Por Augusto Nunes
Inquieto com a descoberta
de que o governo americano andou espionando o Brasil, o ex-presidente Lula
ordenou à afilhada que fizesse o que ele sempre fingiu que fez: "Espero que a
Dilma dê um guenta democrático no Obama". Nesta sexta-feira, o desempenho de
Dilma Rousseff em Moscou, onde se encontrou com Barack Obama, sugere que,
das duas, uma: ou o neurônio solitário foi nocauteado pelo fuso horário ou não
sabe direito o que é um "guenta democrático" democrático.
Já na primeira entrevista,
o jornalista Celso Arnaldo Araújo selecionou quatro palavrórios que valeram a
Dilma duas internações sucessivas no Sanatório Geral. O recorde,
suficientemente impressionante para matar de inveja um Usain Bolt merece
ser destacado no Direto ao Ponto. Confiram:
1. Neurônio 007
"Ele procurará o
Brasil para dizer que medidas vão ser tomadas. E o que eu pedi é o seguinte: eu
acho muito complicado eu ficar sabendo dessas coisas pelo jornal. Então, num
dia eu sei uma coisa, e aí passa mais dois dias tem outra coisa, e a gente vai
sabendo aos poucos. Eu gostaria de saber o que tem, eu quero saber o que há,
nessa questão, o que há. Se tem ou se não tem, eu quero saber: tem ou não tem?
Se tem… não, além do que foi publicado pela imprensa, eu quero saber tudo o que
há em relação ao Brasil".
"Qual é o rombo?
Eu vou dizer para vocês qual é o rombo. Eu quero saber o que há. Eu não sei o
que há, não sei. Vocês sabem o que há? Vou fazer só um raciocínio: como vocês
sempre sabem isso primeiro do que eu, porque está vindo através dos
jornalistas, como eu não sei o que há. Me disseram que domingo pode ter outra
novidade. Então, o que eu quero ver é o que há".
"Mas as pessoas
não estavam satisfeitas com a… Mas eu não escutei, tá? E você sabe que uma
reunião que tem russo, chinês, indiano, eu posso não ter… Eu não vou dizer que
ele falou ou não falou, porque eu posso não ter percebido. Desculpa, mas eu
acho que é irrelevante essa comparação. Acho que é gravíssimo, é pior ou igual
ou..".
Comentário de Celso
Arnaldo: Nos três trechos de entrevista coletiva em São Petersburgo, ao
descrever aos jornalistas seu encontro com Obama e a primeira sessão do G20,
Dilma demonstrou de uma vez por todas que espionar o Brasil via Dilma é uma
impossibilidade linguística.
2. Neurônio fora do tubo
"Não, ontem,
inclusive, você veja, esse gênio… você está fazendo uma imagem. Ontem eu disse
ao presidente Obama que era claro que ele sabia que depois que a pasta de
dentes sai do dentifrício ela, dificilmente, volta para dentro do dentifrício,
então, que a gente tinha de levar isso em conta. E ele me disse, me respondeu,
que ele faria todo o esforço político para que essa pasta de dentes pelo menos
não ficasse solta por aí e voltasse uma parte para dentro do dentifrício. Você
usou, vamos dizer, uma imagem mais bonita, que é a do gênio fora da garrafa. Eu
usei já uma coisa, assim, mais usual, que é a pasta de dentes fora do
dentifrício".
Comentário de Celso
Arnaldo: Ao ser indagada por um jornalista se o gênio voltaria à garrafa, Dilma
confundiu tubo com dentifrício e gênio com idiota.
Volto para
a constatação: todo falatório de Dilma Rousseff é sempre pior que o anterior,
mas será melhor que o próximo.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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