1. Thais com a família
2. Thais correndo em Aracaju, no asfalto
Fotos: Michel Cerqueira
3. Thais correndo em Mucugê, em trilha
Foto: Arquivo Pessoal
Ela começou a correr durante a pandemia, "no meio de toda turbulência que estávamos passando. Foi a forma que encontrei para extravasar, para gastar energia". Assim, Thais Rabelo, 45 anos, conta sobre a decisão de correr.
Ela sempre admirava "quando passava de carro e via as pessoas correndo nas avenidas. De algum jeito eu sabia que seria feliz correndo. Um dia comentando isso com alguns colegas no trabalho fiquei sabendo de um clube de corrida - o Aquacenter - de uma pessoa conhecida (Gil Carlos). Fiz contato e na mesma semana já estava no clube. Estou completando dois anos de corrida nesses dias".
Segundo Thais, "a corrida tem sido importante para a saúde física e principalmente para a saúde mental. Costumo brincar que vou dar uma corridinha para descansar, e é isso, descansa a mente, os pensamentos vão se acomodando durante a corrida. E quando finalizo o treino estou feliz com a liberação da endorfina e serotonina, que são os hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar e satisfação".
Para ela, "participar de uma assessoria esportiva como um clube de corrida, o Aquacenter, faz muita diferença, você tem acompanhamento de profissionais especializados, além de toda parte social, os novos amigos que a corrida me deu são especiais demais". Diz mais que "abriu-se um novo mundo diante de mim, os eventos esportivos, viagens, o dormir cedo para acordar para uma prova ou um 'longão' no outro dia, tudo isso é novidade".
Cada prova que Thais participa é especial. "A primeira de cinco quilômetros emociona. Aí depois vem a primeira de 10 quilômetros. Cada uma vai marcando uma conquista diferente".
Mas, a corredora salienta que as duas mais importantes mesmo foram os 21 km na Ultra Trail Chapada Diamantina (UTCD), que é uma prova nas trilhas de Mucugê, subindo e descendo morros, atravessando pinguelas sobre rios e areais "Foi uma experiência incrível realizada em novembro de 2022. E mais recente os 21 km na Meia Maratona de Aracaju, uma prova no asfalto bem diferente dos 21 km feitos anteriormente". E comemora: "Muito orgulho de ser meia maratonista aos 45 anos".
Desde que iniciou a correr, participou de 17 provas até agora. E até o final deste ano de 2023 está inscrita em mais cinco, incluindo em Alagoinhas, Mucugê e Salvador. Foram corridas em Feira de Santana, Salvador, São Paulo, Aracaju, Mucugê, Santa Luz.
"Competição é comigo mesma"
Sobre a máxima do Barão de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos modernos, de que o importante é competir, Thais diz que "na verdade a competição é comigo mesma todos os dias. Numa prova de corrida tem centenas e até milhares de pessoas e a maioria está ali pela sua satisfação e realização pessoal. A cada prova a gente vai tentando melhorar o nosso Recorde Pessoal (RP). Participar das corridas dá um ânimo a mais, é um clima gostoso, tem medalhas e eu estou amando colecioná-las".
Para ela, a rotina de treinar é que no clube de corrida tem acompanhamento de instrutor especialista que "orienta o meu treino, corro três vezes por semana e os treinos são conforme os objetivos, as provas e desafios que estão por vir". Além disso, "faço musculação como treino de fortalecimento que é essencial para a corrida. É importante q o corpo esteja preparado e fortalecido para os impactos da corrida. Nesses dois anos correndo não tive nenhuma lesão devido aos cuidados tomados".
Recomendando quem deseja correr, Thais Rabelo afirma que "acho que todo mundo precisa se movimentar, encontrar a sua atividade, mas eu garanto que a corrida é maravilhosa, quem corre é mais feliz".
- A corrida mudou a minha vida e consequentemente mudou a vida das pessoas ao meu redor, depois de quase dois anos meu marido, Antonyony Santana, começou a me acompanhar nos treinos, minhas filhas, Marina e Maria Clara, me apoiam e acompanham as provas, meus pais começaram a se exercitar na terceira idade. E volta e meia um amigo ou conhecido me conta que se inspira nas minhas postagens sobre a corrida. Se você tem vontade, só vai, dá o primeiro passo. Sempre vale a pena. Nunca me arrependi de ter ido treinar, mesmo nos dias que acordei de madrugada e sai de casa no escuro. Mas com certeza já me arrependi algumas vezes de não ter ido - complementa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário