Por Paulo Cesar Bastos
Para ampliar a oferta de etanol o importante, fundamental e estratégico, além de óbvio, é diversificar as matérias primas e ampliar as regiões produtoras. Significa dizer que precisamos continuar, sem dúvida, incentivando e modernizando a cultura e o processamento da cana de açúcar, mas, também, deveremos ir um pouco além do canavial.
O Brasil precisa reforçar as ações para fomentar e implementar uma política energética inovadora e reguladora através da introdução de alternativas de matéria prima para a produção do álcool.
O etanol poderá vir da Terra do Sol, o Nordeste Brasileiro, pelo cultivo e utilização tanto do agave azul como, também, do sorgo doce ou sacarino para produção de álcool como opção viável para o período da entressafra da cana de açúcar, promovendo a segurança do abastecimento e o equilíbrio do mercado.
Culturas de regiões secas e quentes, o agave azul (Agave tequilana) poderá fazer com o sorgo sacarino uma dupla sertaneja de sucesso produzindo etanol na região semiárida nordestina. A irregularidade hídrica do Nordeste requer culturas resistentes, caso do agave e do sorgo. Vale lembrar a experiência nordestina com outra planta da família Agavaceae, o sisal (Agave sisalana), cultivado nos estados da Paraíba e da Bahia, sendo que na região sisaleira baiana está situado o maior pólo produtor e industrial do sisal do mundo.
Pesquisas já existem, precisamos, no entanto, de ações complementares de assistências e extensões, rurais e tecnológicas, para a efetiva produção. No Grande Sertão encontraremos as veredas do progresso. Vamos inovar, renovar e avançar.
Paulo Cesar Bastos é engenheiro civil e produtor rural
Publicado no Blog Por Simas em 11 de janeiro de 2014.
No momento em que se implanta na Bahia, usina para produção de etanol, a partir de milho e sorgo, vale a pena ler de novo.
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