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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma empresa sem concorrência necessita de publicidade?

Foto de Carlos Henrique, morador de Juazeiro-BA, há alguns anos no bairro da Aliança

Por José Angelo Leite Pinto
A publicidade é uma ferramenta de propaganda para promover um produto ou serviço. É uma forma de comunicação com o público, informação normalmente paga e, geralmente, de natureza persuasiva, sobre produtos, serviços ou ideias por patrocinadores identificados através de vários meios de comunicação. O objetivo da publicidade é o de introduzir um produto no mercado, criar alguma curiosidade e interesse em torno do produto, chamar a atenção dos consumidores em relação ao produto, incentivar os consumidores a comprar um determinado produto para ganhar a lealdade na imagem da marca, além de criar barreiras à concorrência.
É necessário uma empresa pública ou de economia mista como a Embasa, fazer propaganda? Afinal quais são seus concorrentes? Ela necessita incentivar as pessoas a comprarem água? É dolorido, por não dizer criminoso, ver propaganda de empresa pública ou mista que detém o monopólio de sua atividade empresarial.
Em 11 de maio de 1971, a Lei Estadual nº 2.929 criou a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa). A empresa nasceu quando aconteciam os primeiros passos em saneamento básico no Brasil, com a responsabilidade de viabilizar ações na implantação de um organismo em cada estado que centralizasse as ações no setor de fornecimento de água e esgoto em cidades que experimentavam franco crescimento. Sem dúvida, ao longo destes 40 anos, a Embasa vem realizando ações para a melhoria da saúde e qualidade de vida da população, mas afinal, não é esta sua missão? Não foi criada para isto? Por esse serviço não é paga mensalmente pelos consumidores? Se os milhões de consumidores não estiverem satisfeitos com os seus serviços, poderão mudar para outra empresa ou fornecedor?
A propaganda feita da Embasa, das ações realizadas e dos seus planos de expansão pelos órgãos do Governo do Estado e alardeada aos quatro cantos da Bahia pelos deputados, prefeitos e vereadores, mais parecem divulgação de serviços gratuitos à comunidade. Esquecem que são investimentos de uma empresa em busca do aumento de clientes e consequentemente de faturamento. Afinal, ao fim de cada mês chega a todos os imóveis que dispõem dos serviços de água e esgoto, uma conta a ser paga. Inclusive, lembrando ser a mesma uma das campeãs de reclamações junto ao Procon e Juizado de Pequenas Causas, no que se refere a cobranças exorbitantes, má prestação de serviço e descaso para com problemas de fornecimento de água e esgoto em muitas comunidades.
Agora, a Embasa a fim de ganhar lealdade na imagem da sua marca e aumentar seu leque de clientes junto a seus "concorrentes" (quais concorrentes?), investe pesadamente na propaganda através de outdoors, televisão, revistas, estádios de futebol, trios elétricos, bandas de carnaval e patrocínio oficial de times de futebol. Os gastos são tão exorbitantes e irresponsáveis que realizam propaganda da Embasa através de outdoors onde a empresa nem atua, como é o caso da cidade de Juazeiro na Bahia, onde o sistema de abastecimento de água é o SAAE, uma autarquia municipal, que não tem nenhuma relação e dependência com a Embasa.
Que tristeza ver o dinheiro público entrando pelo ralo, a empresa informando o reajuste das tarifas a fim de justificar seus investimentos e ninguém toma nenhuma providência. Como sempre os representantes do povo nada fazem, além de parabenizá-la pelos seus 40 anos e o povo como sempre, pagando a conta.

José Angelo Leite Pinto é professor

Um comentário:

Anônimo disse...

É para justificar o Aumento!