Por Reinaldo Azevedo
Os
petistas e seus satélites na academia estão numa incrível bateção de cabeça. E,
por incrível que pareça, dizem coisas opostas sobre um mesmo fato, e as duas
versões têm o ânimo da mentira.
Um
desses subintelectuais engajados jura em entrevista que o mensalão não tem a
menor importância nas eleições, que a população está preocupada com outra coisa
e tal e que a coincidência atrapalha a democracia. Deveria mandar um e-mail
para Ricardo Lewandowski. Foi a sua demora em concluir a revisão que provocou a
coincidência. Lula é da mesma opinião. O povo quer saber, diz ele, se o
Palmeiras cai ou não para a segunda divisão.
Essa
postura negacionista busca minimizar a importância do julgamento, num esforço
para a imprensa mudar a pauta. A cada vez que se fala em mensalão, afinal, um
bom grupo de brasileiros se lembra da natureza do PT e dos petistas. Negar a
evidência é a primeira e a mais conhecida forma de trapaça intelectual.
Já
Gilberto Carvalho, o secretário-geral da Presidência, faz o contrário, mas com
o mesmo intuito. Este considera que o mensalão atrapalhou, sim, o desempenho do
PT nas urnas porque aderiu àquela corrente que, no fundo, considera o
julgamento um golpe contra o partido. No mundo dessa gente, esse julgamento
jamais teria acontecido. Também é uma trapaça porque procura dar àquilo que é
normal na democracia - o Judiciário julgar!!! - o peso de um ato de exceção.
Vejam
que coisa: os petistas conseguem mentir quando dizem "sim" e quando dizem "não"
a uma mesma pergunta.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
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