"Momentos de Minha Vida - Uma Autobiografia", do escritor Moacir Costa Cerqueira, foi lançado com apoio da Academia Feirense de Letras, da qual faz parte. Esta semana ganhei do autor um exemplar autografado do seu livro. Tem apresentação do escritor e advogado Osvaldo Ventura.
Família, história, esporte, política, maçonaria,
poesia, composições, comércio, cidadania e cinema estão na publicação.
Moacir, 82 anos, é natural de Mundo Novo. Está em
Feira de Santana desde 1959 e manteve a Casa das Canetas durante 56 anos, até
2013.
Depois de editar revistas sobre "40 Anos da Casa
das Canetas", "Futebol Feirense 60 Anos", "Futebol Feirense Nº 2", escrever artigos
no jornal "Folha do Estado" sobre "História do Esporte em Feira de Santana", lançou
restritamente "Um Giro Pela Europa".
Em 2012, lançou seu primeiro livro, "A Tragédia do Soldado
Hermes". Em 2015, o livro "Segredo, Força e Aliança - História, Registros e
Lembranças", sobre a loja maçônica. No ano seguinte, a vez de "Marcas de uma
Longa Caminhada". Em 2017, o livro "Família Costa - Uma Saga Mundonovense", sobre
a história de sua família.
Ele tem o Título de Cidadão Feirense, a Comenda Dr.
Colbert Martins da Silva e a Ordem Municipal do Mérito de Feira de Santana.
Moacir e o cinema
No seu livro, Moacir relata sobre cinema "que foi, nos anos 1960,
inegável fator de diversão com imensa influência sobre a vida e os costumes da
sociedade daquela época".
- Ah! Quantos maravilhosos filmes marcaram a vida
de todos nós. Guerras, romances, comédias musicais, documentários sobre o mundo
e suas belezas, seus povos e suas culturas. Os noticiários que antecediam os
trailers e a exibição do filme mostravam tudo nas telas dos cinemas - narra.
O escritor lembra que "aos 11 anos de idade assisti ao
primeiro filme de minha vida, num cinema instalado na terra da minha infância,
a sertaneja Piritiba. Ainda o tenho na memória: "Jerônimo, com o ator
americano Preston Foster. Conta a história dos índios apaches e sua luta para
defender seu território contra os brancos desbravadores. Jerônimo, um bravo
guerreiro, líder do seu povo, tornou-se lendário herói nas terras bravias do oeste
dos Estados Unidos. Os apaches, como outros povos indígenas, foram esmagados e
subjugados pela cavalaria do exército americano. O grande chefe, vencido, foi
preso e levado para uma reserva indígena e lá envelheceu e morreu anos depois".
"Aquela história emocionante e movimentada fez
encantar-me pelo cinema", constata.
Já em Senhor do Bonfim, para onde sua família mudou-se,
ele trata sobre o Cine São José, "bem no centro da cidade, era uma bela casa de
exibição. Aos domingos as matinês atraíam a garotada para assistir aos filmes
de cowboy acompanhados de capítulos das famosas séries finalizando com a
vibração da plateia e o indispensável 'volta na próxima'."
Em outra etapa da sua vida, já
em Salvador, ele se surpreendeu com a quantidade de cinemas. "Alguns simples,
mas, outros no centro da cidade luxuosos e atraentes. Passei a frequentar os
mais simples e só em ocasiões especiais conseguia ir ao Excelsior, Glória ou
Guarani".
Moacir diz que foi influenciado
por um colega de ginásio a conhecer a "sétima arte", "lendo em jornais e revistas
tudo o que se referia a cinema. Tornei-me um cinéfilo e assíduo frequentador. O
meu colega Barbosa ensinava-me a interpretar e compreender as histórias, o
desempenho dos atores e conhecer bons diretores e produtores de filmes".
Em Feira de Santana, rememora, "havia três cinemas que me atraíam com a programação de bons filmes".
Pelo que expôs, ele achou por
bem trazer à lembrança "grandes e inesquecíveis produções cinematográficas".
São filmes produzidos a partir 1939 e exibidos nos anos 50 e 60: "E o Vento Levou", "O Morro dos Ventos Uivantes", "Casablanca", "Cantando na Chuva", "A Um Passo da Eternidade", "Juventude Transviada", "Volta ao Mundo em 80 Dias", "Assim Caminha a Humanidade", "Por Quem os Sinos Dobram", "Os Dez Mandamentos", "Sem Lei e Sem Alma", "12 Homens e Uma Sentença", "O Velho e o Mar", "Marcha de Heróis", "Ben-Hur", "Doutor Jivago", "A Noviça Rebelde".
Cita ainda filmes do genial
Charles Chaplin: "O Grande Ditador", "Luzes da Cidade", "O Garoto", "Em Busca do Ouro" e "Tempos Modernos", além de clássicos do cinema brasileiro, "O Cangaceiro", "O
Pagador de Promessas" e "Lampião, Rei do Cangaço", bem como os mais importantes
filmes de Glauber Rocha, "Terra em Transe", "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "O
Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro".
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