Por Hamilton Correia
Cartazes de cinema têm uma função claramente definida:convidam o público para assistir a um filme. Para isso, precisam concentrar em uma única imagem característica a forma da obra, seu enredo e seu gênero. Muitas vezes, os cartazes valem-se de recursos como o exagero, a procura por efeitos ou apresentação sensacionalista de ações, as quais reduzem um filme. De modo geral, os artistas gráficos trabalham sem ter visto antes o filme, baseando-se apenas em dados fornecidos pela produtora. Eles criam de forma rápida e rotineira sempre sob grande pressão de prazos. Artistas com concepçoes e estilo individual são poucos requeridos. O cartaz cinemagráfico é, afinal de contas, um produto secundário no processo de produção e distribuição de filmes.
Cartazes cinematográficos, como outros cartazes, raramente chamam a atenção explícita por si mesmos e deixam o espaço das casas exibidoras, se é que ainda os ocupam, mais rapidamente que os próprios filmes. Na melhor das hipóteses alguns poucos exemplares têm a sorte de chegar a algum arquivo. Até anos atrás, sua existência era sombria, eram antes tolerados do que preservados. Nos arquivos oficiais, havia poucas possibilidades de catalogação dos filmes aos quais os cartazes correspondiam. Enquanto nos arquivos cinematográficos, cuja função primordial é cuidar da manutenção das películas em si, os cartazes eram por definição algo de interesse secundário. Não fosse pela persistência de cinéfilos com pendora colecioná-los, muitas vezes sob o sorriso de desdém, certamente muitos exemplos excepcionais de arte gráfica teriam sido perdidos para sempre.
A atenção dedicada aos cartazes cinematográficos aumentou visívelmente nos últimos anos. Nas casas de leilão das grandes metrópoles, muitas peças que, até pouco tempo atrás, passavam desapercebidas são vendidas por preços cujos valores eram antes reservados à pinturas de artistas famosos. Em 2003, a Casa Christie conseguiu negociar um pôster do filme “A Múmia" (Foto: Reprodução), de 1932, pela astronômica soma de US$ 420.000 pelo simples fato de ter uma cópia do cartaz afixado na porta do cinema que o lançou em Nova York.
O cartaz foi, durante muito tempo, a peça fundamental para provocar no espectador a vontade de ver um filme, isto porque era o primeiro contato visual com o produto “filme”. Colecionar cartazes de cinema é uma fascinante experiência pela excitacão que suas qualidades artísticas apresentam e também por provocarem uma intensa nostalgia. É estimulante a aventura de pesquisar pôsteres de cinema pelo mundo afora.
* Hamilton Correia é colecionador de cartazes
Cartazes cinematográficos, como outros cartazes, raramente chamam a atenção explícita por si mesmos e deixam o espaço das casas exibidoras, se é que ainda os ocupam, mais rapidamente que os próprios filmes. Na melhor das hipóteses alguns poucos exemplares têm a sorte de chegar a algum arquivo. Até anos atrás, sua existência era sombria, eram antes tolerados do que preservados. Nos arquivos oficiais, havia poucas possibilidades de catalogação dos filmes aos quais os cartazes correspondiam. Enquanto nos arquivos cinematográficos, cuja função primordial é cuidar da manutenção das películas em si, os cartazes eram por definição algo de interesse secundário. Não fosse pela persistência de cinéfilos com pendora colecioná-los, muitas vezes sob o sorriso de desdém, certamente muitos exemplos excepcionais de arte gráfica teriam sido perdidos para sempre.
A atenção dedicada aos cartazes cinematográficos aumentou visívelmente nos últimos anos. Nas casas de leilão das grandes metrópoles, muitas peças que, até pouco tempo atrás, passavam desapercebidas são vendidas por preços cujos valores eram antes reservados à pinturas de artistas famosos. Em 2003, a Casa Christie conseguiu negociar um pôster do filme “A Múmia" (Foto: Reprodução), de 1932, pela astronômica soma de US$ 420.000 pelo simples fato de ter uma cópia do cartaz afixado na porta do cinema que o lançou em Nova York.
O cartaz foi, durante muito tempo, a peça fundamental para provocar no espectador a vontade de ver um filme, isto porque era o primeiro contato visual com o produto “filme”. Colecionar cartazes de cinema é uma fascinante experiência pela excitacão que suas qualidades artísticas apresentam e também por provocarem uma intensa nostalgia. É estimulante a aventura de pesquisar pôsteres de cinema pelo mundo afora.
* Hamilton Correia é colecionador de cartazes
Fonte: "Blog do Hamilton" (www.hamiltoncorreia.blogspot.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário