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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O que é isso, companheiro? Ou petistas tentam fugir do mensação

O PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optaram por "esconder" o deputado federal João Paulo Cunha, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão por corrupção e peculato, durante o último comício da campanha em Osasco, na noite de terça-feira, 2. Há pouco mais de um mês, Cunha era o candidato do partido e liderava as pesquisas de intenção de voto.
O nome de João Paulo não foi citado uma única vez em todo o comício. Amigo pessoal de João Paulo, Lula não fez uma única menção ao companheiro durante seu discurso de 25 minutos, um dos mais longos feitos por ele na atual campanha eleitoral.
Os seis petistas que o antecederam ao microfone, inclusive o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o candidato Jorge Lapas, vice de Cunha na chapa e que assumiu a candidatura a prefeito em seu lugar, também ignoraram completamente o companheiro condenado pelo STF.
Na semana passada, o PT chegou a discutir internamente se João Paulo deveria ser convidado para o comício. O político demonstrou ter grande força eleitoral na cidade durante a campanha e poderia transferir votos para Lapas, pouco conhecido dos eleitores. Prevaleceu a opinião de que a presença do deputado no palanque poderia trazer mais prejuízo do que ajudar o PT na cidade.
João Paulo não foi citado nem mesmo quando Lula mencionou que a ideia de criar o PT surgiu em Osasco, em maio de 1979. Ele recordou ainda que, na cidade, foi atingido por um ovo na cabeça em uma das campanhas eleitorais. Ainda lembrando sua ligação com a cidade, Lula disse que não poderia deixar de ir à cidade para agradecer as boas votações recebidas.
Fonte: "O Estado de S. Paulo"
Obs.: Em Salvador, o petista Nelson Pelegrino acionou até a Justiça Eleitoral para não ser vinculado aos companheiros mensaleiros no programa eleitoral do adversário ACM Neto.
Em Feira de Santana, José Neto quer ver o cão, mas não quer ouvir nem falar dos petistas do mensalão.

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