Por Augusto
Nunes
Em meio à discussão do requerimento
encaminhado pelo DEM ao Ministério da Justiça, reivindicado medidas que
garantam a segurança da blogueira Yoani Sánchez, o deputado acreano Sibá
Machado, vice-líder do PT na Câmara, resolveu explicar o que o partido acha da
ditadura dos irmãos Castro - e da visita ao Congresso da perigosa cubana.
Seguem-se três dos melhores-piores momentos do besteirol em dilmês silvícola:
"Nós somos favoráveis, é a posição
do nosso partido, ao governo cubano. É um governo e um partido que têm
procurado uma relação diplomática com todos os países do mundo, inclusive o Irã
e a Coreia do Norte, chamando para o caminho da paz e para a solidariedade".
"Todos os regimes e sistemas de
governo e econômicos do mundo têm os seus 'a favor' e 'contra', mas não se está
desestabilizando nem a democracia cubana, e muito menos a brasileira".
"Uma pessoa que discorda do
governo de Fidel Castro chega ao nosso país e vira motivo de festa para o PSDB?
Desculpe, mas isso é mesquinhez, baixaria, é puxar para baixo e crescer que nem
rabo de cavalo na política brasileira".
Feito o que chamou de "esclarecimento", Sibá
completou o monumento à cretinice com mais uma pirueta mental: ele acha que o
convite a Yoani Sánchez foi um erro que só será reparado se a Câmara oferecer
uma recepção de gala ao terrorista italiano Cesare Battisti, homiziado no
Brasil para escapar da prisão perpétua no país de origem. "Vamos trazer
Battisti aqui", insistiu o porta-voz do PT, que assim justificou a sugestão:
"Que ele venha também, deem
direito também até ao espaço de tribuna para a gente falar sobre esse assunto.
Se for para falar de firulas de matérias internas de outros países, temos
matéria de sobra para tratar nesta Casa."
A reportagem no site de VEJA seria apenas mais uma prova de
que os idiotas estão por toda parte, e abundam no PT, se o parlamentar do Acre
não tivesse discursado em nome do partido (que, nesta quarta-feira, comemorou o
10° aniversário da conquista do Palácio do Planalto). Constrangedoramente
tosco, o companheiro que se elegeu suplente de Marina Silva, e virou senador
quando a titular se tornou ministra de Lula, pelo menos é sincero. Agora
deputado federal, continua revelando o que partido prefere esconder.
É dos battistis que o PT gosta, confirmou
Sibá Machado. São as yoanis que o PT não quer. Enquanto ela conspira contra a
democracia mais avançada do planeta, ele luta pela derrubada de uma ditadura
feroz. Entre a Itália e Cuba, o PT fica com a ilha-presídio. Entre uma mulher
que vive em busca da liberdade e um homem que matou para sufocá-la, os
companheiros preferem o homicida. Faz sentido. Os petistas e os battistis
nasceram uns para os outros.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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