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terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Casas de farinha

Por Paulo Cesar Bastos

"Bom dia não antecipa o dia que espera em frente.
- Nem bom-dia tem a ver se é sol ou chuvadamente".
(João Cabral de Melo Neto em A casa de farinha)
Típica de todo o Nordeste e, claro, da culinária da Bahia, a celebrada tapioca agora é feita, em sua maior parte, com as féculas industrializadas do sul do país. Uma tragédia socioeconômica ocorre em muitas das veredas do sertão. Um processo crescente de desativação das casas de farinha, da goma, da tapioca, do beiju. O plantio e beneficiamento da mandioca gerava trabalho e renda com dignidade. Ajudava a evitar o êxodo rural para grande cidade e capital. Tudo acabado ou acabando. Estão vendo e deixando. A omissão é o catalizador da destruição.
Vamos acordar. Presente perigoso, futuro tenebroso. As coisas não acontecem por acaso.
Paulo Cesar Bastos é engenheiro civil e produtor rural.

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