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terça-feira, 25 de março de 2025

Igrejas holandesas viram boates, livrarias e academias de ginástica


A boate Paradiso em Amsterdã foi igreja


Numa antiga capela, funciona a 'Hotel Arena', boate das mais disputadas em Amsterdã

Por Luis Dufaur

Em 2022, 60% da população holandesa declarou não ter religião alguma. 

Desde 2015, mais dos moradores do país vem declarando o mesmo. O que acontece num país quando a prática religiosa sai de cena?, perguntou a "Folha de S.Paulo"

No Brasil, segundo o Censo de 2010, os sem religião assumiram a terceira posição estatista no país, superando espíritas, umbandistas, candomblecistas e judeus.

Na Holanda ou no Brasil, os sem religião são preponderantemente agnósticos, quer dizer possuem algum tipo de crença, mas não se identificam com nenhuma instituição religiosa e dispensam sacerdotes e pastores.

A diferença fundamental entre os dois países é que no Brasil, os sem religião não chegam a 15% da população, segundo o Censo.

Na Holanda o aumento dos sem religião criou um problema nacional. As igrejas estão perdendo sua função e fechando suas portas.

Em 2011, o Serviço Nacional do Patrimônio Cultural holandês estimou que, das 6.900 igrejas existentes no país, mais de 20% estava fechada para fins religiosos. Ou seja, uma em cada cinco igrejas.

Segundo a Plataforma para o Futuro do Patrimônio Religioso, iniciativa conjunta da Igreja Católica e das igrejas protestantes holandesas, o processo se acelerará mais ao ponto de até 2026 quatro igrejas serão fechadas por semana no país e que apenas 15 dos 150 mosteiros permanecerão ativos.

Agências reguladoras estatais, comissões da União Europeia e até organismos religiosos estão criando protocolos ver o que fazer com os prédios religiosos que fecham e correm o risco de serem abandonados.

Esses protocolos sugerem evitar a todo custo a demolição das igrejas, algo que já ocorreu às centenas. Em segundo lugar, recomendam que o governo as declare bens de valor histórico e cultural. E, por fim, aquelas que sejam reutilizadas para fins coletivos, ou comunitários, embora não mais religioso.

As antigas igrejas holandesas que não foram demolidas ou abandonadas, 30% foram convertidas nesses espaços coletivos e outros 28% viraram apartamentos ou casas.

A boate Paradiso em Amsterdã, construída em 1880 como igreja hoje recebe shows e festas noturnas. Em Maastricht, a igreja dos dominicanos virou livraria. 

Em Gouda, a igreja da cidade é pista de gelo para crianças. 

Em Zeilberg, a igreja de Sint-Willibrordus se abre para uma academia de ginástica.

O rápido declínio do catolicismo no Brasil e aumento dos sem religião faz temer uma imitação do fenômeno holandês nas cidades brasileiras tão marcadas por edificações católicas.

Luis Dufaur é escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs

Fonte: https://lumenrationis.blogspot.com/

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