Por Josias de Souza
Num
instante em que a CPI do Cachoeira termina em pantomima, a oposição começou a
recolher assinaturas para abrir a 'CPI de Rosemary'. No Senado, corre a lista o
líder do PSDB Alvaro dias (PR). Na Câmara, cuida do abaixo-assinado o
presidente do PPS Roberto Freire (SP).
Pelo regimento, uma CPI só pode
ser aberta no Senado se forem arrastados para dentro do requerimento os
jamegões de 27 dos 81 senadores. Na Câmara, é preciso recolher as rubricas de
pelo menos 171 (que número!) dos 513 deputados. São pequenas as chances de a
coisa vingar.
No caso de Cachoeira, a CPI só
foi instalada porque Lula apoiou e Dilma Rousseff não se opôs. O PT e seus
aliados brincaram de investigar até o momento em que a encrenca roçou as arcas
do PAC e a caixa registradora da construtora Delta e seu imenso laranjal. Tenta-se
agora encerrar o jogo do modo menos constrangedor possível. Está difícil.
Se é verdade que o governo
levanta e enterra CPIs conforme a conveniência, por que diabos a minoritária
oposição ainda se dá ao trabalho? Ouça-se Roberto Freire: "É verdade, o governo
empastela as CPIs. Mas a obrigação da oposição é propor tantas quantas forem
necessárias. Até para constranger. O governo blinda quem bem entende. Nosso
papel é mostrar quem é quem."
Fonte: "Blog do Josias"
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