Em greve desde o
dia 11 de abril, os professores da rede estadual de ensino da Bahia seguem sem
conseguir acordo com o governo petista. Na terça-feira, 8, a Comissão de
Educação aprovou a convocação do secretário de Educação Osvaldo
Barreto para falar sobre os gastos
com o Fundeb. No entanto, a convocação foi anulada a pedido do líder do
governo, deputado estadual José Neto (PT), alegando que o voto do deputado estadual Carlos
Geilson (PTN) não é válido para essa solicitação, já que ele é suplente na
comissão e os titulares estavam presentes.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, nesta
segunda-feira, 14, o deputado estadual Carlos Geilson criticou a base governista, por
adotar a iniciativa de não dar quórum à Comissão de Educação. "Desde que começou
a greve dos professores, a Comissão de Educação não consegue se reunir, e o
motivo independe da presidente Kelly Magalhães (PC do B). O governo se recusa a
dá quórum para que a comissão se reúna", critica.
Para o parlamentar a base do governo não dá quórum à Comissão
porque não quer que o secretário de Educação seja convocado para se explicar.
"O governo tem que explicar porque não concede reajuste aos docentes e se
realmente não tem dinheiro para isto”. De acordo com Geilson, o governo não tem
dinheiro para os professores, mas gasta uma fortuna com o Regime Especial de
Direito Administrativo (Reda) e com os Prestadores de Serviço Temporários
(PST). “Gasta-se um absurdo com mão-de-obra, mas não tem dinheiro para dá o que
é devido, o que é acordado numa mesa de negociação", afirma o parlamentar.
O deputado ainda disse ainda que boa parte da base governista
parece que está sem memória, pois esqueceu suas antigas lutas. "Em 2000 Wagner
discursou a favor dos professores, criticando César Borges, então governador,
pelo corte no salário dos profissionais e hoje tenta atraí-lo para a base
governista. Isso é está sem memória", conclui.
(Com informações de Núbia Passos, da Assessoria de Comunicação do Deputado Carlos Geilson)
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