"Meu voto
foi contra, pois essa reforma não é esclarecedora. Queremos saber o que será
feito com esses servidores", declarou o deputado estadual Carlos Geilson (PTN),
após aprovação do projeto da reforma administrativa, para o governo de Rui
Costa, na quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa da Bahia. Apesar
de defender a legitimidade da proposta, o parlamentar discordou da falta de
clareza da matéria, que não explica o destino que terá os servidores dos órgãos
que serão extintos.
"Mais uma
vez os servidores saem prejudicados. Queremos saber onde esses funcionários
serão alocados? Os deputados da base governista aprovaram esse projeto sem nem
eles mesmo saberem explicar o destino desses servidores. Para onde esses
concursados irão? Para onde irão os servidores da Ebal, por exemplo, que não
são concursados? Estes serão os mais prejudicados, pois são regidos pela CLT. É
um verdadeiro presente de grego para este final de ano", alfinetou Geilson.
O deputado
afirmou que não é contra a reforma, até porque entende que o governador eleito
tem o direito de estruturar a administração de acordo com seu planejamento, mas
frisa o direito dos servidores a saberem o que acontecerá após a extinção dos
órgãos. "Logo no final de ano... Esses servidores estão aflitos, tensos.
Precisam e merecem uma explicação. O governo deve, no mínimo, sentar e discutir
com esses trabalhadores. Nem eles, nem nós da oposição somos contra a essa
reforma, mas contra a perda dos direitos adquiridos", ressaltou Carlos
Geilson.
Os tópicos
que envolveram polêmica na pauta foram à readequação da Empresa Baiana de Desenvolvimento
Agrícola (EBDA), da Empresa de Turismo da Bahia S.A (Bahiatursa) e do
Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Derba), que serão
transformados em órgãos em regime especial, com vinculações, respectivamente, à
nova Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), à Secretaria de Turismo (Setur)
e Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Assim como a extinção das Diretorias
Regionais de Saúde (Dires) e a alienação das suas cotas na constituição
societária da Empresa Baiana de Alimentos S.A (Ebal).
(Com informações de Núbia Passos, da Assessoria
de Comunicação do Deputado Carlos Geilson)
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