Há anos busco uma foto de José Dias da Costa, que fora contratado em 1906 pela Photographia Lindemann, de Diomedes Gramacho, pioneiro do cinema bahiano.
José Dias era quem manuseava a câmera do cinematógrapho e quem também revelava a película preto-e-branca naquela Bahia da década de 10 do século passado, que era um coqueluche à época. O espectador bahiano buscava a telona das salas de exibição da capital soteropolitana para se ver refletido nas imagens captadas sobretudo nas festas populares ou festas-de-largo, como também o carnaval da cidade de Salvador.
José Dias da Costa era o profissional da imagem que filmava (à manivela, à 18 quadros por segundo, cinema mudo, portanto), daí ser o homem da "mão na massa".
Logo, as primeiras imagens em movimento do cinema baiano surgem do entusiasmo desse homem que hoje temos o prazer de reconhecê-lo visualmente.
A mulher dele era prima do escritor português Eça de Queiróz, um artista célebre então.
As fotos foram descobertas pelo pesquisador GilFrancisco a quem agradecemos a cessão para publicarmos em primeira mão.
José Umberto Dias é cineasta
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