Um filme que trata mais de família que de luta

Nesta terça-feira, 1, visão do drama "Conflito de Duas Almas" (Golden Boy), de Rouben Mamoulian, 1939. "Menino de Ouro", a tradução do título original. Também nominado de "Paixão Mais Forte". Um filme que trata mais de família que de luta de boxe. Envolvente e que emociona.

Joe Bonaparte (William Holden), um jovem de ascendência italiana, violinista talentoso, sonhava em ser músico profissional, para felicidade de seu pai (Lee J. Cobb), que havia se estabelecido em Nova York como comerciante de bairro, e investe uma pequena fortuna para comprar um bom violino de presente para o filho no dia de seus 21 anos. Joe, no entanto, também tinha talento para o boxe, e fica conhecendo Tom Moody (Adolphe Menjou), um agente de boxeadores que já havia tido clientes importantes mas, naquele momento, não ia lá muito bem. Joe vence uma luta, e passa a treinar sob a orientação de Tom Moody. Passam-se os meses, e Joe vai acumulando vitórias nos ringues e ganhando muito dinheiro, para alegria de Moody e sua secretária e namorada Lorna Moon (Barbara Stanwyck), e para a profunda tristeza de Bonaparte pai. O avanço de Joe no mundo do boxe chama a atenção de Eddie Fuseli (Joseph Calleia), um gângster, que intima Moody para que divida com ele o agenciamento de Joe e as tomadas de decisão sobre a carreira do rapaz. Moody já havia percebido que Joe se dava bem com Lorna - e então pede à namorada que converse com o rapaz, tente convencê-lo de que trabalhar com o gângster não trará nada de bom para ele. Joe estava apaixonado pela namorada de seu agente. E Lorna também se descobrira apaixonada pelo rapaz. Depois de deixar o pai abatido pelo desgosto, Joe fica arrasado ao matar acidentalmente o adversário Chocolat Drop (James Green) no ringue. Em conflito, qual será a decisão de Joe?

Baseado em peça homônima de Clifford Odets, encenada mais de duas centenas de vezes na Broadway, entre 1937 e 1938.

Trata-se da primeira atuação de William Holden, com 21 anos, até então com apenas duas ponats não creditadas na sua filmografia, e o filme que o levou para a fama.

Foi indicado ao Oscar de Melhor Música e Melhor Trilha Sonora, que inclui "Passione", de Alfonso Salerno e Tulio Gramattori, "Wiegenlie Op.49 N 4", de Johannes Brahms, "Funiculi, Funicula", de Luigi Denza e Peppino Turco, e "We're in the Money Now".