O piloto Rubens Barrichello ainda não marcou nenhum ponto em oito corridas realizadas na temporada de Fórmula 1. Está na 18ª colocação entre os 23 competidores. Até o japonês Takuma Sato já tem quatro pontos marcados e o brasileiro nada. É um dos seis que estão no zero.
No Grande Prêmio da França, neste domingo, 1º, Barrichello, que havia largado em 13º acabou a corrida na 11ª colocação. Seu companheiro de equipe, o inglês Jenson Button, chegou em oitavo e marcou o primeiro ponto da Honda na temporada. Os números frios dizem que ele é o segundo do time japonês. E lembrar que ele desistiu de ser o segundo do mundo.
3 comentários:
01/07/2007 - 09:01
OS 6 MESES DO GOVERNO JAQUES WAGNER
TASSO FRANCO
www.bahiaja.com.br
O governo Jaques Wagner (PT) está completando seis meses à frente dos destinos da Bahia. Evidente que um governo se mede pelo conjunto de sua obra durante o período de quatro anos.
Mas, os 100 dias e os seis meses, sempre são emblemáticos para qualquer administração, uma vez que determinam a largada do carro na pista, a velocidade com que o espectador assistirá a arrancada; e a sua estabilidade durante o decorrer da prova com sinais de competitividade e êxito.
E o que se vê, até então, foram uma largada ao estilo Rubens Barichello, bastante tímida para a expectativa criada a partir da sua campanha política e das esperanças de renovação e mudanças tão comentadas pelo PT; e uma atuação subseqüente no modelo Montoya, colombiano que sempre parecia a ponto de conseguir uma vitória, dava sinais de ímpeto, porém, derrapava.
O que se passa com o governo Wagner? Vai ser igual ao governo Waldir Pires (PMDB/1987/89)?
Esta é uma pergunta que muita gente tem feito catalogando alguns sinais de semelhança, diante das incertezas presenciadas no decolar da nave administrativa, e até mesmo no plano político com uma provável candidatura Wagner à Presidência da República, em 2010.
Os sinais de semelhança com Waldir são evidentes. O governador ainda não apresentou um projeto para a Bahia, diz-se que estaria em construção, as ações administrativas são lentas, há uma crescente presença do sindicalismo em setores estratégicos (Fazenda e Saúde), a Educação vive momentos de perda de valores no saber, o Turismo capenga, a Cultura está reconstruindo um modelo, a violência é crescente e assustadora, e os setores de infra-estrutura, indústria, comércio e tecnologia ainda não mostraram as suas caras.
Pra completar, à semelhança do momento waldirista, o governo se comunica muito mal e de forma amadorística.
O PT faz, portanto, um governo feijão com arroz, sem uma cara nova, uma gestão modorrenta, sem um projeto inovador. Tudo aquilo que a população que votou maciçamente em Wagner não imaginava está acontecendo.
É de se pontuar que Wagner realiza um governo à altura do que a população imaginavou e acreditou em depositar o seu voto de confiança?
Creio que não, embora não esteja fazendo este comentário com base em pesquisas de opinião e pode ser até que os conceitos aqui emitidos sejam contrários aos traduzidos pela população, em notas de bom/ótimo; regular/péssimo.
São, no entanto, pontos de vista de quem está acompanhando a administração desde a vitória do PT, em outubro do ano passado, e de quem acompanhou a trajetória do governo Waldir Pires (1987/89), ainda como assessor de imprensa daquela campanha, e, posteriormente, numa análise posta no livro O Círculo do Poder na Bahia que publiquei.
As queixas atuais que chegam ao conhecimento do meio político são muito parecidas: falta de apetite para governar, ações administrativas de mudanças de gestão no interior muito lentas, secretários que dizem uma coisa e fazem outra, prioridades invertidas, promessas não cumpridas, expectativas quebradas, enfim, um corolário de questões sintomáticas do período waldirista, embora com a diferença de que, o governador Wagner conta com o apoio do presidente da República, seu aliado político; e, em 1987/89, Waldir não contava com o então presidente José Sarney.
No plano político, há uma certa analogia histórica com Waldir na medida em que Wagner poderá ser o candidato do PT à Presidência da República, em 2010, evidentemente, com muito mais chances de chegar ao Palácio do Planalto, do que na aventura waldirista, inicialmente no confronto com o timoneiro Ulysses Guimarães (PMDB) e depois ao seu lado como candidato a vice-presidente, passando o governo a Nilo Coelho, new-peemedebista.
Em 2010, caso isso aconteça, e na política tudo é possível, eis aí outra coincidência na razão de que o vice-governador da Bahia, Edmundo Pereira, integra o quadro do PMDB, e outro peemedebista coroado, o ministro Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional e da cúpula deste partido, em Brasília, sonha com as águas do São Francisco chegando as terras do Nordeste irmão, porém, sonha mais é com as águas vistas do morro de Ondina em direção ao mar.
Seis meses, pois; se passaram da era Wagner. Pálidos. Desgastantes. Frustrantes para uma grande parcela da população que apostou na construção de um novo modelo de gestão, de forma rápida e objetiva.
E não esse feijão com arroz que está sendo servido.
01/07/2007 - 09:46
PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DIZEM CORTE DE SALÁRIOS É ATO TERRORISTA
In: www.bahiaja.com.br
Além do outdoor os professores publicaram nota na imprensa criticando o governo.
Uma nota pública posta com a assinatura e responsabilidade do Fórum das Associações dos Docentes das Universidades Estaduais (ADs), ADUFS, ADUSB, ADUNEB, ANDES/SN, edição de A Tarde, neste domingo, 1º de junho, destaca no título que "governador reprime greve de docentes com o corte de salários" e classifica essa atitude "como ato ditatorial e terrorista".
Os professores universitários da rede estadual de ensino, a exceção dos docentes da Universidade de Santa Cruz, região Sul, estão em greve há 35 dias.
Consideram - segundo a nota - que o governo agiu de forma "autoritária e arbitrária ao interromper as negociações, inclusive após a apresentação de uma proposta - a incorporação de 6% da Gratificação de Estímulo às Atividades Acadêmicas (27.2%) ao salário base - e instala a Mesa Setorial de Negociação sem apresentar qualquer resposta às nossas reivindicações - entregues desde dezembro de 2006".
NOTA DURÍSSIMA
A nota, considerada durrísima no meio político, classifica o governo de incapaz, de apresentar à opinião pública inverdades e de agraciar a iniciativa privada em determimento dos servidores públicos.
Em determinado trecho da nota destaca-se: "Não bastasse ser uma vergonha um Governo que se auto-intitula de ex-sindicalistas chamar esse engodo de negociação, ainda quer punir violentamente os professores. Não sabe negociar, governador?".
O documento da ADs contém cinco parágrafos e finaliza afirmando que "com essas práticas, governador, a Bahia está muito longe de ser de todos nós - cidadãos e cidadãs, servidores públicos, trabalhadoras e trabalhadores. Pelo que vimos até agora, a Bahia continua sendo apenas dos que se servem do Estado para interesses privados, aos quais o governo tem agraciado tanto".
Opinião: Educação: 1ª prioridade do Brasil
Antônio Ermírio de Moraes, empresário
Não conhecia esse tipo de cálculo. Sabia que a educação é a energia básica para tocar um país. Para cada ano de educação, corresponde um acréscimo de remuneração das pessoas e um aumento do PIB.
Os retornos dos investimentos em educação são enormes. Comprar uma máquina alavanca a produtividade e faz o país crescer. Mas educar bem um jovem, dá um resultado muito maior. É a superioridade do capital humano sobre o capital físico.
O Banco Mundial acaba de apresentar alguns resultados de uma conta diferente no campo da educação e que partiu da seguinte pergunta: Quanto o país perde quando todo um grupo etário (coorte) abandona a escola precocemente?
Dizendo ser uma estimativa conservadora, o banco conclui que o Brasil deixa de gerar R$ 755 milhões devido ao abandono escolar precoce de uma única faixa etária.
E quanto significa essa perda ao longo da vida de toda a geração que abandonou a escola precocemente? R$ 300 bilhões. É isso mesmo: trezentos bilhões de reais! (Banco Mundial, Jovens em situação de risco no Brasil, Volume I, Brasília, 2007).
Historicamente, o Brasil tem mantido um sistema educacional com muitas perdas. É como um caminhão que transporta ovos que vão quebrando pelo caminho. Ao longo dos anos, esse negócio se revela precário. No caso da educação, o grupo etário (coorte) considerado, teria ganho R$ 300 bilhões a mais se não tivesse abandonado a escola precocemente.
O estudo compara o Brasil com vários outros países. Os dados são preocupantes. O nível educacional dos jovens brasileiros é muito mais baixo do que os países mais populosos da América Latina.
Isso levou o Banco Mundial a concluir que a futura geração não será competitiva nem na América Latina nem no mundo. Tudo isso devido às grandes perdas (quantitativas e qualitativas) que ocorrem no sistema educacional.
São perdas lastimáveis e que não podem ser recuperadas. O que se perdeu não volta mais. E, como educar é um processo lento, teremos de investir bem durante muitos anos para se chegar ao padrão mínimo de educação requerido pela sociedade de conhecimentos. Com todas as reformas que estão sendo anunciadas e assumindo que todas sejam implementadas, o Ministério da Educação nos diz que nossas escolas chegarão naquele padrão dentro de 15 anos.
Não adianta chorar o leite derramado. É arregaçar as mangas e trabalhar intensamente para que nossos netos possam repetir os cálculos do Banco Mundial, daqui a 30 anos, e dizer: paramos de perder no sistema educacional.
Daqui para frente, tudo seria ganho.
In: http://jbonline.terra.com.br/
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