Evento deve receber jornalistas e pesquisadores do cineasta baiano
Glauber Rocha (1939-1981) não foi apenas um cineasta, mas um verdadeiro provocador da sétima arte. Baiano de Vitória da Conquista, o autor de clássicos como "Terra em Transe" e "Deus e o Diabo na Terra do Sol" revolucionou o cinema brasileiro e se tornou um dos grandes nomes do Cinema Novo. Para celebrar o legado deixado por Glauber, será realizada a Roda de Conversa "Glauber, o Leão da Bahia", na Associação Bahiana de Imprensa, na quarta-feira, 26, às 14 horas.
O evento, que é gratuito, terá tradução simultânea em libras feita pelos tradutores e intérpretes de libras, Luana Rodrigues e Anderson Paixão. A roda de conversa vai acontecer no Auditório Samuel Celestino, 8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira, sede da ABI, no Centro Histórico de Salvador. Como terá lugar na casa dos jornalistas e comunicólogos baianos, a iniciativa aguarda receber a categoria e o público em geral.
O projeto foi pensado pela museóloga Renata Santos e pelo historiador Pablo Sousa, com o objetivo de ofertar a higienização, restauro e catalogação de todo o acervo construído pelo também cineasta e crítico cinematográfico José Umberto Dias. A coleção concentra livros, revistas, filmes, entrevistas e recortes de jornais como um único exemplar de jornal impresso por Glauber com o cineasta Rogério Duarte, na década de 70, em Brasília.
O acervo está sob a guarda da Associação Bahiana de Imprensa desde setembro de 2021 e a partir dos recursos captados, vai se tornar uma fonte de pesquisa e conhecimento para pesquisadores do Brasil inteiro.
O trabalho de Glauber Rocha abordou questões sociais e políticas profundas, refletindo a realidade de um Brasil marcado pela desigualdade e pela repressão. Sua visão de arte como um ato político continua a inspirar novos cineastas e manifestações artísticas até hoje.
Enviado por José Umberto
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