A Fundação Senhor dos Passos e seu Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino proporcionaram uma noite memorável, na sexta-feira, 3, com a reabertura do Casarão Fróes da Motta, completamente restaurado.
Com a presença do prefeito Colbert Martins, do secretário de Planejamento Carlos Brito, um dos fundadores da Fundação, vereador Correia Zezito, que junto com a vereadora Lu de Ronny colaboraram com a concretização da restauração do prédio, através de emendas na Câmara Municipal, ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, grande colaborador e incentivador da entidade, bispo emérito dom Itamar Vian, representante da Paróquia Senhor dos Passos, padre Jorge Alan de Oliveira, integrantes da família Fróes da Motta, e grande público, o presidente da Fundação Senhor dos Passos Péricles Marques abriu os trabalhos.
Foi ressaltado que a casa ficou fechada por algum tempo, gerando desgaste na sua estrutura. Após vários esforços, a Fundação conseguiu promover a reabertura deste patrimônio histórico com mais de 100 anos, após pintura e outras intervenções.
"Estamos devolvendo à Princesa do Sertão, a joia mais preciosa da sua coroa", como foi lembrado que disse Carlos Brito. E mais: "Trata-se do único imóvel histórico existente na cidade, identificando uma fase altamente promissora da economia local, proveniente do Ciclo do Fumo, da atividade comercial e do forte comércio de gado".
Assim, no ano do centenário da forma atual desta relíquia histórica, uma programação bem apropriada foi desenvolvida para este espaço que se consolidacomo uma das opções para eventos especiais para o deleite de todos.
Foi memorizado que o Casarão foi a residência do coronel e intendente Agostinho Fróes da Motta, inaugurado em 1906. Foi construído com base em planta de uma casa que ele viu em viagem à Alemanha. Seu filho, Eduardo Fróes da Motta, fez reformas, acrescentando varanda com pinturas à óleo em suas paredes, reabrindo festivamente em 6 de setembro de 1924.
Como memorial feirense, foi entregueà sociedade há mais de 15 anos, em 21 de novembro de 2008. Então, como agora, um momento memorável pela notável contribuição à história, à memória e à preservação arquitetônica.
O Núcleo de Preservação da Memória Feirense Rollie E. Poppino reuniu eventos muito importantes na véspera de uma data significativa: em 4 de maio de 1856 foi quando nasceu Agostinho Fróes da Motta.
A reabertura do Casarão, totalmente restaurado, se deu dentro dos critérios que são definidos pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), por se tratar de um patrimônio tombado.
Na oportunidade, inauguração da iluminação cênica externa oferecida pela Prefeitura Municipal. O prefeito Colbert Martins e o presidente da Fundação Péricles Marques ligaram o dispositivo.
Autoridades e personalidades presentes ainda receberam quadros com imagem estilizada do Casarão Fróes da Motta. O presidente Péricles Marques homenageou o prefeito Colbert Martins, professor Carlos Brito, vereador Correia Zezito, ex-prefeito José Ronaldo, Sra. Marquise Jales Fróes da Motta, dom Itamar Vian, empresário Luiz Carlos Ferreira, maestro Antonio Neves, jornalista Oydema Ferreira, escritor e historiador Carlos Mello, padre Jorge Alan de Oliveira, mais Luciano Portugal e Alpiniano Reis.
Dom Itamar Jorge Vian procedeu à bênção das instalaçõeds e os convidados puderam apreciar o novo ambiente do Casarão.
Ainda ocorreu apresentação do coral Cantareiros, da Paróquia Senhor dos Passos, com 23 integrantes, sob a regência do maestro Anderson Silva.
Na sequência, foi lançado o livro "Agostinho Fróes da Motta: Uma Trajetória Brilhante", crônica histórica do pesquisador Carlos Alberto Almeida Mello, que autografou mais de 100 exemplares.
Depois, abertura da exposição fotográfica permanente e itinerante "Feira de Santana: Uma Viagem ao Passado", com 20 imagens restauradas e ampliadas pelo professor e fotógrafo José Angelo Leite Pinto.
Por fim, a primeira das três edições do projeto "Música no Casarão", com resgate de partituras históricas da Filarmônica 25 de Março, com a banda de música da Sociedade Filarmônica fazendo um passeio por obras que compõem os 156 anos da entidade.
Uma noite de enlevo musical, de resgate da memória, de momentos inesquecíveis.
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