apagão Aéreo, e Efraim Filho (DEM-PB), em Washington, nos EUA. (1)


NACIONAIS:

- Petrobras empregará mais de 70 mil famílias na produção de biodiesel; (4)

- Madeira põe em confronto dois gigantes da construção. Dois dos maiores grupos da construção pesada, Odebrecht e Camargo Corrêa, entraram em confronto aberto após décadas de convivência e composição para disputa por obras em todo o país - uma prática comum no setor. O alvo da discórdia são as bilionárias hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antonio e Jirau, estimadas em US$ 13 bilhões, o maior empreendimento nacional desde Itaipu e o maior projeto hidrelétrico do mundo em andamento; (1)

- Receita da Fiat no Brasil cresce 31,9% no 1º semestre; (4)

- Projeto prevê indenização a prejudicado por overbooking; (4)

- Uruguai e Brasil fecham acordo automotivo; (4)

- Bovespa tem recuo de 3,86% e volta a operar abaixo dos 56 mil; (4)

- Dólar sobe 1,14%, vendido a R$ 1,863 em dia de correções nas Bolsas. (4)


INTERNACIONAIS:

- Setor imobiliário dos EUA derruba bolsas. O temor de que uma crise no setor imobiliário dos EUA se alastre sobre os mercados pelo mundo voltou a assombrar as principais bolsas internacionais. O estopim para as ordens maciças de vendas de ações foi o anúncio de que a Countrywide Financial, um dos gigantes norte-americanos de créditos hipotecários, informou queda de 33% no lucro líquido do segundo trimestre de 2007, reavivando temores de contaminação pelos problemas das hipotecas "subprime", de alto risco. As ações de bancos puxaram a baixa de 1,6% do Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York; (1)

- Cresce apoio do Irã a milícias no Iraque, dizem EUA. Embaixador fez acusação após reunião em que iraniano concordou em criar painel trilateral; (2)

- Peru oferece suas bases aéreas para operações dos EUA; (2)

- Farc dizem que governo da Colômbia usa mercenários. Líder rebelde afirma que americanos, britânicos e israelenses estão sendo pagos para derrubar guerrilha; (2)

- Chávez chama cardeal de Honduras de 'palhaço imperialista'. Declaração foi uma reação às críticas do religioso ao governo de Chávez, classificado como ditatorial; (2)

- Paraguai dá liberdade provisória ao ex-general Lino Oviedo; (2)

- Tropas americanas podem ficar no Iraque ao menos até 2009. Novo plano do Exército e embaixadores sugere a 'restauração da segurança' mas não determina retirada; (2)

- Debate esquenta briga entre Obama e Hillary por candidatura. Pré-candidatos democratas divergem sobre possibilidade de encontros com líderes de países inimigos dos EUA; (2)

- ONU manda equipe a usina japonesa atingida por tremor. Empresa admitiu ter havido vazamento de água contendo materiais radiativos de um reator nuclear; (2)

- Governo indiano aprova acordo de cooperação nuclear com os EUA; (3)

- Trinta mil habitantes de Barcelona sem luz pelo 2º dia seguido; (4)

- Greve na produção de gás e petróleo aumenta crise argentina. (4)


ESPORTES:

- Basquete feminino. Brasil perde dos EUA e fica sem o ouro no Pan; (4)

- Vôlei - Brasil bate jovem time cubano: 3 sets a 0; (4)

- Hoyama leva equipe do Brasil ao ouro no tênis de mesa; (4)

- Série B - Brasiliense goleia o Vitória em casa: 6x0; (4)

- Série B - Portuguesa derrota o Avaí em São Paulo: 3x1; (4)

- Série B - Santa Cruz e Ceará empatam no Arruda. (4)


BRASÍLIA/DF:

- Megaoperação desbarata esquema de empréstimos ilegais no DF; (4)

- Investigação sobre empréstimos ilegais partiu de denúncia do MPF; (4)

- Roubos estão mais violentos no DF, diz secretaria; (4)

- Hospitais públicos precisam de doadoras de leite materno; (4)

- Serviço precário impede Samu de atender 40% dos chamados; (4)

- O tempo em Brasília. Nublado com perÍodos de encoberto com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A umidade relativa do ar estarÁ variando entre 90 e 50 por cento. Temperatura: Máx:26 ºC e Mín:17 ºC. (4)



Fontes:

(1)-http://www.radiobras.gov.br/sino pses.ht
(2)-http://www11.estadao.com.br/ulti mas/
(3)-http://br.news.yahoo.com/
(4)-http://noticias.correioweb.com.b r/

enviada por Tales Faria
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24/07/2007 21:19

Quem será que enquadrou a Anac?

Uai, gente, será que a Anac foi enquadrada? Vocês viram como o Zuanazzi está bonzinho hoje, inclusive responsabilizando as companhias aéreas por boa parte da confusão de ontem e de hoje? E a agência baixou medidas duras, como a proibição da venda de passagens, a redução forçada dos võos em 60 dias, a obrigação de ter espaço para acomodar os passageiros, ou devolver o dinheiro quando o võo for cancelado...
Tudo isso mostra que houve uma inflexão aí. Pode ter sido a cacetada geral. Pode ter sido a ameaça de processo administrativo. Pode ter sido a conversa que rolou lá no Congresso para mudar a lei e destituir os diretores de agências...Sei não, pode ter sido tudo isso e mais um belo puxão de orelhas da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Zuanazzi, um companheiro dos tempos em que trabalhou no governo do Rio Grande do Sul.
E a pergunta que não quer calar é: a Anac está fazendo média até o pior passar e o pessoal esquecer o assunto ou vai fiscalizar de verdade as empresas aéreas? Ganha uma barra de cereal quem adivinhar.
enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 20:52

Explicação: onde pega a saia justa

Nossa, que chuva de protestos contra minha saia justa no post do Fidel, minha gente!!! Será que me expressei mal? A saia justa, queridos, é a decisão do governo brasileiro sobre o que fazer com esses pedidos de asilo político. Se dá, o comandante vai estrebuchar. Acho que esse artigo aí já foi uma espécie de aviso ao navegante Lula. Porque quando o país dá um asilo político a alguém está reconhecendo implicitamente as razões dessa pessoa, ou seja, está assumindo que seu país de origem faz perseguições políticas e que aquele sujeito corre risco lá. Tio Fidel não vai gostar nada. Ao mesmo tempo, não dá para prender os cubanos e mandar de volta, certo? Então, a saia justa é isso. E também o que o governo brasileiro pode responder depois desta carta comparando-o aos EUA na questão dos dissdentes...Não é uma grande crise mas é chatinho, né?
enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 17:02

Planalto avalia obras em Guarulhos e Viracopos

Acabou de acabar no Planalto uma reunião de Lula com os ministros Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, Guido Mantega, Waldir Pires e mais o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Assunto: quais as mudanças - e quanto custam - que precisam ser feitas em Guarulhos e Viracopos para que esses dois aeroportos possam absorver parte do movimento de Congonhas. Entre elas, construção de novas pistas e do terceiro terminal de Guarulhos. Nos R$ 6,8 bilhões descontingenciados pelo governo na última sexta-feira em consequência do aumento da arrecadação há recursos a serem destinados áo setor aéreo.
enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 16:43

Fidel questiona Brasil e bota Lula em saia justa

Tremenda saia justa para o governo brasileiro o artigo de Fiodel Castro questionando o pedido de asilo de quatro atletas cubanos que desertaram de suas delegações agora no PAN do Rio:

Fidel Castro: O Brasil substituto dos Estados Unidos?

Há muito pouco falei a respeito do roubo de cérebros, algo repugnante. Pouco depois apareceu um bom atacante da equipe cubana de handebol vestindo o uniforme de uma equipe profissional de São Paulo. A traição por dinheiro é uma das armas prediletas dos Estados Unidos para destruir a resistência de Cuba. Terceira Reflexão sobre os Pan-Americanos, por Fidel Castro.



O atleta cursava os estudos superiores; se formaria na Licenciatura em Educação Física e Esportes, um trabalho digno. Suas receitas são modestas, mas sua preparação profissional é altamente apreciada; seja qual for o esporte e sua especialidade, o mesmo se são capazes de atrair muito público e publicidade comercial, ou não atraem nenhum, são úteis para o desenvolvimento humano.


Aqueles que solicitaram asilo brasileiro fazem-no quando os Estados Unidos declararam há muito pouco que não cumprirão as cifras exatas dos acordos migratórios que subscreveram com nosso país. Basta assinalar que dos quase duzentos atletas e treinadores que participaram na primeira semana das competições dos Pan-americanos, faltaram um jogador de handebol e um treinador de ginástica.


Não vou dizer por isso que a equipe de handebol de Cuba era melhor do que a excelente equipe do Brasil e seus formidáveis atletas, contudo a delegação cubana recebeu um golpe moral baixo nos Jogos Pan-americanos com essas solicitações de asilo político. Puseram a equipe cubana fora de combate antes que começasse a luta pela medalha de ouro.


No passado domingo, 22 de julho, ao meio-dia, recebemos a triste notícia de que dois dos mais relevantes atletas de boxe, Guillermo Rigondeaux Ortiz e Erislandy Lara Santoya, não se apresentaram à pesagem. Simplesmente receberam nocaute com um golpe direto no queixo, faturado com notas norte-americanas. Não fez falta nenhuma a contagem de proteção.


Observando os primeiros combates no Rio exclamei que nossos pugilistas lutavam com tanta elegância e domínio técnico que convertiam em arte seu rude esporte.


Na Alemanha existe uma máfia que se dedica a selecionar, comprar e promover pugilistas cubanos nas competições esportivas internacionais. Usa métodos psicológicos refinados e muitos milhões de dólares.


Apenas três horas depois, a vitória da cubana Mariela González Torres na Maratona, um clássico do esporte Olímpico que fez com que percorresse mais de 40 quilômetros, compensou com acréscimo a traição e inscreve com letras de ouro sua façanha na história esportiva de sua pátria.


O povo de Cuba deve honrar o exemplo heróico de Mariela, nascida na oriental província de Granma, cujas taxas de mortalidade infantil e materna foram, em 2006, de 4,4 em cada mil nascidos vivos e 11 em cada 100 mil partos, melhores que as dos Estados Unidos. Em seu município, rio Cauto, com 47 mil 918 habitantes, foi zero em ambas as duas.


Depois de tudo, Cuba dispõe de milhares de bons treinadores ou técnicos que trabalham no estrangeiro com atletas que não poucas vezes ganham medalhas de ouro competindo contra os nossos. Algo mais: existe uma Escola Internacional de Professores de Educação Física e Esportes onde cursam estudos superiores mais de 1.300 jovens do Terceiro Mundo. Há uns dias graduaram-se 247.


Não cultivamos o chauvinismo nem o espírito de superioridade. Apoiamo-nos na ciência e nos conhecimentos, sobre essas bases lutamos para criar os valores éticos de uma mente sadia num corpo sadio.


Não existe nenhuma justificativa para solicitar asilo político. Não se importam com que o Brasil não seja seu mercado definitivo. Há países ricos do primeiro mundo que pagam ainda mais. As autoridades brasileiras declararam que os desertores deverão provar a necessidade real de asilo. É impossível demonstrar o contrário.


De antemão conhece-se seu destino final como atletas mercenários numa sociedade de consumo. Acho que ofenderam o Brasil utilizando os Pan-americanos como pretexto para se autopromover. De qualquer jeito consideramos úteis as declarações das autoridades.


Desejamos que o Brasil, país irmão da América Latina e do Terceiro Mundo, obtenha a honra de ser sede de uma Olimpíada.


Fidel Castro Ruz

23 de julho de 2007



enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 15:58

Celso Amorim: "Gostei do ex"

Citado na lista dos possíveis substitutos de Waldir Pires mas não convidado nem sondado pelo presidente Lula, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, foi ontem indagado se estava gostando de sua condição de ex-futuro ministro da Defesa: "Estou gostando muito, sobretudo do ex". Amorim está naquela saia justa dos que viram ministeriáveis e não podem nem aceitar e nem recusar um cargo que não lhe foi sequer oferecido por quem de direito. Mas, a amigos, o chanceler vem se mostrando preocupado com a possibilidade de ter de abandonar as negociações para tentar salver d eúltima hora a Rodada Doha da OMC. O ministro esteve semana passada na Índia em em Genebra e conversou com Peter Mandelson e Pascal Lamy. Embora ainda haja divergências mais substanciais na questão da abertura dos mercados dos países emergente a produtos industrializados, na questão da redução dos subsídios internos dos EUA e da UE à agricultura a conversa vai evoluindo. Amorim acha que pode sair um desfecho favorável a partir de setembro ou outubro. E quer estar lá para ver.
enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 15:41

Defesa: coisas se encaminham para Paulo Bernardo

Apesar de, à primeira vista, parecer uma escolha improvável, o nome do petista e ex-bancário e sindicalista Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, cresceu nas últimas horas e é hoje o mais forte para substituir Waldir Pires na Defesa. Vejam bem, hoje. Amanhã pode não ser mais. Mas o que conta hoje a favor de Paulo Bernardo é que ele é o ministro do dinheiro e tem um perfil executivo, aquele capaz de comandar a reestruturação do setor aéreo brasileiro - inclusive com investimentos privados. Coincidência ou não, PB já vinha tratando do assunto com diversos interlocutores e chegou a apresentar as linhas gerais de sua proposta a Lula antes do acidente da TAM. Ela inclui a construção de novos aeroportos e reformas das atuais pistas sob o regime das PPPs e até a abertura de capital da Infraero. É considerado hoje, no governo, o ministro mais habilitado para dar conta da tarefa.

Ponto fraco de Paulo Bernardo: a participação na crise aérea de março passado, quando iniciou negociação com os controladores de amotinados de Brasília, operação que teve que ser abortada pelo Planalto dias depois diante da reação da Aeronáutica contra a quebra da hierarquia. Sabe-se que todas as decisões - de negociar e não negociar - saíram do Planalto, mas a conta pela trapalhada acabou indo para PB. Por isso, há dúvidas sobre sua receptividade entre os militares. Por outro lado, um jeito de adoçar a boca do pessoal fardado é Paulo Bernardo acumular as duas pastas. Ou migrar do Planejamento para a Defesa levando a bolsa. Ou seja, recursos para as Forças Armadas, que é tudo o que esse pessoal quer. Um ministro forte junto ao presidente e com dinheiro para gastar.
enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 15:25

Deu no blog do Magno Martins:

Franklin: "Congonhas deixará de ser centro de conexões"

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, disse hoje (24) que o aeroporto de Congonhas “não voltará a ser nunca mais um centro de conexões e escalas". Há uma semana, o aeroporto foi palco da maior tragédia da aviação brasileira quando um Airbus da TAM explodiu ao colidir contra um terminal de cargas da empresa. Cerca de 200 pessoas morreram no desastre.

Na sexta-feira da semana passada (20), o Conselho de Aviação Civil (Conac) já havia determinado que Congonhas deixasse de ser um ponto de escalas e conexões de vôos.

O governo estuda redistribuir os vôos de Congonhas para outros aeroportos do país. Entre eles, estão Guarulhos (São Paulo), Confins (Belo Horizonte), Galeão (Rio de Janeiro) e Juscelino Kubitschek (Brasília). Do Congresso em Foco.

Deu aqui no BlogdosBlogs, num post ali de baixo, às 11h:

Vôos de lotação

Uma prática das empresas aéreas que o governo quer acabar definitivamente é com os chamados "vôos de lotação": o avião sai cheio do Sul, faz escala em São Paulo, passa por Brasília ou Belo Horizonte, sempre entrando e saindo passageiros, até chegar ao Nordeste ou ao Norte do País. Na volta, a mesma coisa. Daí a idéia de acabar com o "entroncamento" em Congonhas.

Agora espere o governo anunciar aquela outra que também foi anunciada aqui, no mesmo post:

Linha de crédito

No rastro das discussões sobre os vôos de lotação, o Palácio do Planalto entendeu o motivo pelos quais as empresas aéreas brasileiras têm comprado aviões cada dia maiores. E quem perde com isso é a indústria aeronáutica brasileira, que fabrica aviões de pequeno porte. Daí que o BNDES deve abrir uma linha de crédito especial para as empresas aéreas colocarem em uso aviões menores.


enviada por Tales Faria
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24/07/2007 12:41

A TAM acabou com o PAN

Gente, estava pensando uma coisa. Estas deveriam ter sido as duas semanas mais felizes e festejadas do ano no Brasil, por causa do Pan do Rio. O Brasil está indo bem, os jogos estão razoavelmente irganizados, a mídia preparou um mega-esquema de cobertura...Mas o Pan vai se encerrar, no próximo domingo, sem que tenha ocupado as manchetes dos principais jornais e sem que tenha sido o assunto de maior repercussão, ou que sequer tenha concentrado as maiores atenções dos brasileiros neste período. Lamentável, mas não é culpa de ninguém. É o tal do imponderável, que cai em cima da cabeça da gente com o peso de um airbus da TAM.

Em sociedades midiático-escandalosas como as dos tempos modernos, esse efeito é ainda mais rápido e mais visível. E até bom para alguns: cadê o noticiário do Renan?

enviada por Helena Chagas
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24/07/2007 11:56

Post de hoje da news letter eletrônica "O Ex-Blog do César Maia"
(depois o prefeito do Rio diz que nada tem a ver com as vaias):

CAMISETAS DE LULA NO PAN ESTÃO À VENDA PELA INTERNET!