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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Feira recebe visita do presidente da Biblioteca Nacional













Muniz Sodré de Araújo Cabral
Reprodução

O escritor, jornalista e professor Muniz Sodré de Araújo Cabral, que há um pouco mais de ano está na presidência da Fundação Biblioteca Nacional (sediada no Rio de Janeiro), estará em Feira de Santana entre 25 e 27 de março, atendendo a convite oficial do prefeito José Ronaldo de Carvalho.
Na oportunidade, ele visitará a Biblioteca Municipal Arnold Silva, Biblioteca Professora Raquel de Freitas Araújo (no distrito de Maria Quitéria), entre outras, onde analisará a possibilidade de celebração de convênio para a inclusão dessas unidades no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. Parcerias também poderão ser viabilizadas entre a Fundação e órgãos e instituições locais.
Na segunda-feira, 26, às 20 horas, Muniz Sodré vai proferir conferência sobre sua atuação à frente da instituição nacional, bem como sobre comunicação, no Teatro Ângela Oliveira, do Centro de Cultura Maestro Miro. Antes, no mesmo local, concederá entrevista coletiva aos meios de comunicação locais.
QUEM É
Baiano de São Gonçalo dos Campos, Muniz Sodré, que completou 65 anos no dia 12 passado, é professor titular (desde 1984, por concurso público) e coordenador do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual já foi diretor.
Com 26 livros publicados no país e no exterior (traduções), escreveu inúmeros artigos na imprensa e em periódicos especializados, além de proferir conferências e cursos em universidades da Europa e da América Latina.
Muniz é um dos pioneiros no campo dos estudos comunicacionais, sendo, sem dúvida, o mais respeitado professor e pesquisador da área no Brasil, sendo a sua obra uma referência fundamental no acervo bibliográfico em Língua Portuguesa. Tem sido responsável, como orientador de dissertações e teses, pela formação de toda uma geração de novos pesquisadores.
De São Gonçalo ele veio para Feira de Santana, para estudar no Colégio Estadual, onde aprendeu francês como o padre Mário Pessoa, inglês com Stella Dalva, português com Helena Assis, matemática com Joselito Amorim e desenho com Diva Portella, mãe do escritor e acadêmico Eduardo Portella, ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional e seu amigo de longa data. Depois, em Salvador, estudou no Colégio Central.
Muniz Sodré participou da fundação do “Jornal da Bahia”, onde também estavam Glauber Rocha, João Ubaldo Ribeiro, João Carlos Teixeira Gomes, Ariovaldo Matos e outros. O “Jornal da Bahia” e as publicações estudantis que ele coordenou foram as suas escolas de jornalismo.
Depois do golpe de 1964, ele foi para o Rio de Janeiro, onde atuou no “Jornal do Brasil”, “Manchete”, “Fatos & Fotos”, free-lance de “Visão” e de publicações estrangeiras. Em 1966, foi fazer mestrado em Sociologia da Informação na Sorbonne, que hoje se chama Institut Français de Presse et des Sciences de l’Information, tendo Maurice Mouillaud como orientador. De volta ao Rio de Janeiro, em 1968, novamente na imprensa. A partir de 1973, ele passou a viver como professor em escolas de Comunicação. Foi quando surgiu o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da ECO. Entrou em seguida para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se doutorou em letras, e para a Universidade Federal Fluminense (UFF). Voltou a Paris em 1979/1980, para um pós-doutorado. Tem sido professor visitante de algumas universidades estrangeiras.

2 comentários:

Anônimo disse...

O Governo Municipal marca um tento trazendo Muniz Sodré pra visitar Feira de Santana, terra que começou a lhe dar régua e compasso, como ele próprio reconhece. Aguardemos, pois.

Anônimo disse...

Feirense de coração, Muniz Sodré vem visitar Feira graças ao convite do prefeito José Ronaldo. Os eventos devem ser revestidos da maior importância, pelo que ele representa para a comunicação.