Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard

Pré-venda de ingressos - Orient CinePlace Boulevard
28/11 a 04/12: 14 - 16h10 - 18h20 - 20h30 (Dublado)

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Médico baiano atinge marca de mil cirurgias robóticas

Número revela o crescimento da modalidade cirúrgica no estado



A milésima cirurgia robótica minimamente invasiva realizada pelo urologista baiano Nilo Jorge Leão (Foto) foi realizada nesta quarta-feira, 2. O procedimento de retirada da próstata para tratamento oncológico beneficiou um paciente negro, cujo pai e avô também tiveram este tipo de câncer. Embora, por serem fatores de risco da doença, a cor da pele e a herança genética tenham aumentado a chance de desenvolvimento do tumor e possam influenciar em sua gravidade, as perspectivas são bastante positivas, já que no paciente de 59 anos a doença foi diagnosticada em fase inicial. "É um caso totalmente passível de cura, com grandes chances de preservação da função sexual e urinária no pós-operatório", afirmou o médico.
A marca de mil cirurgias robóticas realizadas por um único cirurgião revela o crescimento dessa modalidade cirúrgica na Bahia. Do total, 910 procedimentos foram realizados em Salvador, sendo 65% no Hospital Santa Izabel, 20% no Hospital Mater Dei (inaugurado há um ano), 13% no Hospital São Rafael e 2% no Hospital Aliança. Segundo o coordenador do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR), Nilo Jorge Leão, mais de 80% das cirurgias foram oncológicas, sendo a maioria voltada para o tratamento do câncer de próstata (650). "O tempo médio de internação dos pacientes que operei em plataforma robótica é de 24 horas", destacou.
Além da alta hospitalar mais rápida, a cirurgia robótica minimamente invasiva agrega outras vantagens em relação às técnicas cirúrgicas tradicionais, tais como maior precisão, incisões menores, tempo de recuperação pós-operatório mais curto, menor perda de sangue, menor risco de infecção e menos complicações pós-operatórias. "Devido à precisão dos movimentos robóticos e à visualização 3D em alta definição, a manutenção da continência urinária e a preservação da função erétil no pós-cirúrgico são possíveis para muitos pacientes", explicou o médico, que coordena o serviço de cirurgia robótica do Hospital Mater Dei e o núcleo de uro-oncologia do Hospital Santo Antônio - Obras Sociais Irmã Dulce.
Em parceria com outros cirurgiões robóticos do IBCR, Nilo Jorge Leão realizou mais de 40 cirurgias robóticas em crianças na Bahia. Além de protagonizar a primeira cirurgia robótica em criança no estado e de tratar a criança mais leve do Norte-Nordeste  submetida à cirurgia robótica oncológica (6,8 quilos), o cirurgião participou de diversas cirurgias multidisciplinares para tratamento de endometriose em parceria com os cirurgiões Marcos Travessa (ginecológico), Ramons Mendes (coloproctológico) e Leonardo Calazans (urológico). 
Nilo Jorge soma mais de 10 cistectomias radicais robóticas com derivações urinárias intracorpóreas para tratamento de câncer de bexiga, a mais complexa cirurgia da urologia, e a primeira cirurgia robótica com o ultrassom intracorpóreo BK 5.000, um marco no avanço tecnológico do estado. As primeiras linfadenectomias inguinais iniciadas e encerradas por robótica para tratar câncer de pênis também foram realizadas por equipes coordenadas pelo médico baiano. "Através de uma parceria importante entre os Hospitais Santa Izabel e Mater Dei, o serviço de urologia das Obras Sociais Irmã Dulce e do Hospital Municipal de Salvador, o Grupo Oncoclínicas e outras empresas privadas, conseguimos operar sete pacientes com câncer de pênis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com auxílio robótico", lembrou o cirurgião.
Em todas as 999 cirurgias robóticas já realizadas por ele, não houve caso de conversão de urgência para cirurgia aberta ou necessidade de transfusão de sangue. "Contudo, como essa possibilidade existe, costumo ensinar aos urologistas que estão sob minha supervisão o que fazer nesses casos", concluiu Nilo Jorge Leão, que também atua como proctor e treina mais de 30 cirurgiões não só da Bahia, mas também de Sergipe, São Paulo e Minas Gerais. 

(Com informações de Cinthya Brandão)

Nenhum comentário: