O PT e
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva optaram por "esconder" o deputado
federal João Paulo Cunha, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no
processo do mensalão por corrupção e peculato, durante o último comício da
campanha em Osasco, na noite de terça-feira, 2. Há pouco mais de um mês, Cunha
era o candidato do partido e liderava as pesquisas de intenção de voto.
O nome
de João Paulo não foi citado uma única vez em todo o comício. Amigo pessoal de
João Paulo, Lula não fez uma única menção ao companheiro durante seu discurso
de 25 minutos, um dos mais longos feitos por ele na atual campanha eleitoral.
Os
seis petistas que o antecederam ao microfone, inclusive o presidente nacional
do PT, Rui Falcão, e o candidato Jorge Lapas, vice de Cunha na chapa e que
assumiu a candidatura a prefeito em seu lugar, também ignoraram completamente o
companheiro condenado pelo STF.
Na
semana passada, o PT chegou a discutir internamente se João Paulo deveria ser
convidado para o comício. O político demonstrou ter grande força eleitoral na
cidade durante a campanha e poderia transferir votos para Lapas, pouco
conhecido dos eleitores. Prevaleceu a opinião de que a presença do deputado no
palanque poderia trazer mais prejuízo do que ajudar o PT na cidade.
João Paulo não
foi citado nem mesmo quando Lula mencionou que a ideia de criar o PT surgiu em
Osasco, em maio de 1979. Ele recordou ainda que, na cidade, foi atingido por um
ovo na cabeça em uma das campanhas eleitorais. Ainda lembrando sua ligação com
a cidade, Lula disse que não poderia deixar de ir à cidade para agradecer as
boas votações recebidas.
Fonte: "O Estado de S. Paulo"
Fonte: "O Estado de S. Paulo"
Obs.: Em Salvador, o petista Nelson Pelegrino acionou até a Justiça Eleitoral para não ser vinculado aos companheiros mensaleiros no programa eleitoral do adversário ACM Neto.
Em Feira de Santana, José Neto quer ver o cão, mas não quer ouvir nem falar dos petistas do mensalão.
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